segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Resolver os Nossos Males por Via do Amor: Apelos de Amor


Os conflitos repetem-se, mundo fora. Os crimes, os terrorismos e as guerras multiplicam-se. Às vezes até parece que vivemos à beira do apocalipse, ou que a apocalipse é um cenário bem possível. E os apelos inflamados ao amor e ao lado bom dos homens multiplicam-se.
Mas esses apelos são largamente ilusórios. Não por cinismo de quem os faz – os apelos são muitas vezes sinceros - mas porque a terra em que eles caem se revela incapaz de dar os frutos desejados.
Essa terra estéril é, obviamente, o próprio homem - o homem que se desconhece a si mesmo e que é incapaz de ser ver na sua condição de animal cheio de contradições, cuja mente vive em ilusões criadas pela natureza e pela sociedade.
Continuamos a acreditar demasiado nas nossas razões, nos nossos orgulhos e indignações, na nossa pátria, nos nossos deuses e nas nossas ideias. E a escola e a sociedade continuam a alimentar esses vícios, em vez de os contrariar, mesmo nas sociedades mais tocadas pelos ventos do progresso e da modernidade.
Continuamos prisioneiros do nosso entendimento animal da vida, e incapazes de rir e de desconfiar de nós mesmos, dos nossos ódios, das nossas pretensões. E enquanto assim continuarmos, sem mentalidades mais humildes e tolerantes, estaremos sempre prontos a odiar, sempre prontos a ser arregimentados, a matar e a alimentar guerras e conflitos. E os apelos ao amor, de pouco servirão.

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