Que culpa tenho eu por uma situação vivida e sentida, porque quem ama cuida, protege, guia e ampara?
Porque será que as pessoas não confiam mais em mim, ou melhor, porque será que não existe receptividade às minhas ideias, maneira de ser, pensar e agir pelas outras pessoas, depois de estar tudo resolvido, e me culpam pela situação final?
Será que sou um abdominável ser humano ou algum monstro das cavernas que só come pessoas ao pequeno-almoço?
Não quero viver assim, muito menos pretendo viver assim.
Não desejo impor vontades, maneiras de ser, pensar e agir, porque isso era controlar mentes humanas e tornar as pessoas em máquinas comandadas por botões ou algum comando remoto.
Não me quero expor a este mundo que não me compreende e entende, muito menos me quero transformar num seu simples e mero peão.
Não quero que ninguém sofra por mim, e muito menos quero que tenham piedade e me coloquem no ragaço, bocados de sentimentos forçados por forças das circunstâncias.
Não quero que chorem a partida, porque sei partir no momento certo, afastar-me na altura ideal, para não impedir o que quer que seja por parte das pessoas que me rodeiam.
É sempre triste o afastamento doloroso e sentido, mas mais dilacerante é, quando se torna forçado e provocado por vontade alheia.
Não quero que sigam os meus ideiais, mas só quero simples e sinceramente, a honestidade, a honra, a dignidade, a lealdade e a verdade na partilha de algo que se pode julgar comum ou dar a entender como dado adquirido.
Não quero jogar jogos de interesses neste mundo cruel, hipócrita e despido de valores, onde impera a força do interesse e não dos sentimentos puros, honestos, simples e verdadeiros.
Não quero iludir-me e chega de pensar que sou desejado, amado e sentido, quando na realidade sou tratado como mero produto dentro de um prazo de validade.
Não quero iludir-me sobre o que me espera. Não quero encaixar dentro de mim, o despotismo e o autoritarismo.
Não quero sentir-me a mais seja em que lugar for e em que circunstâncias se verificam essas mesmas circunstâncias.
Não quero seguir uma vida despida do conceito das ideias, dos sentimentos, das livres vontades, das mentes abertas, onde tudo é colocado em causa e severamente castigado, seja em que momentos for.
Não quero sentir-me em fora de jogo, quando sei que estou dentro dos limites e que por força das circunstâncias da vida e do momento, sou obrigado e forçado a abandonar o barco.
Não quero forçar nada ne ninguém, pois sei o que sou, o que sinto, o valor que tenho, e para onde caminho.
Não quero fazer parte de um mundo onde não habita a humildade, a verdade, a honra, a dignidade, a falta de valores éticos e morais, a lealdade e o compromisso livremente proposto e aceite.
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