Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, acrescentam-se os medos.
Já ninguém faz loucuras, improvisa e simplesmente aparece, só, corpo e alma, sem porquês, simplesmente porque sim. Porque deu vontade, porque a necessidade ultrapassou a razão e os contratempos da vida. Já ninguém acredita, nem deixa o coração descompassado, marca-lhe o passo, devagar, para não doer mais tarde. Já ninguém suspira, e respira só porque ama. E a vida embrulha-nos em becos sem saída, em caminhos já percorridos, porque estes são seguros. Conhecemo-los de cor, não magoa, não abandona, fica porque fica, porque o outro lado é desconhecido, é improviso, mas no fundo o mais verdadeiro. Já não importa a verdade, a coerência, o impulso, a emoção. Balizamos sentimentos, acreditamos que é o melhor e vivemos sobre o estigma das escolhas, das perdas e dos desencantos. Acreditamos que o amanha será melhor e que a vida é assim. Feita de nadas, porque é isso que sentimos a cada adormecer, a cada acordar. E vivemos, sem sentir, sem permitir aquele ou outro sentimento, aquela ou outra emoção. Porque nos ensinaram a ficar, a aceitar e nunca a nos revoltar. E eu sou mais um, no meio desta vida que aceita o que não pode, aguenta o que não quer e sonha, muito a medo, que um dia a vida se lembre de nós e nos recompense. E que tudo o que foi mitigado, escondido, tinha uma razão de ser, mais forte do que o que o coração pede. É, eu sou mais um, que acrescento medos, escondo a vontade e sou adulto.
Já ninguém faz loucuras, improvisa e simplesmente aparece, só, corpo e alma, sem porquês, simplesmente porque sim. Porque deu vontade, porque a necessidade ultrapassou a razão e os contratempos da vida. Já ninguém acredita, nem deixa o coração descompassado, marca-lhe o passo, devagar, para não doer mais tarde. Já ninguém suspira, e respira só porque ama. E a vida embrulha-nos em becos sem saída, em caminhos já percorridos, porque estes são seguros. Conhecemo-los de cor, não magoa, não abandona, fica porque fica, porque o outro lado é desconhecido, é improviso, mas no fundo o mais verdadeiro. Já não importa a verdade, a coerência, o impulso, a emoção. Balizamos sentimentos, acreditamos que é o melhor e vivemos sobre o estigma das escolhas, das perdas e dos desencantos. Acreditamos que o amanha será melhor e que a vida é assim. Feita de nadas, porque é isso que sentimos a cada adormecer, a cada acordar. E vivemos, sem sentir, sem permitir aquele ou outro sentimento, aquela ou outra emoção. Porque nos ensinaram a ficar, a aceitar e nunca a nos revoltar. E eu sou mais um, no meio desta vida que aceita o que não pode, aguenta o que não quer e sonha, muito a medo, que um dia a vida se lembre de nós e nos recompense. E que tudo o que foi mitigado, escondido, tinha uma razão de ser, mais forte do que o que o coração pede. É, eu sou mais um, que acrescento medos, escondo a vontade e sou adulto.
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