Tenho tentado controlar a ânsia de escrever. Parece que tudo que eu falar, soará como repetição, frases enfadonhas, de quem sempre está a esperar algo. Nem sempre me contenho, pois sou acometido por este formigueiro nas mãos. Talvez escreva para enxergar o meu revés, descobrindo as senhas que não revelo a mim mesmo. É que a minha palavra é atrevida e até cruel. Expõe a minha pele e se precisar, sangra-me. Tenho mesmo a alma aberta e o peito em fractura exposta.
Estou recolhendo todos os meus sentimentos, vou guardá-los como se guarda uma jóia rara e vou colocá-los num cantinho especial do meu coração à espera de um sinal verde, porque eu sei que, talvez esse sinal nunca acenda, talvez os meus sentimentos nunca saiam de onde foram colocados, talvez este amor nunca seja vivido, mas isto não significa que ele não tenha nascido, não tenha existido, não tenha contribuído de alguma forma para encantar e engrandecer a minha história. Isto é certamente uma escolha muito difícil, seja viver um amor proibido, seja abrir mão dele. Não estou desistindo do seu amor, porque ele nunca foi meu, estou tentando não desistir do amor que sinto. O mistério do amor nasceu dentro de mim e tomou conta de todo o meu ser, da minha vontade, do meu pensamento, dos meus actos. O mistério do amor chegou e alojou-se em mim, e só por si aumentou a minha dor, porque existem obstáculos e vontades a serem vencidas. Não comandamos os sentimentos nem as vontades alheias. Mal do ser humano que controla vontades e consciências alheias. O amor é como o raio de sol, a canção dos pássaros, o zumbir das abelhas, as flores aos nossos pés. Isso também é amor! Faz parte de nós, está à nossa volta e dentro de nós. Não há jeito de escapar. O amor, sendo um amor verdadeiro, é como um incêndio na floresta. A tudo ele consome e destrói. Tão violento que não existem meios de controlá-lo. É como uma tempestade no mar, violento e poderoso, pronto para destruir aqueles que tentam desafiá-lo! É uma força, um poder! Ele triunfa e conquista! Isto é o amor! Não sei se nós existimos, ou se fiz minha a melhor fantasia. Apenas, continuo a dormir, para encontrar esse amor. Sou afeito aos sonhos e tenho os olhos guiados por luas que me inquietam o coração. Tomam-me em momentos quaisquer. Não sabem das determinações do tempo e do calendário que rege dias com compromissos, tarefas e actividades. Desorientam-me em suspiros matutinos, quando o sol já abraça o mundo. Continuo sem saber o que fazer, quando me ocupo a pensar. Isto me lembra contracções de parto. Amiúdes, em intervalos cada vez menores e renitentes. Percebo-me com a pulsação alterada, uma taquicardia inusitada, pois é a tal química do amor a dizer-se presente, como querem os cientista. Minhas mãos, a despeito do tempo, ainda guardam carícias sonhadas e já havia escutado que a ausência é atrevida. Nunca gostei dos ditados. Na sua maioria, limitam, aprisionam acções, distraindo a capacidade de pensar. Ando a caminhar pelas dúvidas. Mas voltando a máxima, acima...Tolices, de quem nunca se deixou tocar pela possibilidade de amar. Nem desconfiam do desejo que aflora, pelo que não existiu de facto. Será que o amor sempre precisa de tacto, visão, cheiro e paladar?
Ao meu redor, tudo permanece distante e estranho, como se algo ou eu próprio estivesse no lugar errado. Os objectos, enfim tudo o que me rodeia, não me reconhecem. Eu tão pouco a eles. Olho cada lugar, como se buscasse algum vestígio de mim, algo que denuncie qualquer cumplicidade e que me tire, ainda que por instantes, esta sensação de inadequação que me é tão permanente, à medida que a ausência desse amor se solidifica.
