sábado, 26 de dezembro de 2009

SEXUALIDADE


Faz parte da vida de toda a gente e continua a ser fonte dos mais variados tabus, traumas e enganos. Dos impulsos aos desvios e às disfunções sexuais, é um tema quase inesgotável ao nível da saúde, em que urge separar os mitos da realidade.

Toda a verdade sobre o orgasmo
Dia Mundial do Orgasmo: 31 de Julho pelo orgasmo –, mas deslizou para outros temas dentro da sexualidade. Sem tabus, claro.

Como se pode definir o orgasmo?
O orgasmo é uma sensação subjectiva de prazer, que ocorre através de uma estimulação, feita quer a dois, quer individualmente. Basicamente, no momento do orgasmo, há uma transformação fisiológica e física: no homem, através da ejaculação (apesar de esta não ser sinónimo de orgasmo); e, na mulher, através de todas as contracções que tem no aparelho reprodutor.
Os franceses dizem que é um momento de “quase morte”; é um momento de escape, de êxtase, que faz com que as pessoas possam até perder o sentido da realidade. Mas se, mecanicamente, o orgasmo não é difícil de obter, porque os corpos reagem a uma estimulação, a sua qualidade a nível psicológico depende da qualidade de uma relação a dois. O ideal é a conjugação entre o plano físico e o psicológico.

Tudo sobre o preservativo feminino
Foi lançada recentemente uma campanha em Portugal que incentiva ao uso do preservativo feminino. Mas o que é? Quais os benefícios? Como usar? Este método anticoncepcional é pouco conhecido e suscita ainda algumas dúvidas. É tempo de as esclarecer.
O preservativo feminino – uma bolsa de poliuretano ou látex que se ajusta à vagina– é um método anticoncepcional com mais de 15 anos, que chegou a estar à venda nas farmácias portuguesas, mas saiu de circulação por não ter tido procura. Contudo, conscientes de que esse instrumento é a única alternativa controlada pela mulher para se proteger das doenças sexualmente transmissíveis – incluindo a infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) – a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/ Sida e a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) lançaram, no passado dia 28 de Março, uma campanha que incentiva ao uso do preservativo feminino.

Estão a ser transmitidos spots publicitários nos canais televisivos e nas salas de cinema apelado ao uso desse método contraceptivo. Esta acção – lançada durante a conferência VIH Portugal 2009, e a decorrer até 3 de Maio – junta-se, assim, à distribuição gratuita de preservativos femininos, medida que já ocorre há cerca de dois anos «em alguns centros de saúde, mas sobretudo por intermédio das organizações não governamentais que operam na área da prevenção das infecções e na área do planeamento familiar», segundo o coordenador nacional para a infecção VIH/ Sida, Henrique Barros. No ano passado, foram distribuídos quase 50 mil preservativos femininos.
Segundo a CIG e a Coordenação Nacional para a Infecção para o VIH/ Sida, esta campanha pretende ser um «primeiro passo» para «aumentar o acesso» a esse preservativo, tentando contrariar a falta de investimento no produto por parte das indústrias farmacêuticas, bem como o seu «preço exorbitante», quando comparado com o preservativo masculino.
Esta campanha será, «tão brevemente quanto possível», alargada à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) – informou a presidente da CIG, Elza Pais. O prazo «depende das negociações políticas que estão em curso». Este projecto será abordado «na próxima reunião entre ministros da saúde da CPLP, em Maio. Esperamos que a partir daí estejam lançadas as condições para o lançamento da campanha de utilização de preservativo feminino na CPLP», que contará com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a População (FUNUAP), esclareceu Elza Pais.

Falta de desejo é o problema sexual mais comum entre mulheres
Estudo norte-americano a 31 mil mulheres revela que a falta de desejo é a desordem sexual mais comum entre o sexo feminino.

Falta de Desejo é o problema sexual mais comum entre mulheres: é esta a principal conclusão de um estudo que abrangeu cerca de 31 mil mulheres, no qual uma em cada 10 demonstrou sentir-se angustiada com a Disfunção Hipoactiva do Desejo Sexual (DHDS). Contudo, esta condição de saúde ainda não é reconhecida e continua sub-diagnosticada.
O Prevalence of Female Sexual Problems Associated with Distress and Determinants of Treatment Seeking, vulgo Preside, é o maior inquérito do género e foi realizado nos EUA. O objectivo foi o de determinar a prevalência de problemas sexuais femininos, demonstrando que a falta de desejo é o problema sexual que mais afecta as mulheres com idade superior ou igual a 18 anos. No estudo, publicado no jornal "Obstetrics & Gynecology (the Green Journal)", é revelado que uma em cada 10 mulheres afirmou ter experimentado angústia relacionada com falta de desejo sexual, uma condição medicamente referenciada como Disfunção Hipoactiva do Desejo Sexual.
A DHDS foi reconhecida pela Associação Americana de Psiquiatria como uma condição de saúde e pode ser caracterizada como a perda de interesse ou desejo sexual, o que resulta na abstinência de relações sexuais, que causa angústia e dificuldades no relacionamento que não são causadas por outras condições médicas ou medicamentos. A DHDS é uma condição médica que continua ainda sub-diagnosticada.
«Os médicos que diagnosticam e tratam mulheres com problemas de índole sexual devem assegurar-se de que avaliam também os níveis de perturbação da paciente associados a esse problema», disse o Dr. Jan L. Shifren, o responsável departamento de Menopausa, Ginecologia e Obstetrícia, do Hospital Geral de Massachusetts, em Boston.
No inquérito Preside, 44.2% das mulheres declararam experimentar algum tipo de problema sexual. A falta de desejo era o mais comum, correspondente a 38.7% das respostas. Baixo estímulo (26.1%) e dificuldade no orgasmo (20.5%) eram menos frequente. De todas as inquiridas, 22.8% disseram que tinham perturbações pessoais relacionadas com o sexo.
O Preside é um inquérito a 31.581 mulheres nos Estados Unidos da América, representativo das várias classes sociais e do total dos habitantes do país.

