quinta-feira, 10 de setembro de 2009

RESPEITO


O respeito foi definido por alguém como a capacidade do ser humano se importar com o sentimento do outro. Talvez seja esta a mais completa das definições.
Normalmente, quando nos sentimos ofendidos, desprezados, dizemos apreciar o respeito. Mas, será que respeitamos os demais? É fácil sabermos.
Basta que nos perguntemos se somos daqueles que marcamos hora com o médico ou o dentista e na última hora, por questões de pouca importância, telefonamos desmarcando, sem nos preocuparmos com a agenda do profissional, e muito menos, com eventuais clientes que estariam aguardando em lista de espera por aquela hora que agora não será aproveitada por ninguém. Acaso somos daqueles que apreciamos estabelecer um preço para os serviços profissionais alheios? Somos dos que pensamos que um profissional liberal ganha demais e que pode nos fazer um grande desconto? Mais do que isso, porque alguns de nós dizemos, de maneira desrespeitosa, que o seu trabalho não vale mais do que a quantia que estipulamos, e desrespeitamos o esforço que o profissional fez para chegar onde se encontra, desconsiderando as inúmeras noites que passou estudando, os serões intermináveis e exaustivos, as horas de pesquisa. Não levamos em conta, inclusive, os custos financeiros para completar o curso, para prosseguir no seu aperfeiçoamento, mestrado, doutoramento. Desrespeitamos o trabalho do outro todas as vezes que lhe dizemos que o seu ganho é fácil e rentável, enquanto o nosso é árduo. Há falta de respeito sempre que desconfiamos dos outros baseados somente na nossa má fé ou má vontade, e no trato com outros profissionais, como os domésticos, jardineiros, pedreiros, carpinteiros, quanta vez os desrespeitamos. Sempre que estabelecemos jornadas de trabalho muito longas, que exigimos cumprimento de tarefas além do que se considera humanamente possível, que submetemos o outro a situações humilhantes, estamos desrespeitando.
O respeito deve ser a atitude de todo cristão para com o seu semelhante, seja ele superior ou inferior a ti, na escala social e nos degraus da instrução. Afinal, somos todos membros de uma única família, criados por Deus, nosso Pai. Acreditemos que, se não aprendermos a respeitar o nosso semelhante, desde as mínimas coisas, não estaremos agindo dentro da lei de justiça, amor e caridade.
Tenhamos compaixão de quem cai, porque a consciência dele será o seu juiz.
Ajudemos aquele que tomba se o merecer e for digno de ajuda, porque a sua fraqueza já é uma severa punição. Riqueza e pobreza podem ser tidas como formas de se encarar o mundo, e para quem idealiza que recursos amoedados poderão conceder tudo o que se deseja em coisas materiais, a riqueza será ter muito dinheiro à disposição. Para quem pensa na vida como uma extraordinária experiência, em que os sentimentos sejam prioridade, com certeza pensará que pobre é quem não tem a quem amar ou que o ame. Recursos como saúde, família, afecto não se adquire senão com zelo, empenho, amor, verdade, honra e dignidade.

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