quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

VERDADE PROFÉTICA

Consideras-te uma pessoa de coragem?
E, se tens coragem, também tens força suficiente para suportar os desafios da tua caminhada na vida?
Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente precisamos: se de força ou de coragem. E existem momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.
Existem situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se torna mais necessária.
É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil. É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para a rendição. É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro. É preciso ter força para nos mantermos em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé. É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores. É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los. É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para fazê-lo parar. É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio. É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.
É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância. É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas. É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas. É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para se ser justo. É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para se ser verdadeiro. É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade. É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.
É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato. É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o património moral. É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado. É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.
Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para nos vencermos a nós mesmos.
Força e coragem são duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias, e a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.
A coragem de nos vencermos a nós próprios antes que pretendamos vencer o próximo, de desculparmos antes de esperar sermos desculpados e de amarmos apesar das decepções e desencantos, revela o verdadeiro ser humano, o legítimo homem de valor.
Por esta razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser humano aos altos cumes da glória e da felicidade total.

FRASE DO DIA

O amor é a presença de um sentimento nobre e de inigualável valor no coração do ser humano, sendo uma força incrivelmente poderosa, capaz de modificar as situações mais difíceis, e quem ama, envolve a pessoa amada em suave bálsamo perfumado que penetra e alivia as dores, os medos, a insegurança, porque o amor fortalece a confiança, faz florescer a esperança, renascer a alegria, ressurgir a felicidade.

DESABAFO PROFÉTICO

A nossa mente é como uma casa. Pode ser grandiosa ou pequenina, suja ou cuidadosamente limpa, dependendo de nós.
Tu já observaste como ages em relação aos pensamentos que cultivas?
Em geral, não temos com a mente o cuidado que costumamos dispensar aos ambientes em que vivemos ou trabalhamos.
Quem pensaria em deixar a sua casa ou escritório cheio desarrumado e com lixo? Certamente ninguém.
No entanto, com a nossa casa mental somos menos atenciosos. É que permitimos que pensamentos infelizes e maus sentimentos encontrem morada no nosso coração. E como fazemos isso?
Agimos assim, quando permitimos que tenham livre acesso às nossas mentes os pensamentos de revolta, inveja, ciúme, ódio, ou quando cultivamos desejo de vingança, rancor e infelicidade. Nesses momentos, é como se enchêssemos de lixo a mente e uma pesada camada de pó cobrisse a alegria, impedindo que estejamos em paz. Além da angústia que traz, a mente atormentada influencia directamente o corpo, acarretando doenças e sofrimentos desnecessários, o
que contribui para o isolamento. O azedume das nossas palavras, o rosto contraído, tudo faz com que os outros desejem afastar-se de nós, agravando a nossa infelicidade. E o que fazer para impedir que isso aconteça?
A resposta que dou é que vigiemos, porque a vigilância é essencial para quem deseja a mente saudável.
A nossa tarefa é observar cada pensamento que se infiltra, analisar a natureza dos sentimentos que surgem, e principalmente, estar alerta para arrancar como erva daninha tudo o que nos possa prejudicar. Quando identificamos dentro de nós os feios sentimentos, as más palavras e os pensamentos desequilibrados, sempre podemos recorrer à meditação.
A meditação é um pedido de socorro que dirigimos a nós mesmos. Quando nos sentimos frágeis para combater os pensamentos infelizes, é hora de meditarmos. É tempo de falar à nossa mente sobre a fraqueza que carregamos ou a tristeza que nos abate. É o momento de pedir força moral.
Mas da nossa parte, é importante não haver acomodação. Como fazer isso? Contrapondo a cada mau pensamento os vários antídotos que temos à nossa disposição, como as boas atitudes, o sorriso, a alegria, as boas leituras.
Em vez da maledicência, a boa palavra, as conversas saudáveis.
No lugar da crítica ácida, optar pelo elogio ou pela observação construtiva.
Se surgir um pensamento infeliz, combatê-lo com firmeza.
Não te deixes escravizar. Se alguém te ofender ou fizer mal, procura perdoar, esquecer, e tenta dentro do possível ser útil a essa pessoa.
Nunca te esqueças de que todo o dia é uma excelente oportunidade para iniciar a limpeza da casa mental.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