Homens portugueses são os que dizem fazer mais sexo
Dados do estudo Global Health Survey promovido pela revista masculina Men's Health

Os homens portugueses são os que dizem fazer mais sexo, mas também são dos que estão mais insatisfeitos com a sua vida sexual. Estes são dados de um estudo global promovido pela revista masculina Men's Health em 20 países, para averiguar a saúde e estilo de vida dos homens. Porém, os portugueses são os primeiros da lista dos 20 países no que respeita à alimentação saudável e ao sexo, conclui o estudo Global Health Survey.
Apesar do primeiro lugar em "relações sexuais declaradas" e quartos lugares no "número de parceiras sexuais por ano" e "experiência de casos extra-conjugais", na média ponderada entre sexo e relações pessoais Portugal aparece em oitavo lugar, atrás do Reino Unido (1º), Polónia, Holanda, Roménia, Filipinas, Índia e Ucrânia. Isto porque o score ponderado resulta da inclusão de vários factores: frequência semanal de sexo, número de amigos próximos, satisfação com a vida sexual, taxa de crescimento da população divorciada, taxa de matrimónio, número de parceiras sexuais, frequência de masturbação e casos extra-conjugais.
Os dados divulgados pela agência Lusa dão conta de que, por exemplo, no ítem "satisfação com a sua vida sexual", os portugueses estão em penúltimo, ou seja, 19º lugar. Com tudo isto ponderado, Portugal fica em oitavo lugar no ranking Sexo/Relações Pessoais. A mesma pesquisa também aponta Portugal como "o sétimo melhor país em termos de saúde masculina".
Segundo o inquérito, os homens mais felizes do mundo são os mexicanos, os filipinos são os que possuem amizades mais significativas, os norte-americanos são os que têm as maiores barrigas, os alemães são os que passam mais tempo de férias, os indianos são os que mais trabalham, os ucranianos são os que mais sofrem de doenças do coração e os chineses os que mais consomem junk food.

Impulso sexual
Conheça as variações

Tal como acontece e muitos outros campos do conhecimento humano, também no caso do comportamento sexual se fala de atitudes “normais e anormais”, por vezes de forma arbitrária. É difícil estabelecer um limite preciso entre os dois conceitos, pois o que parece “normal” em determinada época e lugar pode ser considerado “anormal” noutras circunstâncias.
Segundo um artigo de Celso Marzano, urologista, sexólogo e terapeuta sexual, publicado no site do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática, o portador de uma variante sexual apresenta comportamento compulsivo, sem o qual não consegue obter satisfação erótica.
Neste sentido, o sexólogo diz que não se podem considerar variações as técnicas de estimulação utilizadas com o intuito de enriquecer o relacionamento sexual. O autor refere que este artigo não tem intenção de estimular qualquer dos desvios sexuais apresentados, mas sim dar conhecimento de todas as variações que ocorrem na sexualidade humana.


Variações do comportamento sexual
As variações do comportamento sexual não têm por objectivo a procriação e dependem do contexto histórico e sócio-cultural. Podem ser fruto de adaptação do homem e intensificadas por algum aspecto da personalidade do indivíduo. Nestas variações, não se discute com quem o sexo é feito, ou seja, qual o objecto sexual. Estas variações são: sexo oro-genital, sexo ano-genital, fantasias sexuais, masturbação e insaciedade sexual.
Variações do objecto sexual (desvios sexuais, perversões sexuais, parafilias)
- Exibicionismo: implica exposição deliberada dos órgãos genitais a outras pessoas (não quando ocorre na infância) para obtenção de prazer sexual.
- Fetichismo: designa os indivíduos que utilizam objectos inanimados (geralmente roupas) para obterem satisfação sexual ou também aqueles que se concentram numa determinada parte do corpo de outra pessoa para o mesmo fim (excluindo a vagina e seios que são áreas erógenas primárias).
- Incesto: consiste no relacionamento sexual entre pessoas consanguíneas, tais como entre pai e filha, mãe e filho, etc..
- Necrofilia: trata-se de um desvio sexual em que a pessoa obtém excitação e prazer sexual junto de uma pessoa já morta, podendo chegar a ter orgasmos.
- Pedofilia: trata-se de um desvio onde a pessoa obtém satisfação sexual através de actos sexuais com a participação de uma crianças ou adolescentes.
- Podofilia: o indivíduo obtém satisfação sexual através da sexualização dos pés da outra pessoa.
- Sadismo e Masoquismo: é o acto de obter prazer através da dor e sofrimento, físicos ou psicológicos, seja executando, no primeiro caso, ou recebendo, no segundo.
- Voyeurismo: trata-se da obtenção do prazer sexual através da observação voluntária e intencional de outras pessoas nuas, que se vestem ou despem, ou em actividades sexuais, especialmente se estas não souberem que estão a ser observadas.
- Zoofilia: é a obtenção de excitação e prazer sexual através do contacto com animais.
- Coprolagnia (coprofilia): tendência à excitação sexual produzida por cheiro, visão, gosto ou contacto físico com matérias fecais (fezes).
- Urolagnia (urofilia): é a excitação sexual com o cheiro, visão, gosto ou contacto físico com urina.

Satisfação sexual masculina
Qual a melhor idade?

Sempre se ouviu dizer que é por volta dos 20 anos que os homens estão no auge da sua vida sexual. De facto, é nesta idade que estão potencialmente na sua melhor forma física. Mas em termos de satisfação? Serão os 20’ ou os 30’ os melhores anos? Aí a relação já não é linearmente proporcional à idade.
Diz um estudo realizado na Noruega e nos Estados Unidos, com mais de mil homens entre 20 e 79 anos, que aos 50 anos os homens parecem ter vidas sexuais mais felizes do que aos 30. Apesar dos problemas como a impotência e a queda da líbido que se começam a verificar nos homens mais velhos, os da faixa dos 50 anos afirmaram ter níveis tão altos de satisfação nas suas vidas sexuais como os de 20 anos.
A pesquisa, publicada na revista especializada de urologia “BJU International”, foi feita por questionário, enviado pelo correio, no qual os homens tinham que dar notas de zero a quatro para classificar o seu desempenho sexual – sendo quatro a nota máxima. Os homens na faixa dos 20 disseram ter uma média de satisfação de 2,79 e foram os que se mostraram mais felizes. O segundo grupo foi os de cinquenta e poucos anos, que tiveram uma média de 2,77. O grupo dos de 40 anos ficaram em média com 2,72. E os de 30 a 39 atingiram 2,55.

