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A dor pode ser comparada ao instrumental de um hábil escultor. Com destreza e precisão técnica, ele vai buscar uma pedra dura como o mármore, por exemplo, e pacientemente transforma-a numa obra de arte, para encanto das pessoas.
A beleza da pedra só aparecerá aos golpes duros do cinzel, na monotonia das horas intermináveis de esforço e trabalho.
Assim como a pedra se submete à lapidação das formas para se tornar digna de admiração, somente os corações que permitem à dor esculpir a sua intimidade, adquirem o fulgor das estrelas e o brilho sereno da lua, e podem amar, amar com pureza de sentimento.
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