Eu sou uma chuva que não molha, mas se sente, que passa pelos caminhos mais indescritíveis do ser. Sou passageiro como o infinito que olha sem querer e deixa sequelas de paz. Sou tudo o que as pessoas quiserem que eu seja, mas pelo menos sou e não passei despercebido. Como a chuva, eu sopro o cheiro da terra, sou pó e voltarei a ele e nada é mais passageiro que as minhas palavras, as quais, em alguém, ficaram ou tentei que ficassem ao menos uma sílaba. Sou a frase que ninguém esperava, que desmascarou o julgamento prévio do que eu fiz ou tentei fazer e não me deixaram.Sou o olhar discreto, sou o amigo do momento mais íntimo que não se tem, sou aquele que tenta descobrir o que é se o deixarem, tentando aproximar-se, recuando com medo das incertezas que possa encontrar, embora o mundo também esteja repleto delas. Sou a purificação, o anseio mais breve daquilo que não se pode ter e tenho quando busco na lentidão profunda do âmago. Sou tantas coisas, e quando mal intencionado não sou nada e na maioria das vezes finjo ser o que não se podia. Estou agora pensando neste momento na vida, no canto mais íntimo do meu corpo onde ninguém penetra, mas eu vivo.Em já padeci muitas vezes, quando precipitado, e posso padecer agora no num breve momento de loucura. Eu não acredito que posso caminhar sem o amor, rosto ao vento, enxergando a liberdade de um abismo, achando que a liberdade é um caminhar em passos largos, afastasse de mim o cordão umbilical que me unia à vida e à felicidade, na esperança de renovar, de acertar, de vencer, de falar a verdade sempre. Nesse exacto momento, penso no amor e na felicidade e espero que alguém pense em mim se porventura decidir caminhar sozinho. Conseguirá esse alguém evitar que eu me transforme num farrapo humano? Nunca quis ser empecilho ou travão, ou até mesmo um obstáculo ao progresso individual e à felicidade de quem quer que seja. Sou ciumento com os meus Amigos e se for preciso dou a vida por eles, pelos verdadeiros Amigos. Farão eles o mesmo? Estou desiludido e até angustiante. Será que valerá todo o esforço e empenho? Valerá a pena????????
Acredito que a minha vida não é melhor nem pior que a de ninguém. Nunca sentir-se maior ou menor mas igual...Fazer o bem sem olhar à quem e não esperar nada em troca, é uma maneira de encontrar a felicidade... Procurar sorrir sempre, mesmo diante das dificuldades e não se envergonhar das lágrimas, diante da necessidade, é outra maneira de irmos ao encontro dela... Eu choro quase diariamente, que mais pareço uma Maria Madalena arrependida; Não me envergonho de chorar… Ser humilde, prestar favores sem recompensas, abrir as mãos e oferecer ajuda, é uma maneira de buscar a felicidade... Chorar e sofrer, mas lutar e procurar vencer, sem deixar o cansaço derrotar-me, nem o desânimo e o preconceito me dominar, é outra maneira de ganhar a felicidade... Estão-me a começar a faltar as forças. Aprender a defender os meus ideais e a amar os meus semelhantes, a conquistar os meus amigos pelo o que eu sou, e não pelo o que querem que eu seja, é mais uma maneira de abraçar a felicidade... Saber ganhar e saber perder, é uma rara conquista, mas será que vou conseguir... Tenho fé, acredito em Deus! Tento viver cada momento como se fosse o último, mas estão-me a faltar momentos. Tento fazer da minha vida uma conquista de vitórias, uma virtude e tentar aproveitar tudo o que ela me der, como uma oportunidade... mesmo sofrendo, hei-de sofrer amando...... pois é através do amor que eu hei-de conseguir encontrar as chaves para abrir as portas da "FELICIDADE", e isto só será possível se ainda houver tempo e me ajudarem a que não me transforme de vez sem retorno num farrapo humano.