Satisfação X Desempenho
Depois dos 59, a satisfação foi significativamente reduzida para 2,46 e, no caso dos homens na faixa dos 70, para 2,14. Em relação à função sexual, aí sim, as notas caíram em direcção a zero à medida que os entrevistados ficaram mais velhos. Enquanto que, aos 20 anos, o desempenho sexual é em média de 2,79, aos 70 anos, a média caiu para 1,54. A média geral alcançada foi de 2,19. A média de satisfação com as erecções ficou em 2,83, mas também regista uma queda ao longo da vida. Enquanto os homens aos 20 tiveram 3,63, os homens de 50 anos tiveram 3,03.
De acordo com a pesquisadora Sophie Fossa, do Rikshospitalet-Radiumhospitalet Trust, em Oslo, «os resultados mostram uma grande correlação entre os homens a ficar mais velhos e a função sexual reduzida, mas não entre idade e satisfação sexual». Aliás, «a idade só foi responsável pela variação de três por cento no total da satisfação sexual». A pesquisadora diz ainda que «os nossos resultados mostram que, apesar de os homens experimentarem mais problemas e terem a função sexual reduzida quando ficam mais velhos, isto não significa necessariamente que eles experimentem menos satisfação na sua vida sexual».
De acordo com psicólogo Ronald Bracey, especializado em sexualidade masculina, «os homens aos 30 e aos 40 estão muito stressados com outras coisas, como o sucesso na carreira, para terem prazer no sexo». Segundo Bracey, quando chegam aos 50, os homens estão mais ajustados com o que querem na vida e importam-se menos com o que as outras pessoas possam pensar deles. Assim, ficam também menos propensos a ansiedades relativamente ao seu desempenho sexual.

Conheça as 237 razões para fazer sexo
Das mais simples... às mais complexas!

Ao longo da história, têm sido relativamente poucas e simples as razões para explicar porque as pessoas têm relações sexuais. O sexo costuma ser associado ao impulso natural para a reprodução da espécie, à necessidade de se sentir prazer ou para aliviar a tensão sexual. Mas surgem agora novas perspectivas que alargam, e muito, os motivos que levam as pessoas a envolverem-se sexualmente. Os motivos são variados e psicologicamente complexos. Os pesquisadores Cindy Meston e David Buss, da Universidade de Austin, Estados Unidos, identificaram 237 razões para ter sexo, desde as as mais casuais ("Queria ter prazer físico") às mais espirituais ("Queria estar mais perto de Deus"), passando por razões altruístas (“Queria que a pessoa se sentisse bem consigo própria”) ou ainda por vingança (“Queria vingar-me por o meu parceiro (a) me ter traído”).
Para realizar o estudo, os autores pediram primeiro a 203 homens e 241 mulheres, dos 17 aos 52 anos e de diferentes estratos sociais e escolaridade, que listassem todas as razões que lhes viessem à cabeça porque as pessoas têm relações sexuais. No total, compilaram-se 715 razões, que, após depuradas pela semelhança, resultaram em 237 razões distintas. Estas foram depois listadas num questionário. Os pesquisadores pediram então a outras 1549 pessoas (503 homens e 1046 mulheres), entre os 16 e os 42 anos (sendo que a média era de 19 anos), que identificassem as razões pelas quais têm sexo, de entre quatro grandes grupos com 13 sub-categorias.
O primeiro grupo de motivos incluía as razões físicas: redução do stress, procura de prazer, desejo físico e procura de experiências. Outro grupo identificado foi o do sexo para atingir determinado objectivo, tais como obter recursos materiais ou financeiros, alcançar status social, vingar-se do parceiro ou encarar a actividade sexual de alguma outra forma utilitária. Um outro foi denominado de sexo por razões emocionais: por amor e compromisso ou para expressar os seus desejos. Finalmente, disseram os pesquisadores, a humanidade também faz sexo por factores de segurança, que incluem razões como a melhora da auto-estima, cobrança ou a pressão por manter uma vida sexual, e a necessidade de prender o parceiro.
Compiladas as 237 razões, poderão ainda verificar-se duas listas diferentes, nomeadamente sobre as razões mais apontadas pelos homens e as mais referidas pelas mulheres. As conclusões do levantamento foram publicadas na revista científica “Archives of Sexual Behavior”.

Será o sexo pessoal ou social?
Terão as relações sexuais a ver apenas com o indivíduo ou também com a sociedade onde se insere? Apesar de o ímpeto individual estar presente em qualquer raça, as influências sociais e culturais vão determinar a forma como os indivíduos se envolvem sexualmente. O sexo é inclusivé uma famosa moeda de troca. Por exemplo, pode ser trocado por dinheiro, como acontece na prostituição. Também pode ser trocado por comida, como acontece com os Ache do Paraguai. Pode ainda ser trocado por favores, privilégios ou outros motivos, tal como referido no estudo.
No campo da psicologia do sexo, dizem os entendidos que este não acontece apenas entre os intervenientes: há todo um contexto social e cultural, com implicações no prestígio, status e reputação dos envolvidos. Exemplifica o estudo que ter relações sexuais com alguém de status elevado aumenta também o status da pessoa no grupo; em alguns aglomerados, ter sexo com muitos parceiros eleva a reputação da pessoa; noutros deteriora. Em suma, devido ao sexo, uma necessidade natural do ser humano, poderão surtir consequências sociais. Além de que, uma pessoa pode sentir-se motivada a ter sexo com outra com motivos sociais que nada têm a ver com a relação interpessoal existente. Assim, tal como já foi dito, são afinal muitas e complexas as razões que levam as pessoas a relacionarem-se sexualmente. Eis os tops da lista para homens e mulheres.

