quarta-feira, 30 de abril de 2008
CAMINHANDO RUMO À IGUALDADE
A humanidade no princípio,
Era disforme e irregular,
Como um pedregulho qualquer,
Cheio de pontas, caroços, sulcos e arestas,
Que tornam a sua superfície,
Um relevo acidentado e descontínuo.
Com o tempo,
Esse pedregulho foi rolando, rolando,
E com isso o atrito causado com o solo,
Foi aleijando a sua superfície,
Quebrando e desgastando as pontas,
Moendo os caroços,
Arredondando as arestas,
E preenchendo os sulcos.
À medida que o pedregulho ia rolando,
Mais e mais a sua superfície,
Era brutalmente modificada,
Tornando-se mais e mais uniforme,
Pois já não existiam grandes pontas,
Nem grandes sulcos ou saliências.
À medida que o pedregulho ia rolando,
Mais e mais ia ficando parecido com uma esfera,
Com a sua superfície,
Cada vez mais uniforme e regular.
Consequentemente,
Havia cada vez menos atrito com o solo,
E o pedregulho podia rolar mais livremente.
A humanidade é esse pedregulho,
E as irregularidades que existem na sua superfície,
São todas e quaisquer desigualdades,
Que existem entre as pessoas,
Entre os povos,
E entre as nações.
São o racismo, a desigualdade social,
As desigualdades cultural e tecnológica,
As desigualdades religiosa e filosófica,
As desigualdades ambiental e governamental,
As desigualdades de recursos entre os povos,
Os extremos como o machismo e o feminismo,
A direita e a esquerda,
A riqueza e a miséria,
E muitas outras pontas, saliências,
Caroços, buracos e arestas,
Contidas na superfície,
Deste pedregulho chamado humanidade.
Com uma superfície tão irregular,
Este pedregulho rola com dificuldade,
E a sua superfície é desgastada e aleijada,
Pois o atrito com o solo é muito.
Ainda falta muito,
Para que a sua superfície seja nivelada a tal ponto,
Que se torne uma esfera perfeita,
Porque para isso,
Não deve haver nenhuma desigualdade,
Pois a superfície de uma esfera é lisa e uniforme.
Por enquanto ainda vemos a superfície,
Desse pedregulho sendo desgastada por guerras,
Pela fome, pelas injustiças sociais,
Pelas consequências das desigualdades,
Que são o crime, o desemprego,
A falta de compreensão e amor,
O grande número de pessoas doentes,
Pessoas stressadas e depressivas,
E muitas outras injustiças,
Cometidas pela humanidade,
Para consigo mesma.
Nós somos a humanidade,
Portanto somos esse pedregulho.
Cabe a nós mesmos irmos desprendendo,
As pontas e as arestas mais difíceis,
E ir preenchendo os sulcos e buracos,
Para que o quanto antes a humanidade,
Vá tomando a forma de uma esfera perfeita.
Só assim poderá rolar livremente,
Sem que a sua superfície seja ferida pelo atrito.
Só assim poderá ter a certeza de um futuro estável,
Em paz e em harmonia.
Sem temer que com o atrito excessivo e prolongado,
Rolando aos solavancos e barrancos,
Sem rumo certo,
Esse pedregulho venha a partir-se,
Antes de atingir a forma de uma esfera perfeita.
Por isso, o quanto mais cedo conseguirmos,
Nivelar a superfície de nossa humanidade,
E eliminar toda e qualquer desigualdade,
Mais cedo poderemos habitar num mundo melhor,
E formar uma humanidade melhor,
Com consciência, justiça e igualdade,
Com amor, carinho, ternura, amizade, respeito.
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