Não devemos recusar o esforço, a dedicação, porque são um caminho, uma escolha muito pessoal imune a interferências.
Num lugar que teremos de descobrir, que fica sempre alto e longe, isolado, existe para nós um sacrário meio cavado na rocha, num prado com relva cintilante muito verde, rio de águas cristalinas e cantos alegres de pássaros calmos e felizes.
Encontram-se lá os que amamos, fortes e generosos, mas eternamente sorridentes.
Existe sol e também a sombra de árvores de grande porte, e por cima delas, apenas o céu, à distância de um último salto que se quer com valentia e destreza, certeza e firmeza.
Não é um destino inevitável, mas um lugar onde somos esperados e que podemos ou não, alcançar conforme a medida do nosso desejo. Só quando lá chegarmos teremos alcançado toda a nossa envergadura, lugar divinal onde nós lá nos encontraremos connosco mesmo.
Existimos para chegar a esse sacrário, refúgio sagrado do nosso ser, onde os nossos olhos são capazes de pousar nas suas águas limpas, que reflectem já o céu que lhes existe por cima.
Não se pode querer mal aos caminhos que conduzem a lugares assim, lugares onde só lá entram os puros de coração, alma, palavras e acções, embora sejam escarpados e se torne impossível evitar ferimentos e cansaços quando se segue por eles.
Se o nosso desejo de chegar for grande, nenhum esforço nos parecerá demasiado penoso, e embora vás a caminho, terás sempre contigo qualquer coisa que é já de ter chegado. Talvez uma certa forma de olhar, resultante daquela luz que se acende por dentro quando nos pomos a caminho dispostos a tudo o que aparecer, e nem haverá problema se a morte nos encontrar assim, ainda no nosso gesto de subir, porque já o temos em nós o nosso sacrário, na imagem dele que nos fez partir.
Não devemos recusar a dor, porque ela nos constrói, marca-nos os limites e faz-nos crescer por dentro dos nossos muros, porque sem ela não passaríamos de um projecto de seres humanos que havemos de ser, e para finalizar, porque ela, a dor, edifica-nos os músculos, a cabeça e o coração, e não existe outra maneira de chegarmos a ser aquilo que devemos vir a ser.
Se não sofrermos não haverá ninguém dentro de nós.
No cumprimento sério dos nossos deveres, encontraremos a dor na forma de esforço e de cansaço, mas pode muito bem ser, que mais tarde ou mais cedo, ela nos procure sem disfarces e nos faça chorar ou gemer. É frequente que ela se apresente assim, numa nudez que parece cruel e faz lembrar facas ou agulhas, mas nem por isso devemo-nos assustar ou desistir.
Quando nos parecer que tudo está perdido, devemo-nos rir, se pudermos. É que nos estão a oferecer um degrau que nos deixará incomparavelmente mais acima no caminho. Devemos ver nisso o sinal de que, por qualquer razão, é tempo de andarmos depressa.
Sobretudo, não nos queixemos, porque existem assim metamorfoses que parecem aniquilar, mas não passam de formas de fazer surgir a borboleta, não nos queixemos, porque receberemos umas asas e cores novas.
O nosso sacrário, de onde de tão perto se pode olhar o céu, tem um preço que só nós saberemos dar e não é tão grande assim, porque ele é nosso, lugar onde as nossas vidas se juntam numa vivência cintilante como águas cristalinas num riacho de um oásis do deserto da nossa vida e existência.
Num lugar que teremos de descobrir, que fica sempre alto e longe, isolado, existe para nós um sacrário meio cavado na rocha, num prado com relva cintilante muito verde, rio de águas cristalinas e cantos alegres de pássaros calmos e felizes.
Encontram-se lá os que amamos, fortes e generosos, mas eternamente sorridentes.
Existe sol e também a sombra de árvores de grande porte, e por cima delas, apenas o céu, à distância de um último salto que se quer com valentia e destreza, certeza e firmeza.
Não é um destino inevitável, mas um lugar onde somos esperados e que podemos ou não, alcançar conforme a medida do nosso desejo. Só quando lá chegarmos teremos alcançado toda a nossa envergadura, lugar divinal onde nós lá nos encontraremos connosco mesmo.
Existimos para chegar a esse sacrário, refúgio sagrado do nosso ser, onde os nossos olhos são capazes de pousar nas suas águas limpas, que reflectem já o céu que lhes existe por cima.
Não se pode querer mal aos caminhos que conduzem a lugares assim, lugares onde só lá entram os puros de coração, alma, palavras e acções, embora sejam escarpados e se torne impossível evitar ferimentos e cansaços quando se segue por eles.
Se o nosso desejo de chegar for grande, nenhum esforço nos parecerá demasiado penoso, e embora vás a caminho, terás sempre contigo qualquer coisa que é já de ter chegado. Talvez uma certa forma de olhar, resultante daquela luz que se acende por dentro quando nos pomos a caminho dispostos a tudo o que aparecer, e nem haverá problema se a morte nos encontrar assim, ainda no nosso gesto de subir, porque já o temos em nós o nosso sacrário, na imagem dele que nos fez partir.
Não devemos recusar a dor, porque ela nos constrói, marca-nos os limites e faz-nos crescer por dentro dos nossos muros, porque sem ela não passaríamos de um projecto de seres humanos que havemos de ser, e para finalizar, porque ela, a dor, edifica-nos os músculos, a cabeça e o coração, e não existe outra maneira de chegarmos a ser aquilo que devemos vir a ser.
Se não sofrermos não haverá ninguém dentro de nós.
No cumprimento sério dos nossos deveres, encontraremos a dor na forma de esforço e de cansaço, mas pode muito bem ser, que mais tarde ou mais cedo, ela nos procure sem disfarces e nos faça chorar ou gemer. É frequente que ela se apresente assim, numa nudez que parece cruel e faz lembrar facas ou agulhas, mas nem por isso devemo-nos assustar ou desistir.
Quando nos parecer que tudo está perdido, devemo-nos rir, se pudermos. É que nos estão a oferecer um degrau que nos deixará incomparavelmente mais acima no caminho. Devemos ver nisso o sinal de que, por qualquer razão, é tempo de andarmos depressa.
Sobretudo, não nos queixemos, porque existem assim metamorfoses que parecem aniquilar, mas não passam de formas de fazer surgir a borboleta, não nos queixemos, porque receberemos umas asas e cores novas.
O nosso sacrário, de onde de tão perto se pode olhar o céu, tem um preço que só nós saberemos dar e não é tão grande assim, porque ele é nosso, lugar onde as nossas vidas se juntam numa vivência cintilante como águas cristalinas num riacho de um oásis do deserto da nossa vida e existência.
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