Top 20 das razões que levam os homens a fazer sexo:
1. Sentia-me atraído pela pessoa
2. Porque sabe bem
3. Queria ter prazer físico
4. É divertido
5. Queria demonstrar afeição pela pessoa
6. Estava estimulado e queria descomprimir
7. Estava excitado
8. Queria expressar o meu amor pela pessoa
9. Queria ter um orgasmo
10. Queria agradar à outra pessoa
11. A aparência física da pessoa excitava-me
12. Eu queria sentir o prazer puro
13. Deixei-me levar pelo calor do momento
14. Desejava aproximação emocional
15. É excitante e aventureiro
16. A pessoa tinha um corpo desejável
17. Estava apaixonado
18. A pessoa tinha uma cara atraente
19. A pessoa desejava-me
20. Eu queria excitação e aventura

Top 20 das razões que levam as mulheres a fazer sexo:
1. Sentia-me atraída pela pessoa
2. Queria ter prazer físico
3. Porque sabe bem
4. Queria demonstrar afeição pela pessoa
5. Queria expressar o meu amor pela pessoa
6. Estava estimulada e queria descomprimir
7. Estava excitada
8. É divertido
9. Estava apaixonada
10. Deixei-me levar pelo calor do momento
11. Eu queria agradar ao meu parceiro
12. Desejava aproximação emocional
13. Eu queria sentir o prazer puro
14. Queria ter um orgasmo
15. É excitante e aventureiro
16. Queria sentir-me ligada à pessoa
17. A aparência física da pessoa excitava-me
18. Era um encontro romântico
19. A pessoa desejava-me
20. A pessoa fez-me sentir sexy

O que as mulheres preferem no sexo?
A pergunta que muitos homens colocam

O que preferem as mulheres numa relação sexual? Esta é a questão que invariavelmente qualquer homem já terá colocado a si próprio. Não só para satisfazer o melhor possível a sua companheira, como também por querer prestar um bom desempenho. Como tenho eu de ser para agradar à minha companheira? Como tenho de a tocar e beijar? Como atraí-la? E no sexo, o que devo fazer para ser um bom parceiro sexual? Muitas perguntas às quais o urologista, sexólogo e terapeuta sexual, Celso Marzano, do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática, responde neste artigo. As mulheres são diferentes dos homens, tanto no aspecto físico, como nas suas respostas sexuais, mas principalmente na forma de ver, sentir e praticar o sexo. Para as mulheres, é muito importante a doação, o sentimento, o ambiente e o tempo para que possam soltar-se, sentirem-se queridas e excitarem-se. Preferem um relacionamento amoroso marcante, inesquecível onde sexo faça parte de um sentimento maior, que mantém o casal junto por muitos anos.
Quando se pergunta às mulheres o que elas desejam nos homens, as respostas destacam sempre questões como sentimento e parceria. São elas:
- alguém em quem eu possa confiar
- com quem possa partilhar as coisas boas e más
- que seja gentil e tenha senso de humor
- que seja romântico e sensível às minhas necessidades
- que seja criativo e que aceite a minha criatividade no dia-a-dia e no amor
- que tenha calor, inteligência e que goste de abraçar e beijar...etc.
Quando se pergunta o que as mulheres consideram sensual num homem. As respostas passam por:
- o jeito da pessoa, o charme, a forma de me olhar
- ser bonito e com um corpo sensual (variando consoante a mulher, pois o gosto é variável)
- ter um belo sorriso que me envolva e me faça derreter
- ser vigoroso, mas não necessariamente atlético
- autoconfiante e que seja apaixonado pela vida e por sexo
E em relação ao sexo, o que mais agrada às mulheres? Dizem elas:
- um homem quente e apaixonado
- que tenha criatividade e que se preocupe com a minha excitação
- que cuide de mim com carinho
- que tenha paciência e me conheça com detalhes: do que gosto, como gosto de ser tocada, posição sexual preferida. Ou seja, que me conheça por inteiro
- que seja espontâneo e que brinque comigo
- que goste de dialogar no dia-a-dia e na esfera sexual, para nos conhecermos cada vez mais.

Dicas
Em resumo, a mulher gosta de ser alvo da atenção do parceiro, dentro e fora do momento sexual. A conversa, o namoro, o beijo e a atenção são essenciais para manter o relacionamento, inclusivé o sexual. Descubra o que lhe dá mais prazer. Como tocá-la. Pergunte-lhe o que ela prefere e deixe-a ensinar-lhe. Lembre-se que as mulheres gostam de se sentir desejadas e queridas. Querem sentir que o seu corpo é aceite. Que não precisam de ser perfeitas e terem os seios e o corpo de modelo. Que são amadas pelo interior, assim como pelo exterior. A verdade também faz parte do jogo, pois as mentiras levam a mágoas que deixam sempre cicatrizes que afectam o relacionamento. O sentimento é muito importante e dizer-lhe que a ama de alguma forma, não só através das palavras, é essencial para qualquer mulher.

O que os homens gostam numa mulher?
As perguntas e respostas que procura

O senso comum diz-nos que as mulheres querem respeito, carinho, dedicação, educação, amor, sinceridade, etc... Mas, como sabemos, sem a atração física e a paixão, a pessoa seria apenas um amigo. Mas e os homens,o que eles desejam e esperam de uma mulher? Muitas pesquisas junto de homens foram já realizadas no mundo e os resultados são sintetizados pelo urologista, sexólogo e terapeuta sexual, Celso Marzano, do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática.
O que um homem espera de uma mulher num relacionamento?
• Honestidade e comunicação aberta, onde se possa falar do que se pensa
• emoção, firmeza, flexibilidade e romantismo
• inteligência nos actos do dia-a-dia para evitar o desgaste da rotina
• ser uma companheira sem cobranças
• ter a capacidade de ser criança, mãe e amante ao mesmo tempo
• saber organizar e dividir o tempo entre o homem, filhos, família e também entre estudo, trabalho, lar e amigos.
O que o homem acha sexy numa mulher?
• Os olhos
• lábios provocantes
• sentido de humor
• pernas e seios bonitos
• firmeza muscular
• como andam e mexem no cabelo
• roupa que mostre as curvas, principalmente das nádegas
• o seu cheiro
• ela sentir-se a melhor amante do mundo, etc.