VERDADE PROFÉTICA


Corre o homem diariamente de um lado para outro. Desde a aurora até bem depois do pôr do sol. Passos apressados nas calçadas, cruzando ruas, olhando sempre para o relógio. Parece sempre atrasado, à procura de algo muito importante. Nunca tem tempo para nada, estando sempre em alerta, como se um único descuido seu fosse suficiente para arruinar para sempre a consecução dos seus objectivos. Mas, afinal, o que busca o homem na luta quotidiana da vida? Para onde dirige os seus passos? O que espera ele encontrar? Sabe, realmente, o que quer?
Seria por demais simplista dizer que a resposta para tais perguntas seja: "a procura da felicidade". Pois, porque momentos de felicidade permeiam a sua existência, mas são como sopros suaves de brisa que cessam sem aviso prévio e que passam rapidamente.
Fala-se tanto em felicidade, mas sabe-se tão pouco a seu respeito.
Dizemos que estamos felizes, quando tudo o que desejamos acontece, quando o amor é correspondido, quando o dinheiro é suficiente para garantir as compras tão sonhadas, quando o emprego almejado é obtido, quando um título é alcançado, quando tudo parece conspirar para satisfazer os mais íntimos desejos. Nestas ocasiões, uma euforia ímpar toma conta do ser que sai pelas ruas estampando um sorriso largo na face. Canta e sente uma vontade de erguer os braços aos céus gritando: "Consegui! Venci!". Como se o mundo inteiro se tivesse curvado às suas necessidades e reconhecido o seu valor como pessoa, a partir daquela oportunidade, mas isso é apenas uma ilusão.
A fragilidade daquela sensação fará com que a sua duração seja efémera, e por isso mesmo, por vezes, quase frustrante. Por pouco, pouco mesmo, os sorrisos abandonam rostos até então eufóricos.
O retorno à realidade pode decorrer da sensação de que a vida continua, não obstante aquela parcial vitória e a luta continua.
Não pode o homem abandonar o combate porque novas provas se vão apresentar, e novos obstáculos vão surgir. Outra vez será necessário empenhar esforços para prosseguir na luta diária. Nestas horas, quando o ser humano perceber que as suas conquistas não lhe garantem um bem-estar eterno, muitas vezes ele entrega-se ao desânimo, tem a sensação de que caminha sempre em direcção ao horizonte e que este, por mais que ande, distancia-se inevitavelmente dele. Sempre há algo por fazer, por aprender, por conquistar. Sempre.
Percebe-se o quão verdadeiro é o ensinamento de que a felicidade não é deste mundo.
O que procuras tu? O que serias capaz de fazer para estampar no teu rosto um sorriso sincero? O que tu acreditas ser suficiente para te fazer feliz?
Não te iludas, no entanto, com as promessas enganosas do mundo. Satisfações materiais não saciam por muito tempo o corpo, tão pouco a mente que deseja a paz. Por outro lado, as virtudes adquiridas ao longo do tempo podem auxiliar concedendo equilíbrio e lucidez. A consciência tranquila e a franca sensação de dever cumprido, permitem que se repouse a cabeça no travesseiro todas as noites. São situações em que se pode desfrutar de felicidade, quando, então, ela pode ser efectivamente alcançável e duradoura, até mesmo neste mundo.
Toda a responsabilidade moral dos actos da vida física competem ao nosso íntimo e nem poderia ser diferente.
Assim, quanto mais esclarecido for o íntimo, menos desculpável se tornam as suas faltas, uma vez que, com a inteligência e o senso moral, nascem as noções do bem e do mal, do justo e do injusto. Todos nós, sem excepção, possuímos na intimidade a centelha divina, a força capaz de conter os impulsos negativos e fazer vibrar as emoções nobres que possuímos dentro de nós.
Fazendo pequenos esforços conquistaremos a verdadeira liberdade, a supremacia do íntimo sobre o corpo.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

CERTEZA PROFÉTICA



Por vezes, erguemo-nos pela manhã envoltos em nuvens de tristeza. Se alguém nos perguntar a causa, com certeza não saberemos responder.
Naturalmente, atravessamos as nossas dificuldades. Não há quem não as tenha. É o filho que não vai bem na escola, o marido que vive a incerteza do desemprego, um leve transtorno de saúde, a solidão instalada dentro de nós, etc, etc, etc.
Nada, contudo, que seja motivo para a tristeza profunda que nos atinge.
Nesse dia tudo parece difícil. Saímos de casa e a entrevista marcada não se concretiza. A pessoa que marcou hora connosco cancelou por compromisso de última hora. E lá se vão as nossas esperanças de emprego, outra vez. O material que vimos anunciado com grande desconto já se esgotou nas prateleiras, antes da nossa chegada. A fila no banco está enorme, o cheque que fomos receber não tinha saldo suficiente.
É, nada dá certo mesmo. Dizemos que nem deveríamos ter saído de casa, nesse dia. Agora, à tristeza soma-se o desalento, o desencanto.
Consideramo-nos a última pessoa sobre a face da Terra. Infelizes, abandonados, sozinhos. Ninguém que nos ajude.
O que está errado, então? Com certeza, a nossa visão do que nos acontece.
Quando a tristeza nos invade no nascer do dia, provavelmente tivemos encontros espirituais, durante o sono físico, que para isso colaboraram.
Seja porque buscamos companhias não muito agradáveis ou porque não nos preparamos para dormir, com a oração. Seja porque reencontramos amores preciosos e os temos que deixar para retornar à nossa batalha diária, entristecendo-nos sobremaneira.
Ao nos sentirmos assim procuremos de imediato a luz da oração, que fortalece e ilumina, espancando as sombras do desalento.
Abrir as janelas, observar a natureza, mesmo que o dia seja de chuva e frio. Verifiquemos como as árvores, quando castigadas pelos ventos e pela água, balançam ao seu compasso. Passada a tempestade, recompõem-se e continuam enriquecendo a paisagem com os seus galhos, folhas, flores e frutos. Olhemos para as flores. Mesmo que a chuva as despedace, elas, generosas, deixam as suas marcas coloridas pelo chão, ou permitem-se arrastar pela correnteza, criando um rio de cores e perfumes pelo caminho.
Aprendamos com a natureza e afugentemos o desânimo com a certeza de que, depois da tempestade, retornará o tempo bom, o sol, o calor. Não nos permitamos sintonias inferiores, porque se vibrarmos mal, vamo-nos sentir mal e, naturalmente, tudo se tornará mais difícil.