segunda-feira, 19 de maio de 2008
CANCRO DA LARINGE: O TUMOR DOS FUMADORES
O cancro da laringe é relativamente frequente, inserindo-se entre os tumores de pescoço e cabeça, em geral, que representam cerca de 5% de todos os tumores do organismo.
Só que a importância destes tumores é muito maior em relação aos outros, porque são tumores que responsáveis por alterações de ordem estética e funcional.
O doente com cancro da laringe não tratado perde a voz, deixa de respirar pela boca e acaba por ter que ser submetido a uma cirurgia que só lhe permite respirar por um orifício no pescoço, a chamada traqueotomia. Por estes motivo, é um tumor com uma repercussão social, laboral e familiar muito grande.
Entre esses 5%, o cancro da laringe ocupa 1%, embora no Instituto Português de Oncologia seja o tumor mais frequente de cabeça e pescoço.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico maiores são as hipóteses dos doentes conservarem a sua laringe. Sempre que a pessoa tem uma rouquidão que se prolonga para além de um mês deve ser observada por um especialista, este sintoma é particularmente importante nos fumadores e nos alcoólicos. Sendo Portugal um dos países com maior taxa de alcoolismo do mundo, é normal que o cancro da laringe tenha uma grande incidência no nosso país.
Para além dos dois grandes factores de risco, tabagismo e alcoolismo, existem outras circunstâncias que podem aumentar a propensão para se vir a sofrer deste tipo de tumor.
Os indivíduos que trabalham em metalúrgicas têm algum acréscimo deste tumor, mas o tabaco e o álcool são os principais responsáveis por esta doença.
A rouquidão é o principal sintoma, mas se um doente adulto tiver uma dor persistente localizada na zona da garganta também deve recorrer ao médico, porque pode indiciar problemas da faringe.
O tratamento varia de acordo com a dimensão do tumor. Uma pequena lesão de uma corda vocal, por exemplo, permite que se tire o tumor sem tirar toda a laringe. O doente irá ficar rouco toda a sua vida, mas terá toda a sua função, portanto, não precisará de ter o tal buraco no pescoço e continua a falar com a boca. O doente que tiver um tumor muito grande tem que tirar toda a laringe e passa a respirar por um orifício no pescoço. Estes últimos doentes só poderão articular algumas palavras através de um mecanismo artificial.
O cancro da laringe atinge muito mais os homens, apesar de em certos países, como os Estados Unidos da América, a incidência estar a aumentar entre as mulheres. A maioria dos casos aparece por volta dos 45 anos, mesmo em pessoas que já deixaram de fumar. Mesmo uma pessoa que deixou de fumar há 20 anos não está livre de vir a ter cancro da laringe, decorrente da acção nefasta que o tabaco tem nas células deste órgão.
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