sexta-feira, 7 de março de 2008

CONFISSÃO-REVOLTA-2007

No desatar das horas mortas e nocturnas,
Em que nós,seres humanos de imensa fé,
nos embrenhamos,gloriosamente,
numa afectividade-emotiva,
salvaguardando,a pureza do linho,
linho que os nossos antepassados teceram.
Pacientemente à mesma hora,
que nós (por sabermos quem somos,
onde estamos e o que queremos ser);
teimamos em glorificar,com actos heróicos,
e pensamentos sãos,o que outros,
com suor e sacrifício ousaram construir.

Possuímos a beleza natural,
do amor e dos sentimentos,
Que das rugas (por onde corriam
gotas de orvalhos salgadas pelo sofrimento).
Não tinham vergonha,mas sim orgulho.
Sim esse...esse mesmo...que temos.
O orgulho de sermos nós próprios a todo o momento.

E sós,muito sós,embrenhados,
em angustiosas solidões,
contamos,histórias de histórias,
enquanto as nossas mãos engenhosas,
vão desembrulhando o lenço de linho,
que constantemente vai absorvendo,
as honrosas lágrimas,que dos nossos olhos brotam.

Cheguei à madrugada,
através da noite,onde pensei na dor,
que iria ter,quando corresse,
para os queridos braços,
por entre os pinheiros.
E nas lágrimas que deles se desprendem,
Que mais não são:
-Que as rugas da terra,de tempos feitos,
das amarguras vividas,
Que ali haviam sido deixadas apodrecer,
Que ali se mantiveram a temporais,
Como os seus versos que assim,
Jazeram em túmulos de espaço-tempo,
que perduram para a eternidade.

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