sábado, 7 de novembro de 2009

ANTES


Antes de te negares aos apelos da caridade, medita um momento nas aflições dos outros, imagina-te no lugar de quem sofre.
Observa os teus irmãos de existência relegados aos padecimentos da rua e coloca-te constrangido a semelhante situação.
Repara no doente desamparado e considera que amanhã, provavelmente serás tu, candidata ao socorro na via pública.
Escuta pacientemente os companheiros de jornada entregues à sombra do grande infortúnio e recorda que num futuro próximo, é possível que estejas na travessia das mesmas dificuldades.
Fita a multidão dos ignorantes e dos fracos cansados e infelizes, julgando-te entre eles, e mentaliza a gratidão que tu sentirias perante a migalha de amor que alguém te ofertasse.
Pensa um momento em tudo isto, se tiveres um coração puro e imune ao lixo tóxico, sê leal e verdadeiro, e tu reconhecerás que a caridade para nós todos é simples obrigação.

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