E sexualmente, o que faz uma mulher ser uma boa parceira sexual e o que o homem espera dela?
.• Que seduza o homem
• saiba usar a linguagem do corpo e o faça estremecer com toques
• não ter vergonha de experimentar (um número cada vez maior de homens está a dar-se de que sente prazer em ser seduzido).
Uma pesquisa de Susan Crain Bakos, autora de livros sobre sexologia, em que cerca de mil homens foram entrevistados, conclui que a maior queixa dos homens sobre as mulheres na cama é a passividade. Eles desejavam companheiras mais activas, pois estavam cansados de assumir a responsabilidade de tornar o sexo satisfatório para o casal, principalmente de sentirem que a mulher fica na expectativa de que eles lhe proporcionem o orgasmo e comandem toda a situação.
Porém, poucos homens têm a coragem de pedir a uma mulher que conduza o sexo, principalmente se não for uma parceira na qual ele se sinta seguro e à vontade na intimidade. Na verdade, como o homem teme ser rejeitado sexualmente, levar um "não" ou achar que não está desempenhando o papel de "homem de verdade", faz com que ele omita a sua vontade de ser dominado sexualmente. Se não diz, a mulher fica com receio de arriscar uma ousadia.
Ao assumir o controlo no sexo, uma vez ou outra, a mulher vai oferecer um estimulante poderoso para a fantasia sexual masculina, pois vai ver que isso faz parte dos seus delírios sexuais, ainda que nem sempre dito por ele. As mulheres que estão acostumadas a tomar iniciativas na cama sabem o quanto isso aumenta a excitação de ambos e o quanto o relacionamento fica mais agradável, malicioso e cheio de cumplicidade. O jogo do amor deve sempre ter muita fantasia, criatividade nos toques e posições sexuais, cumplicidade e muito sentimento.

Eis o que os homens mais gostam nas mulheres:
• Sentido de humor
• sensualidade
• sensibilidade
• maneira carinhosa de ser
• maneira cuidadosa e delicada de falar, andar, comunicar, firmeza de carácter
• inteligência
• fogosidade sexual
• sociabilidade
• charme e beleza
• amizade
• da sua forma forte de vencer adversidades, de adaptar-se a dificuldades e sair delas rapidamente
• da sua maneira subtil e franca de dizer as coisas
• da sua capacidade de manter os gastos dentro de patamares que não o leve à falência.
Eles gostam ainda da mulher que:
• Que sabe o que pode comprar
• que vibra tanto com uma singela rosa quanto com um colar de diamantes
• que vendo-o doente, não se afasta de seu leito
• que, quando ele não está, é mãe, pai e chefe de família sem perder a feminilidade
• que quando ele encontra-se indisposto, faz-lhe uma massagem e dá-lhe colo
• que diz que ele é o melhor amante do mundo
Em resumo, o que os homens querem é uma mulher companheira, parceira, esposa e amante.

Alimentos afrodisíacos
Mito ou realidade?

Desde sempre que se associa propriedades afrodisíacas a certos alimentos. Mas será que estes têm realmente uma acção potenciadora da libido no ser humano? Antes de mais, fique a saber que a palavra afrodisíaco vem de Afrodite, a deusa do amor, da beleza e possuidora de um forte poder sedutor. Muitas pessoas começaram por considerar alimentos, bebidas e até alguns medicamentos como afrodisíacos, ou estimulantes sexuais, desde que ligados à deusa ou que se assemelhassem às partes genitais do corpo humano.
Agora, quanto ao poder afrodisíaco de alguns alimentos, na realidade, não existe nenhuma comprovação científica a respeito desta teoria. O que se sabe somente é que alguns alimentos possuem nutrientes que desempenham papéis no bom desempenho sexual ou que devido ao seu aroma possam despertar o poder da imaginação. Mas como não há nada a perder, talvez consumir alguns alimentos e fazer um bom uso da sua imaginação possam ter como resultado um bom desempenho sexual. Quanto mais não seja pela auto-confiança que se acaba por gerar. Conheça agora alguns alimentos tradicionalmente considerados como afrodisíacos:
Frutos do mar: principalmente as ostras, porque são ricas em zinco, mineral que contribui para a formação da testosterona, hormona masculina.
Chocolate: este alimento tão desejado e apreciado possui propriedades estimulantes, pois liberta endorfinas que propiciam uma sensação de bem estar.
Ovos de codorniz: possuem grande valor energético, além de ferro, vitamina B1, B2 e cálcio. Porém, não há nenhuma propriedade que possa estimular o desempenho sexual.
Amendoim: Por ser rico em vitamina B3, contribui para a vasodilatação sanguínea, o que pode provocar o aumento da líbido.
Pimenta, pimentões, caril e outros picantes: foram desde sempre vistos como afrodisíacos, porque os efeitos fisiológicos que provocam (frequência cardíaca elevada e suor) são similares às reações físicas experimentadas durante o sexo.
Cacau e ginseng: possuem uma substância chamada feniletilamina que é responsável pela sensação de prazer.

Alimentos a evitar
Porém, tal como há alimentos que poderão ser consumidos para potenciar ou estimular o contacto sexual com um (a) parceiro (a), convém conhecer também aqueles que deverão ser evitados sempre que se perspectiva um relacionamento mais próximo, pois, dadas as suas propriedades, poderão prejudicar o encontro. Nomeadamente:
Alimentos que possuem gordura saturada: como fritos, doces e carnes gordas que favorecem a presença de placas de gordura, pois estas impedem a circulação sanguínea, além de possuírem uma digestão mais lenta.
Bebidas alcoólicas: Se consumidas com moderação, poderão despertar a líbido, mas quando ingeridas em excesso podem causar sonolência e impotência.
Alho e Cebola: Procure evitar consumir estes temperos nestas ocasiões, pois devido o seu sabor acentuado poderá causar mal hálito.
Algumas hortaliças leguminosas: alimentos como o repolho, bróculos, couve-flor, feijão, entre outros, são de evitar, pois podem provocar gases devido ao seu poder de fermentação.
Na realidade, o mais importante para que um prato se torne afrodisíaco é que e tenha uma boa aparência, aroma fascinante e sabor agradável, para que consiga estimular os cinco sentidos. Assim, facilmente a sua imaginação conseguirá criar um clima especial. Além disso, se seguir uma alimentação saudável, estará a consumir todos os nutrientes importantes não só para a sua saúde, mas também para ter um bom desempenho sexual e para desfrutar de todos os prazeres da vida.

