segunda-feira, 16 de maio de 2011

MENSAGEM PROFÉTICA

Quem é que nunca fez nada de errado na vida?
Costuma-se dizer que errar é humano.
Nós poderíamos inverter o raciocínio dizendo que corrigir erros é que é humano, pois o homem não pode desprezar a sua fantástica capacidade de racionalização ao persistir em atitudes que somente o infelicitam.

Naturalmente todos nós cometemos erros, seja intencionalmente ou não, porque o erro faz parte da aprendizagem no percurso da vida.
Por trás de todo o erro está a ignorância, o orgulho, ou o egoísmo.
O ignorante erra por desconhecer, o orgulhoso por se julgar mais importante do que as demais pessoas e o egoísta por pensar somente em si.
O que caracteriza o erro não são os padrões sociais ou as directrizes éticas estabelecidas, mas sim as suas consequências sobre o ser humano e a sociedade, e o que torna algum gesto desacertado são os seus efeitos malignos.
Erramos quando os nossos actos ferem alguém, quando invadimos o direito à felicidade do próximo, quando destruímos ao invés de construir.
Numa simples palavra, eu digo, que erramos sempre que criamos sofrimento para os outros ou para nós mesmos.
Muitas das vezes por estarmos vinculados ao sofrimento, vemos que o erro não é um bom negócio, mas se formos inteligentess, saberemos tirar frutos desse mesmo sofrimento.
Todo o mal realizado retorna sempre ao seu criador, e isto no campo dos sofrimentos chama-se expiação, mas para tornar o processo menos penoso, podemos recorrer ao arrependimento e à reparação.
Arrependimento, é portanto o primeiro passo na correcção de um desatino, o querer emendar o erro, mas existem pessoas que só se arrependem dos seus erros quando estão colhendo as consequências desses mesmos erros, e quanto mais demorarmos a nos arrepender, mais sofremos.
O arrependimento deve provocar um desejo de reparação, que consiste em fazer o bem a quem se fez o mal, mas nem todas as faltas implicam prejuízos directos e efectivos, o que quer dizer, que nem sempre teremos de expiar ou sofrer. Nestes casos, a reparação surge fazendo-se o que deveria ter sido feito e que foi negligenciado.

Quem tem sido orgulhoso, procurará tornar-se humilde, o rude procurará ser amável, o ocioso passará a ser útil e o egoísta, carinhoso.
Os efeitos dos nossos actos estendem-se, muitas vezes, para além da existência actual, explicando isso os sofrimentos actuais, cujas causas não se encontram no presente.
Várias vezes recebemos os efeitos dos nossos actos de vidas passadas, e nenhum ser humano atinge a perfeição, sem antes reparar os erros do seu caminho, e é por isso que hoje é o dia de fazer o melhor.

Até mesmo os obstáculos do caminho são motivos de alegria, por nos ensinarem a superá-los, preparando-nos para a conquista da felicidade eterna, que a todos nos aguarda.
Todavia, podemos viver com alegria, valorizando as coisas que temos e as conquistas morais que já logramos, sem infelicitar-nos com o que não possuímos e não está ao nosso alcance.
Para finalizar afirmo que é dever de cada ser humano libertar-se do cárcere da sombra e da dor, da prisão sem barras em que se mantém, e desenvolver as asas de luz das virtudes que lhe possibilitarão o voo definitivo da liberdade sem limites, porque o limite da liberdade encontra-se inscrito na consciência de cada pessoa, através das leis divinas associadas ao código de valores de cada um.

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