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É muito fácil alguém dizer que ama a humanidade, mas não acorda todo o dia com ela, não paga as contas com ela, não vê a cara feia, o mau humor, ou seja, fácil é amar o que está distante, o que não incomoda, o que é bonitinho. Desafio é amar no quotidiano, vendo os defeitos, discutindo, pagando contas...
Existe aquela história de santo de casa não fazer milagres, não é?
Quantas vezes o nosso parceiro (ou o pai, a mãe) chega e diz várias coisas necessárias ao nosso desenvolvimento e nós não damos atenção, e acabamos por ir ouvir justamente um amigo que não convive connosco, alguém que está mais afastado do nosso quotidiano?
Isso acontece muito, terminamos algumas vezes por não dar o devido valor àqueles que estão demasiado próximos de nós, e cometemos o erro de deixar de aprender e de deixar de valorizar o ente querido, que pode se sentir jogado para um canto (e com razão!).
Por isso o diálogo é importante, o respeito ao e pelo outro, o querer fazer bem, fazer o outro feliz. Claro que nem sempre é fácil, principalmente se nunca passamos por situações que pudessem desenvolver os nossos sentimentos a esse respeito e se não estamos bem resolvidos com nós mesmos. Mas, quem é que está bem resolvido consigo mesmo? A vida é cheia de altos e baixos, um dia nós estamos equilibradíssimos, em cima do salto, outro dia nós caimos até de chinelos!
O desenvolvimento da empatia é muito importante e eu penso que se possa conseguir isso com algum treino. Procurar ouvir as pessoas, procurar entender o que se passa com elas, assistir a filmes e ler livros que tratem de relacionamentos, de sentimentos e emoções, lidar carinhosamente com animais de estimação, tudo isso ajuda a desenvolver o nosso lado emocional, e não estou tratando aqui de sentimentalismo. E o lado emocional bem resolvido, facilita o nosso dia-a-dia, traz e leva conforto, além de fazer com que entremos em contacto com o que há de mais belo e verdadeiro em nós: o amor!
Somos seres de amor, o amor vive à nossa volta o tempo todo, e só precisamos estar conectados com ele, destruir os muros que o egoísmo criou, muros estes que impedem o nosso delete no amor.
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