Como está o seu desejo sexual?
Fique a saber com o teste das 15 frases

Sabe em que estado está o seu desejo sexual? Para saber rapidamente, basta que faça o teste das 15 frases que se seguem. A cada uma deverá atribuir um valor de 1 a 9, em que 1 significa “não se aplica em absoluto” e 9 significa “aplica-se na totalidade”. No final, analise a pontuação:
1. Penso muito pouco em sexo
2. O sexo em geral não me traz muita satisfação
3. Nunca inicio as relações sexuais
4. Evito com frequência as aproximações da minha parceira (o) para fazer amor
5. Quando a minha parceira(o) se mostra romântica(o), é difícil ficar com disposição para o sexo
6. Em geral não me sinto atraente e desejado (a)
7. Nunca me masturbo
8. Quando estou a fazer amor, costumo distrair-me e ficar distante
9. Não sou uma pessoa apaixonada
10. O impulso sexual da minha parceira(o) é muitíssimo mais forte que o meu.
11. Estaria perfeitamente feliz em deixar o sexo fora da minha relação se isso não me fosse causar problemas
12. Nunca tenho fantasias sexuais
13. Os desacordos por frequência nas relações sexuais são frequentes e levam sempre a discussões e mágoas
14. É frequente eu inventar desculpas para evitar ter relações sexuais
15. Às vezes, durante a noite, finjo dormir para que minha parceira(o) não tente fazer amor comigo
Como obter sua pontuação:
Passo 1: Some os pontos das respostas dadas às afirmações de 1 a 10. Anote o total na linha A.
Passo 2: Some os pontos das respostas dadas às afirmativas de 11 a 15. Anote o total na linha B.
Passo 3: Multiplique por dois o número da linha B e anote na linha C.
Passo 4: Some os números das linhas A e C e obterá a sua pontuação.
Resultado da pontuação total:
Abaixo de 90: Indica que é improvável que você sofra de falta de desejo sexual.
Entre 90 e 120: Aumenta a possibilidade de falta de desejo sexual. Porém, não se pode determinar com clareza.
Entre 121 e 140: Está a sofrer falta de desejo sexual. Porém, não se constitui um diagnóstico seguro.
Superior a 140: Indica que padece de falta de desejo sexual, ainda que um diagnóstico definitivo só poderá estabelecer-se através de uma avaliação clínica.
Observação: No caso de a pontuação se encontrar entre as últimas categorias (121 ou mais) e a falta de interesse pelo sexo é vista como problemática, sugerimos que procure um psicólogo especializado.

Conheça os seus direitos sexuais!
Declaração da Associação Mundial para a Saúde Sexual

A sexualidade é uma parte integral da personalidade e saúde do ser humano. O desenvolvimento total da saúde sexual depende da satisfação de necessidades humanas básicas, tais como o desejo de contacto, intimidade, expressão emocional, prazer, carinho e amor. Segundo a Associação Mundial para a Saúde Sexual (WAS), a sexualidade é construída através da interacção entre o indivíduo e as estruturas sociais. A sexualidade é um aspecto basilar ao longo da vida de cada um, que se expressa e pode ser experienciada em pensamentos, fantasias, desejos, crenças, atitudes, valores, comportamentos, práticas, desempenhos e relacionamentos. A sexualidade é influenciada pela interacção de factores biológicos, psicológicos, sociais, económicos, políticos, culturais, étnicos, legais, históricos, religiosos e espirituais.
No que toca à saúde sexual esta é considerada quando o indivíduo está bem no campo sexual aos níveis físico, emocional, mental e social. A saúde sexual requer também uma abordagem positiva e respeitosa em relação à sexualidade e relacionamentos sexuais, assim como a possibilidade de ter prazer e sexo seguro, livre de coerção, discriminação e violência. Para que se goze de saúde sexual, os direitos sexuais das pessoas devem ser respeitados, preotegidos e preenchidos. A WAS ressalta que o total desenvolvimento da sexualidade é essencial para o bem estar individual, interpessoal e social. Neste contexto, os direitos sexuais são direitos humanos universais baseados na liberdade inerente, dignidade e igualdade para todos os seres humanos. Se a saúde sexual é um direito fundamental, então a saúde sexual deve ser um direito humano básico.
Para assegurarmos que os seres humanos e a sociedade desenvolvam uma sexualidade saudável, os direitos sexuais que a seguir se apresentam devem ser reconhecidos, promovidos, respeitados e defendidos por todas sociedades de todas as maneiras. Porque a saúde sexual é o resultado de um ambiente que reconhece, respeita e exercita estes direitos sexuais. A WAS estipula onze direitos sexuais que assistem a qualquer ser humano:
1. O direito à liberdade sexual. A liberdade sexual diz respeito à possibilidade de os indivíduos poderem expressar o seu potencial sexual. No entanto, aqui excluem-se todas as formas de coerção, exploração e abuso em qualquer época ou situações de vida.
2. O direito à autonomia sexual, integridade sexual e à segurança do corpo sexual. Este direito envolve a habilidade de uma pessoa tomar decisões autónomas sobre a própria vida sexual num contexto de ética pessoal e social. Também inclui o controlo e o prazer do respectivo corpo livre de tortura, mutilação e violência de qualquer tipo.
3. O direito à privacidade sexual. O direito às decisões individuais e aos comportamentos sobre intimidade desde que não interfiram nos direitos sexuais dos outros.
4. O direito à igualdade sexual. Liberdade de todas as formas de discriminação, independentemente do sexo, género, orientação sexual, idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais ou físicas.
5. O direito ao prazer sexual. O prazer sexual, incluindo auto-erotismo, é uma fonte de bem estar físico, psicológico, intelectual e espiritual.
6. O direito à expressão sexual. A expressão sexual é mais do que um prazer erótico ou acto sexuai. Cada indivíduo tem o direito de expressar a sua sexualidade através da comunicação, toques, expressão emocional e amor.
7. O direito à livre associação sexual. Significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio, e ao estabelecimento de outros tipos de associações sexuais responsáveis.
8. O direito às escolhas reprodutivas livres e responsáveis. É o direito em decidir ter ou não filhos, o número e o tempo entre cada um, e o direito total aos métodos de regulação da fertilidade.
9. O direito à informação baseada no conhecimento científico. A informação sexual deve ser gerada através de um processo científico e ético e disseminado em formas apropriadas e a todos os níveis sociais.
10. O direito à educação sexual compreensiva. Este é um processo que dura toda a vida, desde o nascimento, e deveria envolver todas as instituições sociais.
11. O direito à saúde sexual. O cuidado com a saúde sexual deveria estar disponível para a prevenção e tratamento de todos os problemas sexuais, preocupações e desordens. A
WAS reforça que os direitos sexuais são direitos humanos fundamentais e universais. Estes direitos foram adoptados em 1999, no decorrer do 14ª Congresso Mundial de Sexologia, que decorreu em Hong Kong.

