quarta-feira, 11 de março de 2009

REALIDADE

Palavra tão bonita e de difícil aceitação pela maioria dos mortais. Quem a consegue definir? O que será. Vou tentar, explanar o que me vai na alma, dentro de mim, de todo o meu ser, aquilo que penso.
O que é a realidade? No dicionário, é aquilo que existe efectivamente.
A origem e a fonte de toda a realidade, estará para sempre em nós mesmos.
A realidade é e será sempre os olhos da nossa existência, de todo um conjunto de valores que adquirimos e tentamos transmitir. A realidade é aquilo que nós quisermos que ela seja, independentemente das nossas vontades e sentimentos, porque muitas das vezes o coração sobrepõe-se à cabeça, ao nosso íntimo. Infelizmente talvez alguns sonhos parecem inatingíveis ou não são de todo atingíveis pelo menos por momentos.
Ficção, ou um aceitar de uma situação?
A realidade está misturada com o sentimento do amor, penso eu. O amor identifica-se com o dia-a-dia e estende-se para toda a eternidade, uma leveza infinita que habita nos nossos corações, uma alegria suave que nos atravessa o corpo. Por que não dizer que o amor é uma realidade maior que nos arranca de nós mesmos? Fantasia, imaginação, afectividade, inteligência prendem-nos ao processo de amar e de nos transformarmos na pessoa amada, e o nosso ser fica cativo do amor, chegando a pensar que o amor leva-nos a viver uma pontinha de egoísmo, talvez uma fuga à realidade presente no nosso quotidiano.
Concordo e revejo-me com Kant, quando afirma: "Não tenho medo de ser refutado, e sim de ser mal compreendido.".
A maior ingenuidade de todas é acreditar que seremos pessoalmente diferentes daquilo que somos se fugirmos da realidade.
Nada é eterno, muito menos eu, talvez os nossos actos, as nossas palavras, um exemplo de vida, sendo que esta realidade que tanto demoramos a entender, faz-nos desperdiçar o nosso momento e o nosso tempo, esse mesmo indomável e fogoso tempo que presencia todos os pequenos nadas esbanjados por luxuosas e pretensas ideias e loucos desejos de algo.
Não há como prescindir de uma redefinição dos efeitos do imaginário sobre a realidade e da ficção como realização e trânsito do imaginário. Realidade e ficção não são opostos, mas antes são diferentes, complementos.

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