sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

HARMONIA NO RELACIONAMENTO

Para que a haja harmonia entre o casal é necessário que ambos possam fazer reflexões sobre o estado emocional de cada um. Parar e pensar se aquele incómodo é mesmo com o outro ou se é algo interno que está sendo projectado no parceiro ou no relacionamento. Outra coisa muito importante é o diálogo. Conversar é essencial. Devemos procurar deixar o nosso parceiro a par do que acontece na nossa vida, dos programas que fazemos, das decisões que tomamos, das pessoas com quem falamos. Não estou dizendo que temos que obrigatoriamente fazer relatórios das nossas vivências diárias para ele ou para quem quer que seja. Apenas sugiro que estreitemos os laços com o nosso par ou que formemos novos laços a partir de um companheirismo, de uma convivência sadia. Participar ao outro o que se passa connosco, mesmo que seja algo banal, termina por fazer com que o outro confie mais em nós e se sinta apto a contar o que se passa com ele também. Isso aumenta as chances do relacionamento ser bem sucedido. Os dois passam então a “vibrar” na mesma escala. Uma relação em que os dois podem conversar sobre tudo é muito positiva no sentido de fazer com que haja crescimento individual. Um auxilia o outro, um apoia o outro.

É muito fácil alguém dizer que ama a humanidade, mas não acorda todo o dia com ela, não paga as contas com ela, não vê a cara feia, o mau humor, ou seja, fácil é amar o que está distante, o que não incomoda, o que é bonitinho. Desafio é amar no quotidiano, vendo os defeitos, discutindo, pagando contas...
Existe aquela história de santo de casa não fazer milagres, não é?
Quantas vezes o nosso parceiro (ou o pai, a mãe) chega e diz várias coisas necessárias ao nosso desenvolvimento e nós não damos atenção, e acabamos por ir ouvir justamente um amigo que não convive connosco, alguém que está mais afastado do nosso quotidiano?
Isso acontece muito, terminamos algumas vezes por não dar o devido valor àqueles que estão demasiado próximos de nós, e cometemos o erro de deixar de aprender e de deixar de valorizar o ente querido, que pode se sentir jogado para um canto (e com razão!).
Por isso o diálogo é importante, o respeito ao e pelo outro, o querer fazer bem, fazer o outro feliz. Claro que nem sempre é fácil, principalmente se nunca passamos por situações que pudessem desenvolver os nossos sentimentos a esse respeito e se não estamos bem resolvidos com nós mesmos. Mas, quem é que está bem resolvido consigo mesmo? A vida é cheia de altos e baixos, um dia nós estamos equilibradíssimos, em cima do salto, outro dia nós caimos até de chinelos!

O desenvolvimento da empatia é muito importante e eu penso que se possa conseguir isso com algum treino. Procurar ouvir as pessoas, procurar entender o que se passa com elas, assistir a filmes e ler livros que tratem de relacionamentos, de sentimentos e emoções, lidar carinhosamente com animais de estimação, tudo isso ajuda a desenvolver o nosso lado emocional, e não estou tratando aqui de sentimentalismo. E o lado emocional bem resolvido, facilita o nosso dia-a-dia, traz e leva conforto, além de fazer com que entremos em contacto com o que há de mais belo e verdadeiro em nós: o amor!

Somos seres de amor, o amor vive à nossa volta o tempo todo, e só precisamos estar conectados com ele, destruir os muros que o egoísmo criou, muros estes que impedem o nosso delete no amor.

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