Da janela do tempo observo o horizonte inalcançável e mesmo assim os meus olhos insistem em buscar além do horizonte... Da janela do tempo o meu coração sorri para a vida, enquanto o sol me abraça renovando-me as forças diante do horizonte... A janela do tempo abre-se para o jardim dos sonhos onde os meus versos criam raízes florindo e perfumando a estrada do horizonte... A janela do tempo não tem grades não tem vidros para impedir as ilusões de voarem por entre as nuvens que buscam o horizonte... E é pela janela do tempo que as minhas lembranças escorrem em forma de cascata deixando-me as sobras de saudades de tudo o que pensei ser meu horizonte... Agora eu sei que na minha frente existe um muro de pecados e virtudes, os quais escondem a minha realidade, para que eu possa viver em meio com os erros, ou talvez para que eu faça a coisa certa, mesmo que não saiba o que estou a fazer. Eu sei o que sinto, porém escondo-me e não me acho através dos sentimentos, estes que seriam passageiros, mas que serão eternamente lembrados. Algumas coisas acontecem para que seja possível aprender. As traições da vida ensina-nos a não fechar os olhos diante de pequenas falhas ou grandes erros. Pensar com a razão e não com o coração seria uma forma de eliminar as desavenças da indecisão.
Da janela do tempo observo o horizonte inalcançável e mesmo assim os meus olhos insistem em buscar além do horizonte... Da janela do tempo o meu coração sorri para a vida, enquanto o sol me abraça renovando-me as forças diante do horizonte... A janela do tempo abre-se para o jardim dos sonhos onde os meus versos criam raízes florindo e perfumando a estrada do horizonte... A janela do tempo não tem grades não tem vidros para impedir as ilusões de voarem por entre as nuvens que buscam o horizonte... E é pela janela do tempo que as minhas lembranças escorrem em forma de cascata deixando-me as sobras de saudades de tudo o que pensei ser meu horizonte... Agora eu sei que na minha frente existe um muro de pecados e virtudes, os quais escondem a minha realidade, para que eu possa viver em meio com os erros, ou talvez para que eu faça a coisa certa, mesmo que não saiba o que estou a fazer. Eu sei o que sinto, porém escondo-me e não me acho através dos sentimentos, estes que seriam passageiros, mas que serão eternamente lembrados. Algumas coisas acontecem para que seja possível aprender. As traições da vida ensina-nos a não fechar os olhos diante de pequenas falhas ou grandes erros. Pensar com a razão e não com o coração seria uma forma de eliminar as desavenças da indecisão.
Fala-se de mãos e pés calejados, mas pouco se fala de corações calejados. Portanto... quanta gente há por aí vivendo como se não fosse possível ter sentimentos porque um dia foram magoadas. As pessoas mais durinhas, que parecem indiferentes ao amor, carinho e ternura, são pessoas endurecidas pela vida. São vítimas de uma dor que não souberam gerir.Uma empresa mal administrada vai à falência; um coração mal dirigido vai à ruína. Somos nós os gerentes da nossa vida. A nós cabe as decisões importantes que conduzirão o nosso caminho. Já alguém experimentou andar com um sapato apertado? No início as pessoas aguentam, faz até uma cara bonita. Mas isso nem sempre acontece e depois de algum tempo percebemos que, mesmo se as pedras no caminho podem fazer mal, melhor mesmo é deixar esse sapato de lado, ainda que seja aquele que a gente tanto desejou e até se sacrificou para adquirir. Há pessoas que calejam e endurecem o nosso coração. Fazem parte da nossa vida e as amamos, mas nos fazem mal... tanto e tanto que acabamos fechando aos poucos as portas do nosso coração a outras possibilidades. Trancamo-nos dentro dele e vivemos na escuridão da nossa própria sombra. Não devemos deixar de acreditar nas estrelas porque um dia as nuvens escuras encobriram o nosso céu. Se o nosso coração está calejado e endurecido, devemos tentar cuidar dele com mais carinho ainda se ainda formos a tempo de salvá-lo. Que seja o nosso coração a transformar a atitude dos outros em relação a nós e não o contrário.
