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No desatar das horas mortas e nocturnas,
Em que nós,seres humanos de imensa fé,
nos embrenhamos,gloriosamente,
numa afectividade-emotiva,
salvaguardando a pureza do linho,
que os nossos antepassados teceram.
Pacientemente à mesma hora,
que nós por sabermos quem somos,
onde estamos e o que queremos ser,
teimamos em glorificar,com actos heróicos,
e pensamentos sãos,o que outros,
com suor e sacrifício ousaram construir.
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Possuímos a beleza natural,
do amor e dos sentimentos,
Que das rugas por onde corriam gotas,
gotas de orvalhos salgadas pelo sofrimento.
Não tinham vergonha,mas sim orgulho,
Sim esse,esse mesmo,que temos.
O orgulho de sermos nós próprios a todo o momento.
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E sós,muito sós,embrenhados,
em angustiosas solidões,
contamos,histórias de histórias,
enquanto as nossas mãos engenhosas,
vão desembrulhando o lenço de linho,
que constantemente vai absorvendo,
as honrosas lágrimas,que dos nossos olhos brotam.
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Cheguei à madrugada,
através da noite,onde pensei na dor,
que iria ter,quando corresse,
para os teus queridos braços,
por entre os pinheiros;
E nas lágrimas que deles se desprendem,
Que mais não são:
-Que as rugas de terra,de tempos feitos,
das amarguras vividas,
Que ali haviam sido deixadas apodrecer,
Que ali se mantiveram a temporais,
Como os seus versos que assim,
Jazeram em túmulos de espaço-tempo,
que perduram para a eternidade.
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“As palavras são simples demasiado.
E há quem diga,o que não sabe sentir,
E há quem não consiga exprimir,
o que sente,por quem caminha a seu lado.
E quando se sente revolta,
É uma revolta longa,por tudo,
O revoltado em vez de lutar,fica mudo,
destruindo-se,para nada destruir à sua volta.
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Mas se alguém chega,como amigo,
Recebido é como inimigo,
Pois ele é nada,nada vê,nada sente,
Sente,só revolta por si,por toda a gente.“
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