A vida passa tão depressa! Na verdade, desde o nascimento que somos ensinados a educar os nossos sentimentos e, poucos são, os que se habilitam a fechar os olhos, a captar a verdadeira essência das palavras presentes nas pessoas. Até nas brincadeiras somos treinados a ver o que se passa ao nosso redor. Nada de toques, descobertas, chegando-se, inclusive, a ralharem connosco se insistíssemos brincar de ceguinhos, advertindo, que se um vento passasse, poderíamos ficar cegos para o resto da vida, desconsiderando, na verdade, que o essencial é invisível aos olhos.
Compreender o OUTRO será talvez o nosso maior desafio de todos os tempos.
Se nós temos dificuldade para compreender o nosso irmão, aquele que está bem próximo de nós, o que dizer dos outros mais distantes? O facto é que nos falta modéstia para entender o outro, para compreender que podemos crescer com novas culturas. Em vez disso, acreditamos que o que é bom para nós é bom para todos os demais. Nunca imaginamos que os outros têm necessidades diferentes das nossas. Não entendemos que não temos condições de criar leis que satisfaçam a todos. Além disso, temos sempre a ilusão de que detemos a verdade absoluta para tudo. Não aceitamos que existem pessoas que possam ver as coisas sob prismas diferentes, pois têm outras emoções, vivem os factos de maneira diversa. Vivemos sempre de acordo com a nossa compreensão e por isso torna-se sempre mais difícil entender as pessoas à nossa volta e mesmo as questões de outro tempo e lugar, porque tendemos a considerar que aquilo que serve para nós, também serve como norma para todos. Por tudo isso fica cada vez mais difícil compreender e aceitar novos desafios. Entender o outro significa não distorcer a realidade do outro. Não se pode esquecer que ele tem emoções diferentes das nossas, por isso vê diferente de nós.
É tão especial a linguagem dos acontecimentos, que por vezes nem nos damos conta de que as respostas estão nas nossas próprias atitudes. Quando pensamos que algo aconteceu contrário à nossa perspectiva ou que tudo deu errado, devemos ter a compreensão sensata de que assim deveria ser para que dali tirássemos uma grande lição de vida. Ah... Quem me dera ter hoje vinte anos com a experiência que adquiri ao longa da vida, e que vontade de incutir na cabeça dos mais jovens que as coisas devem ser exactamente do jeito que acontecem. Fracassos fortalecem-nos se não nos deixarmos abater. Sempre vêm com a grata finalidade de ascendermos a níveis maiores de consciência e mais firmes onde nenhum vendaval poderá alcançar. Nada há nada de mais valioso do que a percepção dos nossos sentidos à abundância da vida que flameja em todas as direcções. Não se pode esmorecer entregando-se ao desânimo por uma luta, porque quanto mais obstáculos mais delicioso o sabor da vitória. Ao olharmos para trás veremos então um caminho cheio de pequenas conquistas. E caso o sonho tão esperado não chegue a seu termo, que importa? Como disse Franklin Rossevelt: "Há algo pior na vida do que não ter vencido: é nunca ter pensado em vencer."
Entendam isto e busquem o equilíbrio na vida. Vivam o presente com muita energia.
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