Olhe nos olhos e sorria... para se tornar mais atraente!
Estudo indica que tendemos a gostar de quem aparenta gostar de nós

Uma pesquisa realizada na Universidade de Aberdeen, Escócia, indica que uma pessoa pode tornar-se oito vezes mais atraente aos olhos de outra, se a olhar directamente nos olhos e sorrir. Estudos anteriores, sobre o que torna uma pessoa atraente, concentraram-se sobretudo na análise das características físicas, como a preferência por rostos simétricos e por feições femininas ou masculinas. Esta pesquisa, publicada no “Proceedings of the Royal Society”, vem provar que a forma de olhar e as expressões faciais também têm um peso muito importante nesta concepção.
Para realizarem o estudo, os investigadores dividiram os participantes em quatro grupos distintos, a quem mostraram vários conjuntos de imagens, com homens e mulheres expressando facialmente felicidade ou aborrecimento. As imagens foram agrupadas aos pares, para os participantes poderem ver a mesma pessoa nas fotografias, ou a olhar directamente para a câmara ou para o lado.
Claire Conway, autora do estudo, descobriu que os factores que gerem as nossas preferências faciais é um processo complexo, pois o que nos leva a achar alguém facialmente atraente depende de uma combinação de vários factores. Por exemplo, o ser humano tem tendência a sentir-se mais atraído por uma cara feliz, que o olha nos olhos e é do sexo oposto.
«Quando perguntamos a alguém acerca das características faciais de uma pessoa para ser atraente, a maioria pensa nos traços físicos, tais como pele saudável, traços simétricos ou maxilares fortes. Com este estudo mostramos que a direcção do olhar também é importante na atracção. As faces que olhavam directamente para o observador foram tidas como mais atraentes do que aquelas que evitavam o olhar directo. E este efeito foi especialmente visível nos observadores que olhavam para faces de pessoas do sexo oposto que estavam a sorrir», explica Claire Conway. E acrescenta: «Isto demonstra que as pessoas preferem faces que aparentam gostar delas e que a atracção não se trata apenas de beleza física. É possível que o nosso cérebro esteja programado para nos levar a investir o nosso tempo em pessoas do sexo oposto que estejam mais receptivas ao nosso interesse».
Mas o olhar não basta...
Embora a direcção do olhar indique onde está a atenção do outro, disponibiliza pouca informação sobre a valência das suas atitudes e intenções. Assim, para interpretar as intenções do outro através de pistas faciais, é necessária informação integrada.
Os investigadores recordam um estudo realizado em 2005, onde se verificou que tanto homens como mulheres preferiam vídeoclips onde se apresentavam comportamentos convidativos de pessoas a outros onde aparecia um elemento do sexo oposto com um comportamento não-receptivo, especialmente quando este olhava directamente para o observador. Tal significa que não basta o olhar directo. A atracção também tem em conta as atitudes e intenções demonstradas pelo interlocutor.
Neste sentido, e como já foi referido, o presente estudo analisou quatro grupos distintos submetidos a diferentes condições, para tentar perceber a força de um olhar directo: um grupo analisou pessoas do mesmo sexo a sorrir, outro grupo analisou fotos de pessoas do mesmo sexo com expressões faciais aborrecidas, outro grupo analisou pessoas do sexo oposto com expressões sorridentes e o último grupo analisou pessoas de outro sexo com expressões aborrecidas.
Esta análise teve ainda em consideração estudos anteriores que comprovaram que os contextos mudam as respostas. Por exemplo, estudos indicam que a preferência por faces masculinas é mais forte quando uma mulher julga um homem com propósitos sexuais/procriação, mas tal já não será tão importante noutro contexto. Assim, a atracção pelo olhar directo poderia reflectir um mecanismo para determinar um esforço de acasalamento mais eficiente ou então de interacção social.
Realizado o estudo com os quatro grupos, os investigadores confirmaram maior atracção dos participantes pelo olhar directo em faces sorridentes (especialmente do sexo oposto) em vez de em faces deprimidas. Contudo, ser de outro sexo não teve qualquer influência quando foi analisada a aceitação/simpatia pela pessoa que estava a ser observada. Assim, os investigadores concluíram que a a atracção pelo olhar directo é mais importante, pelo menos em parte, no contexto de procura de acasalamento.

Nova geração de pílulas poderá basear-se na genética
Supressão de um gene bloqueia entrada de espermatozóide no óvulo

O conhecimento cada vez maior dos genes que compôem e regulam o corpo humano está a chegar também à medicina reprodutiva. Uma nova técnica que está a ser estudada consegue bloquear a entrada do espermatozóide no óvulo. Chama-se Interferência RNA e poderá vir a ser uma alternativa ao método hormonal (pílula), sendo este conhecido por desencadear alguns efeitos secundários nas mulheres. Contudo, divulga a BBC, a nova “pílula” está, pelo menos, a uma década de distância e poderá também ter efeitos secundários.
Esta nova técnica consiste em “silenciar” um gene, para que não actue adequadamente. Trata-se do gene ZP3, que os cientistas do Brigham and Womens Hospital, em Boston, identificaram como sendo um gene activo nos óvulos antes de serem fertilizados. O ZP 3 produz uma proteína que permite ao espermatozóide acoplar-se à superfície do óvulo. Se esta proteína não estiver presente, o óvulo não poderá ser fertilizado.
A equipa de cientistas “silenciou” o gene ZP3 em ratos fêmea e descobriu que estas não podiam engravidar. «Nós não temos ainda um método não hormonal e reversível. O que estamos a tentar fazer é pensar na contracepção de outra forma», disse à BBC Zev Williams, um dos autores da pesquisa. E acrescenta: «Obviamente que vamos encontrar obstáculos e vai demorar ainda muito tempo, mas a possibilidade está lá e achamos que pode ser alcançada». Bill Ledger, da Universidade de Sheffield, Reino Unido, diz que muitas mulheres sofrem com os efeitos secundários mesmo com os mais modernos contraceptivos hormonais. «Este é um novo conceito. Se estivesse disponível, de certeza que muitas mulheres o adoptariam. E se não é hormonal, esse é um ponto muito atractivo».
Contudo, ainda deverão ser necessários mais dez anos até se realizarem ensaios clínicos. É preciso comprovar, por exemplo, que a supressão do gene não tem efeitos secundários no resto do organismo.