Nós seres humanos, somos naturalmente afectivos... Queremos amar, queremos ser amados, queremos expressar o nosso amor, e termos liberdade para essa expressão. A nossa vida gira em torno dos nossos afectos e a maioria das atitudes que tomamos na vida tem por base uma relação afectiva.
Fico a pensar que o amor leva-nos a viver uma pontinha de egoísmo. Afinal, desejamos a eternidade para a pessoa que amamos e para nós mesmos, que estamos amando. Diante do amor renunciamos à interrupção, ao cansaço, o término e o passageiro e abraçamos a eternidade como projecto único e suficiente de vida. "Somos o que amamos" revela que a força do amor reside no desejo de ajudar no crescimento do outro fazendo-o melhorar e superar os seus limites. O amor não teme enfrentar o lado obscuro do outro e não desanima. Ao contrário, fala quando acredita na força de uma conversa brotada do amor. O amor é capaz de gerar um clima de empatia no qual os gestos e as palavras, nascidos do conhecimento do outro, penetram suave como a chuva fina e leve. O Amor incondicional e absoluto, é aquele que brota puro do Sagrado Coração do Ser... Não existe energia mais branda e ao mesmo tempo mais poderosa. É Escudo de Protecção, é lenitivo para o desalento, é bálsamo para qualquer dor, é porta aberta para o bem estar. É amanhecer. O Amor é um manto de cura na nossa doença de não ver, de não sentir, de não acreditar. É combustível que faz a roda da vida girar. É ele que liberta os véus, é dele o verdadeiro sopro que nos faz despertar, é ele amor puro e incondicional que nos faz vir à tona, encarar sempre o novo dia e pensar que tudo tem jeito, cada coisa a seu tempo, cada coisa no seu devido lugar... Mas com o amor vem a dor.
Hoje, existem edifícios mais altos e estradas mais largas, porém temperamentos pequenos e pontos de vista mais estreitos. Gastamos mais, porém desfrutamos menos. Temos casas maiores, porém famílias menores. Temos mais compromissos, porém menos tempo. Temos mais conhecimentos, porém menos discernimento. Temos mais remédios, porém menos saúde. Multiplicamos os nossos bens, porém reduzimos os nossos valores humanos. Falamos muito, amamos pouco e odiamos demais. Chegamos à Lua, porém temos problemas para atravessar a rua e conhecer o nosso vizinho. Conquistamos o espaço exterior, porém não o interior. Temos dinheiro, porém menos moral.... Há mais liberdade, porém menos alegrias.... Por tudo isso, proponho que de hoje e para sempre... Não deixe nada “para uma ocasião especial”, porque cada dia que viver será uma ocasião especial. Leia mais, sente-se na varanda e admire a paisagem sem se importar com as tempestades. A vida é uma sucessão de momentos para serem desfrutados, não apenas para sobreviver. Viver é um espectáculo imperdoável. Podemos ter defeitos, vivermos ansiosos e ficarmos irritados algumas vezes, mas não nos esqueçamos de que a vida é a maior empresa do mundo. Só nós podemos evitar que ela vá à falência.
Devemo-nos lembrar sempre de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas reflectir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar "eu errei". É ter ousadia para dizer "me perdoe". É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de TI". É ter capacidade de dizer "eu te amo".
Façamos da nossa vida um canteiro de oportunidades. Que nas nossas primaveras nós sejamos amantes da alegria. Que nos nossos invernos nós sejamos amigos da sabedoria. E, quando nós errarmos o caminho, devemos começar tudo de novo, pois assim nós seremos cada vez mais apaixonados pela vida e descobriremos que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas é usar as lágrimas para irrigar a tolerância, usar as perdas para refinar a paciência, usar as falhas para esculpir a serenidade, usar a dor para lapidar o prazer, usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência. Jamais devemos desistir de nós mesmos. Jamais devemos desistir das pessoas que nós amamos. Jamais devemos desistir de ser felizes, pois a vida é um espectáculo imperdoável...
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