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Tu já observaste como ages em relação aos pensamentos que cultivas?
Em geral, não temos com a mente o cuidado que costumamos dispensar aos ambientes em que vivemos ou trabalhamos.
Quem pensaria em deixar a sua casa ou escritório cheio desarrumado e com lixo? Certamente ninguém.
No entanto, com a nossa casa mental somos menos atenciosos. É que permitimos que pensamentos infelizes e maus sentimentos encontrem morada no nosso coração. E como fazemos isso?
Agimos assim, quando permitimos que tenham livre acesso às nossas mentes os pensamentos de revolta, inveja, ciúme, ódio, ou quando cultivamos desejo de vingança, rancor e infelicidade. Nesses momentos, é como se enchêssemos de lixo a mente e uma pesada camada de pó cobrisse a alegria, impedindo que estejamos em paz. Além da angústia que traz, a mente atormentada influencia directamente o corpo, acarretando doenças e sofrimentos desnecessários, o
que contribui para o isolamento. O azedume das nossas palavras, o rosto contraído, tudo faz com que os outros desejem afastar-se de nós, agravando a nossa infelicidade. E o que fazer para impedir que isso aconteça?
A resposta que dou é que vigiemos, porque a vigilância é essencial para quem deseja a mente saudável.
A nossa tarefa é observar cada pensamento que se infiltra, analisar a natureza dos sentimentos que surgem, e principalmente, estar alerta para arrancar como erva daninha tudo o que nos possa prejudicar. Quando identificamos dentro de nós os feios sentimentos, as más palavras e os pensamentos desequilibrados, sempre podemos recorrer à meditação.
A meditação é um pedido de socorro que dirigimos a nós mesmos. Quando nos sentimos frágeis para combater os pensamentos infelizes, é hora de meditarmos. É tempo de falar à nossa mente sobre a fraqueza que carregamos ou a tristeza que nos abate. É o momento de pedir força moral.
Mas da nossa parte, é importante não haver acomodação. Como fazer isso? Contrapondo a cada mau pensamento os vários antídotos que temos à nossa disposição, como as boas atitudes, o sorriso, a alegria, as boas leituras.
Em vez da maledicência, a boa palavra, as conversas saudáveis.
No lugar da crítica ácida, optar pelo elogio ou pela observação construtiva.
Se surgir um pensamento infeliz, combatê-lo com firmeza.
Não te deixes escravizar. Se alguém te ofender ou fizer mal, procura perdoar, esquecer, e tenta dentro do possível ser útil a essa pessoa.
Nunca te esqueças de que todo o dia é uma excelente oportunidade para iniciar a limpeza da casa mental.
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