quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS

Apesar de estarem na “ordem do dia”, as alterações climáticas ocorrem desde sempre. No passado resultavam de causas naturais, actualmente devem-se maioritariamente a acções humanas. Desde a revolução industrial, que a queima de combustíveis fósseis tem sido utilizada em larga escala como motor de desenvolvimento da nossa sociedade conduzindo à libertação do CO2 (dióxido de carbono) armazenado durante milhões de anos na forma de carvão, gás, petróleo… Nos últimos 200 anos o Homem lançou para a atmosfera cerca de 2 triliões de toneladas de CO2, metade das quais nos últimos 30 anos.
O CO2 é o mais importante dos gases de efeito estufa (GEE), embora existam outros que contribuem igualmente para este efeito: metano (CH4), dióxido de azoto (NO2), hidrofluorcarbonetos (HFCs), entre outros. Como consequência do efeito de estufa, no último século verificou-se um aumento médio global de temperatura de 0.7 °C. Os quatro anos mais quentes de que há registo foram 1998, 2002, 2003 e 2004.
O aquecimento global provoca alterações climáticas, que se manifestam através de fenómenos meteorológicos extremos (ex. seca, cheias, tempestades), e que provocam igualmente outro tipo de fenómenos como o degelo das calotes polares, por exemplo a cobertura de neve no Ártico reduziu-se em 10% nos últimos 30 anos, e o aumento da área das zonas desérticas. Por outro lado, as alterações climáticas têm efeitos nas mais diversas áreas, desde a saúde pública (ex. epidemias associadas a fenómenos climáticos extremos) à economia (ex. destruição de colheitas e bens).
Para inverter esta realidade, é fundamental uma verdadeira alteração de comportamentos que envolva todos os sectores da sociedade, com vista à obtenção de resultados credíveis e sustentados ao nível da redução das emissões de GEE.
A opção por um estilo de vida de baixo carbono está ao alcance de todos nós enquanto cidadãos, através da adopção de simples comportamentos diários (ex. usar lâmpadas economizadoras, desligar luzes que não estão a ser necessárias, desligar aparelhos em stand-by, optar pela compra de equipamentos (electrodomésticos) mais eficientes (classe A), utilizar transportes públicos). A nível de política de ambiente, a aposta na construção de edifícios eficientes do ponto de vista energético, e nas energias renováveis (painéis solares, fotovoltaicos, energia eólica, entre outras) contribuem para este (novo) estilo de vida baixo em carbono.
(QUERCUS)

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