terça-feira, 21 de abril de 2015
SENTIMENTO DO DIA
Ninguém vive só. A nossa alma é sempre um núcleo de influência para os demais. Os nossos actos possuem linguagem positiva e as nossas palavras influenciam à distância, pois achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.
Acções e reacções caracterizam-nos a marcha, o nosso caminhar, e desta forma torna-se necessário saber que espécie de forças projectamos naqueles que nos cercam.
A nossa conduta é um livro aberto que denuncia a nossa condição interior, e muitos dos nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções. Quantas frases, aparentemente inexpressivas, saem da nossa boca e estabelecem grandes acontecimentos. Cada dia que vivemos emitimos sugestões para o bem ou para o mal.
Qual é o caminho que a nossa atitude está indicando? Não dispomos de recursos para analisar a extensão da nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial. Em momentos de indignação, uma palavra mal dita pode ser o trampolim para induzir o próximo a cometer desatinos de consequências irreversíveis. Um comentário maldoso talvez se multiplique ao infinito, causando na vida alheia dores e humilhações intensas. Uma pessoa que não cumpre os compromissos assumidos pode suscitar nos seus amigos a ideia de que não é importante manter a palavra dada. Em momentos de distúrbio, quem consegue manter o equilíbrio e a paz, exteriorizando isso mediante actos e palavras, faz murchar a insânia dos demais. Não há nada como a grandeza alheia para fazer o ser humano perceber da sua própria pequenez. Defender corajosamente os mais fracos tem o condão de motivar outras pessoas a também protegerem os desafortunados e se nos mantivermos honestos e íntegros, mesmo em face das maiores tentações, talvez seduza outros para a causa do bem. A visão da generosidade em franca actividade é um grande consolo num mundo onde o egoísmo grassa.
Se desejamos paz, amor, amizade, compreensão e conforto, devemos oferecê-los ao próximo, por meio dos nossos sentimentos, actos e palavras.
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