AFECTO

A falta de sensibilidade para resolver conflitos e tratar de assuntos com pessoas que têm ideias opostas às nossas tem sido responsável por muitos desentendimentos e dissabores nos relacionamentos.
O afecto, usado com sabedoria é uma ferramenta poderosa, mas pouco usada pela maioria das pessoas.
O mais comum tem sido a violência, a agressividade, a intolerância.
Existem pessoas que não gostam de mostrar a sua intimidade e escondem-se sob um véu de silêncio, com ares de poucos amigos, na tentativa de evitar aproximações que deixem expostas as suas fragilidades.
Se, em vez da força, usarmos o afecto, o aconchego, a ternura, a pessoa naturalmente desarma-se e deixa-se envolver.
Às vezes a pessoa chega prevenida contra tudo e contra todos, e desarma-se ao simples contacto com um meigo sorriso ou um abraço carinhoso, mas se ao invés disso, encontramos pessoas também predispostas à agressão, ao conflito, as coisas ficam ainda piores.
Como a convivência com outras pessoas é uma realidade da qual não podemos fugir, precisamos aprender a lidar uns com os outros com sabedoria e sem desgastes.
A força nunca foi e nunca será a melhor alternativa, além de causar sérios prejuízos à vida de uma relação, e por isso devemos criar relacionamentos harmoniosos, porque é uma arte que precisa de ser cultivada e levada a sério, mas para isso é preciso que ao menos uma das partes o queira e o faça. E se uma das partes quiser, por mais que a outra esteja revestida de uma protecção semelhante a de um porco-espinho, ninguém sairá ferido e o relacionamento terá êxito.
De tudo o que fazemos na vida ficam apenas algumas lições:
A certeza de que estamos todos em processo de aprendizagem;
A convicção de que precisamos uns dos outros;
A certeza de que não podemos deter o passo;
A confiança no poder de renovação do ser humano.
Portanto, devemos aproveitar as adversidades para cultivar virtudes, e fazer das quedas um passo de dança, do medo um desafio, e retirar de todas as circunstâncias, as lições necessárias para se ser feliz.