terça-feira, 24 de novembro de 2009

MENSAGEM PROFÉTICA


O hábito de sonhar é inerente ao ser humano.
Todo o ser humano possui sempre algum projecto para ser realizado.
Nas várias fases da vida, os sonhos sucedem-se.
A cada vitória, surge um novo projecto.
É bom que seja assim, pois a esperança de um futuro melhor dá colorido à vida.
Todos os sonhos ligam-se ao desejo humano pela felicidade.
É na busca do bem-estar e da plenitude que o ser humano se aprimora.
Sem sonhos e metas para alcançar, o espírito humano desvanece.
Entretanto, é preciso reconhecer que a finalidade da vida não se cinge a aspectos materiais.
Por maior que seja a beleza física de alguém, ela passa.
A mais vigorosa saúde gradualmente vai desaparecendo.
A fortuna é caprichosa e troca de mãos com frequência, e ninguém consegue levar a sua riqueza quando desaparece.
As posições de prestígio perdem importância ou passam a ser desempenhadas por outros.
Nada garante que os familiares e amores de alguém ficarão ao seu lado até ao final da vida.
As pessoas mudam de cidade, trocam de emprego, descobrem novas afinidades e interesses, e inevitavelmente alguém morre primeiro.
Enfim, há sempre um certo destroçar e despedaçar envolvendo a vida na terra.
Essa realidade não constitui crueldade da natureza, tratando-se antes de uma lembrança ao ser humano de que ele está aqui, mas não é daqui, e é bom e útil que se ocupe com o mundo que o rodeia, que faça o possível para viver bem, mas não pode colocar todas as suas expectativas em algo transitório, sob pena de cruéis decepções.
Quem reflecte facilmente conclui que a felicidade plena não é possível na terra.
Aqui sempre haverá um elemento de instabilidade, a causar aflição.
Contudo, o desejo da felicidade é inerente ao ser humano.
Importa, pois, descobrir as metas cujo alcançar de facto conduza à plenitude do ser, metas essas que nada podem conter de instável e incerto.
Tendo em vista que todo o ser humano cedo ou tarde morrerá, é preciso descobrir quais os tesouros que ele poderá levar consigo.
Por certo, não serão riquezas, títulos, posições e honrarias.
No final do processo da vida, todos serão plenos de amor e sabedoria.
É preciso fazer ao semelhante o que se deseja que ele nos faça.
Alguém egoísta não consegue tratar o próximo como gostaria de ser tratado por ele, porque afinal considera-se mais importante do que os outros.
Assim, uma meta digna de ser procurada reside na eliminação do próprio egoísmo.
A sua conquista pressupõe aproveitar todos os embates do viver para desenvolver a solidariedade e a compaixão.

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