Relações sexuais frequentes aumentam qualidade do esperma
Estudo realizado pela Universidade de Sydney

Muitos casais com problemas de fertilidade tendem a restringir a actividade sexual, para tentarem obter melhores resultado numa possível concepção. Contudo, uma equipa da Universidade de Sydney, Austrália, garante que isto provoca a produção de esperma de menor qualidade.
Ou seja, conclui o estudo, que, ao terem relações sexuais diariamente, os homens maximizam as hipóteses de engravidarem a companheira.
A equipa analisou 42 homens com problemas de esperma, cujas amostras, recolhidas após três dias de abstinência, foram analisadas ao microscópio. Seguiu-se um período em que estes homens tiveram de ejacular diariamente durante sete dias seguidos, sendo posteriormente estas amostras comparadas com as anteriores.
Os resultados dão conta de que 37 dos homens apresentavam menos danos nas amostra de esperma recolhidas após as ejaculações diárias.

Sexualidade e gravidez
Implicações na vida sexual do casal

Durante o período de gravidez, dão-se muitas mudanças no seio do casal que podem vir a afectar áreas distintas da relação. Em muitos casos, por não estarem devidamente informados, estas mudanças podem afectar uma das áreas mais vuleráveis com o surgimento desta condição: a sexual.
Podem surgir transtornos sexuais, tanto no homem como na mulher, que podem ser transitórios ou definitivos. Segundo a ginecologista, obstetra e especialista argentina em sexualidade humana, Olga Marega, «quando o problema não é identificado e tratado a tempo, este pode perpetuar-se e tornar-se definitivo, mesmo depois de a gravidez terminar». E acrescenta: «A maioria das causas que podem tornar uma disfunção sexual permanente passa pela chegada de um novo elemento a casa. A falta de intimidade, necessidade de atenção (especialmente materna), falta de tempo, redistribuição de tarefas, etc.. pouco a pouco vão diluindo o interesse em resolver o problema. A prioridade agora é outra: o bebé».
As disfunções mais frequentes são a falta de desejo sexual em ambos, anorgasmia na mulher e a disfunção eréctil e ejaculação precoce no homem. «A história sexual do casal, a satisfação que cada um tem com a sua sexualidade, a saúde sexual anterior à gravidez, o nível de comunicação entre os conjuges e, especialmente, o nível de informação que têm sobre as mudanças normais que se aproximam determinam a predisposição ou não para o casal sofrer transtornos sexuais durante a gestação», explica a especialista.
Olga Marega dá conta de alguns exemplos mais comuns de alterações que geram dificuldades na vida sexual do casal: cada elemento do casal, por si só, muda ao sentir a maternidade e paternidade a chegar; mudanças psicológicas em cada elemento; mudanças psicológicas no casal; algum sentimento de exclusão sentido pelo homem; alterações físicas no corpo da mulher: elas podem sentir-se menos à vontade e eles menos motivados; o casal pode sentir medo de afectar o feto durante o coito, etc..
«O certo é que a falta de informação aliada a muitos mitos culturais levam muitas vezes a considerar-se a grávida como “assexuada”. Algumas religiões proíbem mesmo o coito durante toda a gravidez e outras no final da mesma». Contudo, os critérios têm-se vindo a modificar nos últimos anos.
Para Olga Marega, «é importante respeitar e cuidar da sexualidade, como fonte de prazer e meio para fortalecer a união e comunicação do casal, durante este estado especial de ansiedade e preocupação, que é natural durante uma gravidez». E explica: «Se a gestação não apresenta complicações: ruptura das membranas ovulares, infecções genitais, hemorragias, ameaça de parto, etc.., então não há proibições nos encontros sexuais. É muito importante para a mulher conservar a sua capacidade erótica e orgásmica. Contribui para melhorar a sua auto-estima e harmonia conjugal e ajuda a manter a elasticidade e flexibilidade dos músculos pélvicos necessários para o parto». Além disso, a especialista recorda ainda que a sexualidade não passa só pelo contacto genital. Existem outras formas de a viver.

Desejo Sexual não termina com o envelhecimento
Estudo conclui que problemas de saúde é que refreiam actividade

O desejo sexual continua a existir mesmo quando se atingem idades mais avançadas, e o que leva à diminuição da actividade sexual por parte dos idosos são os problemas de saúde, conclui um trabalho realizado pela Universidade de Chicago e divulgado pela Associação Estatal de Profissionais de Sexologia espanhola.
Diz o estudo que 81 por cento dos homens e 51 por cento das mulheres em bom estado físico mantêm relações sexuais. As conclusões baseiam-se nas experiências relatadas por mais de três mil norte-americanos, dos 57 aos 85 anos.
O estudo verificou que, em qualquer idade, a frequência é maior nos homens do que nas mulheres. Para tal, também poderá contribuir o facto de a esperança de vida das mulheres ser maior, existindo muitas viúvas que não encontram novo parceiro. Apenas 40 por cento das mulheres entre os 75 e os 85 anos tinham companheiro, contra 80 por cento dos homens com a mesma idade.
As razões mais citadas para a diminuição da actividade sexual foi a saúde e não a idade. Cerca de 54 por cento dos inquiridos diz que mantém relações duas a três vezes por mês e 23 por cento diz que o faz mais do que uma vez por semana.
O estudo também analisou os principais problemas sexuais sentidos pela geração mais velha. Metade das mulheres fala em falta de desejo, secura vaginal (39 por cento) e dificuldades para atingir o orgasmo (34 por cento). Os homens queixam-se sobretudo de problemas de erecção (39 por cento).

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