domingo, 25 de maio de 2008

DROGA


Droga (do francês drogue, provavelmente do neerlandês droog, "seco, coisa seca"), narcótico, entorpecente ou estupefaciente são termos que denominam substâncias químicas que produzem alterações dos sentidos.
"Droga", em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias, que pode ir desde o carvão à aspirina. Contudo , há um uso corrente mais restritivo do termo, remetendo a qualquer produto alucinógeno (ácido lisérgico, heroína etc.) que leve à dependência química e, por extensão, a qualquer substância ou produto tóxico (tal como o fumo, álcool etc.) de uso excessivo, sendo um sinónimo assim para entorpecentes.

CONCEITO
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas, de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoila) e o THC tetrahidrocanabiol (da cannabis). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a várias interpretações, mas ao senso comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento.
As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das actividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afectam o Sistema Nervoso Central, modificando as actividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injecção, por inalação, via oral, injecção intravenosa ou aplicadas via rectal (supositório).

TIPOS
•Depressoras - podem dificultar o processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro. Exemplos: álcool, barbitúricos, diluentes, cloreto de etila, clorofórmio, ópio, morfina, etc.
•Psicodislépticas ou alucinógenas – têm por característica principal a despersonalização em maior ou menor grau. Exemplos: maconha, skunk, LSD, psilocibina, heroína.
•Psicoanalépticas ou estimulantes - produzem aumento da atividade cerebral, diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, teobromina, MDMA ou ecstasy, anfetaminas (bolinha, arrebite) etc.

Quanto à forma de produção, classificam-se como:
•Naturais;
•Semi-sintéticas;
•Sintéticas.

USO DE DROGAS
É comum distinguir o abuso do uso de drogas de seu consumo normal. Esta classificação refere-se à quantidade e peridiocidade em que ela é usada.
Outra classificação, se refere ao uso das drogas em desvio de seu uso habitual, como por exemplo o uso de cola, gasolina, benzina, éter, lóló, dentre outras substâncias químicas.
Os usuários podem ser classificados em: experimentador, usuário ocasional, habitual e dependente.

MOTIVOS ASSOCIADOS AO USO
Os motivos que normalmente levam alguém a provar ou a usar ocasionalmente drogas incluem:
•problemas pessoais e sociais;
•influência de amigos, traficantes assim como da sociedade e publicidade de fabricantes de drogas lícitas;
•sensação imediata de prazer que produzem;
•a facilidade de acesso e obtenção;
•desejo ou impressão de que elas podem resolver todos os problemas, ou aliviar as ansiedades;
•fuga;
•estimular;
•acalmar;
•ficar acordado ou dormir;
•emagrecer ou engordar;
•esquecer ou memorizar;
•fugir ou enfrentar;
•inspirar;
•fortalecer;
•aliviar dores, tensões, angústias, depressões;
•aguentar situações difíceis, privações e carências;
•encontrar novas sensações, novas satisfações;
•força do hábito;
•ritual.

CRÍTICAS
•Qualquer droga é potencialmente tóxica, o grau de intoxicação depende da intensidade de seu uso, sendo directamente proporcional.
•Mesmo com drogas aceitas, toleradas ou até incentivadas pela sociedade é possível chegar ao abuso e dependência química.
•A pessoa que usa drogas acaba ficando dependente por um bom tempo, até que resolva tratar-se ou decidir abandonar as drogas.

EFEITOS DAS DROGAS
A droga proporciona a satisfação ilusória, ou pelo menos o alívio, de uma necessidade, da qual a cultura favorece o desenvolvimento sem a satisfazer suficientemente. Se não existisse a necessidade insatisfeita, a droga não seria mais procurada do que tantos outros produtos acessíveis. Se a necessidade não fosse induzida mas genética, como acontece com as vitaminas, o consumo da droga, intencional ou não, seria generalizado e não se limitaria a algumas pessoas. Se, assim, a necessidade fosse satisfeita de forma autêntica e não ilusória, a droga seria utilizada por todas as pessoas confrontadas com os seus factores de indução, e não apenas por algumas delas. Se a necessidade pudesse ser satisfeita de forma autêntica por outros meios acessíveis, seriam perfeitamente estes os utilizados e não a droga. Se a droga agisse facilitando, por meio de um mecanismo biológico ou social, a produção de meios normais para satisfazer uma necessidade, o seu consumo seria subordinado a esses meios e não engendraria a toxicomania.
A exemplo da função neurotransmissora, na qual interferem a nível do sistema nervoso central, as drogas inscrevem-se nos sistemas culturais e sociais que permitem aos homens trocas entre si e com o seu meio ambiente. Os consumos de substâncias psicoactivas veiculam mensagens culturais e, reciprocamente, os valores sociais são vectores de consumos de drogas. Neste sentido as drogas são sociotransmissoras. O que significa que qualquer alteração nos comportamentos de consumo passa inevitavelmente por evoluções no próprio seio da cultura, e que a prevenção dos abusos de drogas deve ter o principal objecto não os produtos, mas a cultura e as necessidades que ela pode suscitar.

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