segunda-feira, 16 de maio de 2011

JUSTIÇA

Consideras-te uma pessoa justa? As respostas certamente são as mais variadas.
Uns dirão que nunca reflectiram sobre o assunto, outros responderão imediatamente que não, que não se consideram justos, e ainda existem outros que se consideram muito justos, e assim por diante.
Primeiro, seria muito interessante definir o que é a justiça.
Na minha visão ou perspectiva, a justiça consiste em que cada um respeite os direitos dos demais, se quiser ser respeitado, querendo para os outros o que queremos para nós.
Eu coloco o próprio ser humano como referencial da justiça já que ninguém, em sã consciência ou no seu juízo perfeito, deseja o mal para si mesmo.
Entendendo a justiça desta maneira, e se observarmos as nossas acções diárias perceberemos que não temos sido muito justos, salvo raras excepções.
No seio familiar, por exemplo, quando deixamos de fazer a parte que nos cabe, que nos compete, estamos procedendo com injustiça.
É muito comum deixarmos portas e gavetas abertas, objectos fora do lugar, luzes acesas, coisas espalhadas, sem percebermos que estamos sendo injustos, pois alguém terá que fazer o que caberia a nós.
Não agimos com justiça, ao estacionarmos o nosso carro ocupando vários espaços além do que necessitamos, impedindo que outros condutores usem o mesmo parque.
No trabalho, quando usamos material exageradamente, desperdiçando sem necessidade, agimos com injustiça.
Quando aproveitamos o tempo que nos está sendo remunerado pelo patrão para fazermos coisas particulares, somos injustos.
É comum enviarmos um fax, por exemplo, numa folha de papel contendo apenas algumas linhas. Além do desperdício de papel, estamos a obrigar o receptor a gastar o seu papel, além do necessário. É injusto.
Pessoas que jogam papéis e outros objectos nas ruas, agem com injustiça, mesmo que queiram desculpar o seu gesto alegando que alguém é pago para fazer a limpeza.
Se levarmos em conta que a verdadeira justiça consiste em fazermos aos outros o que gostaríamos que os outros nos fizessem, ainda estamos distantes de nos considerarmos pessoas justas.
O que ocorre, normalmente, é que queremos ver os nossos direitos respeitados, sem nos importarmos com o respeito que devemos aos demais.
Vale sempre a pena lembrar, no entanto que, se somos injustos nas pequenas coisas, o seremos também nas grandes.
Ninguém nasce já adulto e construímos o nosso carácter aos poucos.
Desta forma, praticando a justiça nas pequenas situações, estaremo-nos a preparar para a justiça em maior amplitude, e esse sim é o verdadeiro caminho.

Sem comentários: