quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

VERDADE PROFÉTICA


Viver no mundo é estar em contacto permanente com o desejo de ter coisas, ver pessoas, fazer amigos sinceros e puros, possuir riquezas.
Nos centros comerciais e meios de comunicação, o apelo é sempre para comprarmos mais, consumirmos mais, acumularmos mais.
O que fazer, já que somos treinados desde pequenos para desejar conforto, prazeres, bens?
Como escapar a esse verdadeiro fascínio que as coisas materiais exercem sobre nós e que nos tornam escravos do trabalho e do dinheiro?
O mundo exerce um enorme fascínio sobre as pessoas. Ao nascermos, esquecemos a nossa verdadeira origem, a nossa simples natureza, e mergulhamos num ambiente onde quem é mais esperto e competitivo leva a melhor.
Para piorar, somos julgados pelo modo de vestir, pelo lugar onde moramos, pelo tamanho da conta bancária.
Muitas vezes desejamos escapar dessa lógica perversa, mas como fazer isso?
Alguns mais radicais acreditam que a solução é fugir do mundo, escapar das regras sociais, viver como um eremita, um lobo solitário, longe de tudo e de todos.
A vida em sociedade lapida os nossos relacionamentos, porque é nos relacionamentos com as pessoas que podemos ver quem realmente somos.
Viver em isolamento é uma artificialidade. Coragem real é expor-se às situações e tornar-se vencedor.
Por isso, para escapar da atracção das coisas materiais a solução é o equilíbrio. Trabalhar sim, mas sem nos tornarmos escravos.
Acumular o suficiente para o sustento do corpo, mas sem ceder à ganância. Desejar as coisas boas, mas sem exageros.
Uma frase resume tudo isto: viver no mundo e não para o mundo.
E a fórmula para manter os pés no chão é bem simples, bastando lembrar que um dia deixaremos roupas, jóias, imóveis, dinheiro, porque tudo isso ficará aqui na Terra, e ao morrermos, a pergunta então será: o que levamos com a nossa alma? Que exemplos deixaremos? Que boas lembranças os nossos amigos e parentes terão de nós? Acredita: isto, sim, é essencial.

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