segunda-feira, 3 de março de 2008

Sem Rumo


A vida vai seguindo a velocidade do tráfego,
O rio escorrega incessantemente pelas margens,
O pássaro leva por penas e correntes de ar o suspiro do amor,
A árvore cresce com raízes profundas,
A tinta transforma-se quando toca o papel,
Palavras são ditas ao relento,
Consequências não tardias se concebem.
O mar bate na areia, sem dó,
O sol arde todo o dia,
A lua mostra-se inspiradora,
A chuva cai e levanta-se,
O relógio trabalha sem nada ganhar.
No mesmo ritmo, o amor vira ódio reciprocamente,
A dor chega por um caminho incerto,
Por trás da luz existente na escuridão.
Figuras são formadas por plumagens aladas chamadas nuvens,
O céu esconde-se atrás do anil,
A música carrega na melodia a sua simpatia,
O pensamento surge dos actos e sentires,
A atitude recebe um pequeno impulso para acontecer,
A alma consente o mundo,
O mundo são vários, a partir de nós mesmos,
A filosofia cada vez mais se esconde,
O sentimento é um ovo que quebra quando cai,
A morte sempre vence e a vida... simplesmente, morre.

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