Banho de multidão no santuário contribuiu para melhorar a imagem de Bento XVI, numa visita vista a nível global pelo prisma do escândalo da pedofilia.
O santuário de Fátima ficou ontem um mar branco e colorido como poucas vezes se vê. No final da missa presidida pelo Papa Bento XVI, durante a tradicional procissão do adeus, além dos milhares de lenços brancos, havia centenas de bandeiras de muitos países e instituições, bonés e camisolas de diferentes cores. Havia uma multidão que parece ter-se rendido ao Papa. E um Papa rendido a Fátima.
O porta-voz de Bento XVI, padre Federico Lombardi, referiu-se ontem ao espectáculo estético e litúrgico que ocorre em Fátima: "No início da procissão das velas, compreendi porque é a quinta vez que um Papa vem a Fátima. Porque uma tal manifestação é raro encontrar-se noutros lugares do mundo, com esta expressividade e genuinidade."
Para Bento XVI, a mensagem de Fátima e o seu papel continuam a ser válidos: "Iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída." E acrescentou que a "luz no íntimo dos pastorinhos, que provêm do futuro de Deus, é a mesma que se manifestou na plenitude dos tempos e veio para todos: o Filho de Deus feito homem."
E acrescentou: "A nossa esperança tem fundamento real, apoia-se num acontecimento que se coloca na história e ao mesmo tempo a excede: é Jesus de Nazaré."
No final da missa, e nos vários momentos em que o Papa se deslocava em Fátima para as diferentes celebrações e encontros, foi visível também que muita gente estava rendida de outra maneira ao Papa frio e distante que até aqui conheciam. Mesmo se a generalidade das pessoas continua a dizer que preferia João Paulo II, muitas pessoas notavam que Bento XVI "até sorri" e estava visivelmente contente com o acolhimento que as pessoas lhe proporcionavam.
Nos textos que pronunciou nas cerimónias litúrgicas de Fátima, claramente mais teológicos e devocionais que os restantes, o Papa Ratzinger recordou também João Paulo II. Mal chegou, anteontem, foi rezar na Capelinha das Aparições. E lembrou a bala do atentado que o seu antecessor sofreu em 1981 e que está incrustada na coroa da imagem da Senhora de Fátima. "Consola-nos profundamente saber que estás coroada não só com a prata e o ouro das nossas alegrias e esperanças, mas também com a bala das nossas preocupações e sofrimentos."
No seu discurso aos padres, religiosos e seminaristas, sem nunca referir o tema da pedofilia, sobre o qual falara na viagem de Roma para Lisboa, Bento XVI pediu que os padres mantenham a fidelidade à sua vocação: "A fidelidade no tempo é o nome do amor; de um amor coerente, verdadeiro e profundo a Cristo." E pediu-lhes que unam forças: "Sede solícitos uns pelos outros, sustentando-vos fraternalmente. Os momentos de oração e estudo em comum, de partilha das exigências da vida e trabalho sacerdotal são uma parte necessária da vossa vida."
O santuário de Fátima ficou ontem um mar branco e colorido como poucas vezes se vê. No final da missa presidida pelo Papa Bento XVI, durante a tradicional procissão do adeus, além dos milhares de lenços brancos, havia centenas de bandeiras de muitos países e instituições, bonés e camisolas de diferentes cores. Havia uma multidão que parece ter-se rendido ao Papa. E um Papa rendido a Fátima.
O porta-voz de Bento XVI, padre Federico Lombardi, referiu-se ontem ao espectáculo estético e litúrgico que ocorre em Fátima: "No início da procissão das velas, compreendi porque é a quinta vez que um Papa vem a Fátima. Porque uma tal manifestação é raro encontrar-se noutros lugares do mundo, com esta expressividade e genuinidade."
Para Bento XVI, a mensagem de Fátima e o seu papel continuam a ser válidos: "Iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída." E acrescentou que a "luz no íntimo dos pastorinhos, que provêm do futuro de Deus, é a mesma que se manifestou na plenitude dos tempos e veio para todos: o Filho de Deus feito homem."
E acrescentou: "A nossa esperança tem fundamento real, apoia-se num acontecimento que se coloca na história e ao mesmo tempo a excede: é Jesus de Nazaré."
No final da missa, e nos vários momentos em que o Papa se deslocava em Fátima para as diferentes celebrações e encontros, foi visível também que muita gente estava rendida de outra maneira ao Papa frio e distante que até aqui conheciam. Mesmo se a generalidade das pessoas continua a dizer que preferia João Paulo II, muitas pessoas notavam que Bento XVI "até sorri" e estava visivelmente contente com o acolhimento que as pessoas lhe proporcionavam.
Nos textos que pronunciou nas cerimónias litúrgicas de Fátima, claramente mais teológicos e devocionais que os restantes, o Papa Ratzinger recordou também João Paulo II. Mal chegou, anteontem, foi rezar na Capelinha das Aparições. E lembrou a bala do atentado que o seu antecessor sofreu em 1981 e que está incrustada na coroa da imagem da Senhora de Fátima. "Consola-nos profundamente saber que estás coroada não só com a prata e o ouro das nossas alegrias e esperanças, mas também com a bala das nossas preocupações e sofrimentos."
No seu discurso aos padres, religiosos e seminaristas, sem nunca referir o tema da pedofilia, sobre o qual falara na viagem de Roma para Lisboa, Bento XVI pediu que os padres mantenham a fidelidade à sua vocação: "A fidelidade no tempo é o nome do amor; de um amor coerente, verdadeiro e profundo a Cristo." E pediu-lhes que unam forças: "Sede solícitos uns pelos outros, sustentando-vos fraternalmente. Os momentos de oração e estudo em comum, de partilha das exigências da vida e trabalho sacerdotal são uma parte necessária da vossa vida."
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