sábado, 2 de maio de 2009

AJUDA

Como anda o teu envolvimento com as outras pessoas?
Tu és daquelas pessoas que se fecham nos seus problemas, nas suas dificuldades, e nem sequer queres saber se existe alguém à tua volta que precisa de ajuda?
Ou tu és daquelas almas que já consegue envolver-se com as dores alheias, procurando diminui-las, ou pelo menos não deixando que alguém sofra na solidão? Geralmente costumamos dizer que não estamos aptos a ajudar alguém, por não sermos capazes, ou porque não sabemos tão pouco consolar.
Para muitos, esta é uma posição de fuga, uma desculpa que encontramos para mascarar o egoísmo que ainda grita dentro da nossa alma, dizendo que precisamos primeiro cuidar de nós mesmos, e que os outros são menos importantes. Para outros, isso reflecte a falta de esclarecimento, pois precisamos compreender que todos temos capacidade de auxiliar, de ajudar.
Não nos devemos preocupar se não conhecemos palavras bonitas para dizer, ou se não podemos conceber uma saída miraculosa para uma dificuldade que alguém atravesse. A nossa companhia, o nosso ombro amigo, o nosso dizer “estou aqui com você”, são atitudes muito importantes.
Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para chorar ao seu lado, para estar ali, afastando o fantasma da solidão para longe, e não permitindo que os pensamentos depressivos tomem conta do seu senso.
Outras vezes, mais importante que os conselhos, que as lições de moral, é o nosso abraço apertado, o nosso tempo para ouvir o desabafo de alguém.
Não precisamos ter todas as respostas e soluções para os problemas do mundo nas nossas mãos para conseguir ajudar.
Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que têm, o que sabem, e, mais do que tudo, dão os seus sentimentos, as suas lágrimas aos outros. Tu sabias que não precisamos dizer “os meus pêsames” às pessoas, quando enfrentam a morte de um ente querido?
O dicionário diz-nos que a palavra “pêsames”, significa pesar pelo falecimento ou infortúnio de alguém, e assim sendo torna-se um termo muito pesado, já que aprendemos a compreender a morte, não como um desastre, um infortúnio, e sim uma passagem, uma mudança na vida daquele que parte, e daqueles que ficam.
Não nos preocupemos em ter algo para dizer. Um abraço fala mais do que mil palavras. Uma prece silenciosa é como uma brisa suave consolando os corações que passam por este momento.

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