quinta-feira, 1 de abril de 2010

PÁSCOA


A Páscoa é uma das datas comemorativas mais importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo também é encontrado como Paska. Porém sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o termo Pessach, cujo significado é passagem. E páscoa é muito importante para os cristãos pois celebra a morte de Cristo.

A Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo depois da sua morte por crucificação (ver Sexta-Feira Santa) que teria ocorrido nesta época do ano em 30 ou 33 da Era Comum. O termo pode referir-se também ao período do ano canônico que dura cerca de dois meses, desde o domingo de Páscoa até ao Pentecostes.

Os eventos da Páscoa teriam ocorrido durante o Pessach, data em que os judeus comemoram a libertação e fuga de seu povo escravizado no Egito.

A palavra Páscoa advém, exatamente do nome em hebraico da festa judaica à qual a Páscoa cristã está intimamente ligada, não só pelo sentido simbólico de “passagem”, comum às celebrações pagãs (passagem do inverno para a primavera) e judaicas (da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida), mas também pela posição da Páscoa no calendário, segundo os cálculos que se indicam a seguir.

A última ceia partilhada por Jesus Cristo e seus discípulos é narrada nos Evangelhos e é considerada, geralmente, um “sêder do pesach” – a refeição ritual que acompanha a festividade judaica, se nos ativermos à cronologia proposta pelos Evangelhos sinópticos. O Evangelho de João propõe uma cronologia distinta, ao situar a morte de Cristo por altura da hecatombe dos cordeiros do Pessach. Assim, a última ceia teria ocorrido um pouco antes desta mesma festividade.

Os termos "Easter" (Ishtar) e "Ostern" (em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach (Páscoa). As hipóteses mais aceitas relacionam os termos com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de acordo com o Venerável Beda, historiador inglês do século VII.

Segundo a Bíblia (Livro do Êxodo), Deus lançou 10 pragas sobre o Egito. Na última delas (Êxodo cap 12), disse Deus que todos os primogênitos egípcios seriam exterminados (com a passagem do anjo da morte por sobre suas casas), mas os de Israel seriam poupados. Para isso, o povo de Israel deveria imolar um cordeiro, passar o sangue do cordeiro imolado sobre as portas de suas casas, e Deus passaria por elas sem ferir seus primogênitos. Todos os demais primogênitos do Egito foram mortos, do filho do Faraó aos filhos dos prisioneiros. Isso causou intenso clamor dentre o povo egípcio, que culminou com a decisão do Faraó de libertar o povo de Israel, dando início ao Êxodo de Israel para a Terra Prometida.

A Bíblia judaica institui a celebração da Páscoa em Êxodo 12, 14: Conservareis a memória daquele dia, celebrando-o como uma festa em honra do Senhor: Fareis isto de geração em geração, pois é uma instituição perpétua .

Mistério pascal designa a Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão aos céus de Jesus Cristo. Por Mistério Pascal entende-se este conjunto de acontecimentos, históricos e meta-históricos, entendidos como uma unidade inseparável nos seus diversos elementos. Para a teologia cristã, o Mistério Pascal é o principal artigo da fé e o conteúdo essencial da pregação e missão da Igreja. Na verdade, para os cristãos, foi pelo Mistério Pascal de Cristo que se consumou a salvação de todos os homens e se inaugurou o tempo novo da Redenção. É pelo Mistério Pascal que todos os homens são salvos e participam da vida divina. Logo, pode-se entender o Mistério Pascal o supremo sacrifí­cio, de valor infinito, que Jesus ofereceu a Deus Pai a favor da salvação de todos os homens.

A palavra Mistério tem, nesta expressão, não o sentido vulgar de "coisa oculta", "enigma", mas sim o sentido, corrente nos escritos de São Paulo, de realidade que nos supera mas que é objecto de uma revelação progressiva.

Pascal, porque a entrega de Cristo na Cruz e sua Ressurreição estão intimamente ligados à Páscoa, ou seja, à festa dos judeus, que comemora a sua libertação da escravidão do Egipto, e a que Cristo dá o sentido novo de libertação da escravidão do pecado e da morte. Assim como a Páscoa, para os judeus, está ligada à passagem do Mar Vermelho, para os cristãos liga-se à passagem da Morte para a Vida, sentido último do Mistério Pascal. Assim como Cristo morreu mas voltou à vida, os cristãos crêem que, por esse mesmo mistério, são também libertados da morte e reconduzidos à vida.

O Mistério Pascal, como realidade fundamental da fé cristã, está presente na sua pregação e, de modo especial, nos seus sacramentos. O Baptismo corresponde, para aos cristãos, a uma inserção do indivíduo no Mistério Pascal de Cristo, pela qual passa a fazer parte também da Igreja. Pelo baptismo, o cristão, à imagem de Cristo, é retirado da morte para a vida nova da graça. O Mistério Pascal está presente de forma mais intensa na Eucaristia. Neste sacramento, o Mistério Pascal é renovado, ou seja, tornado presente para os que o celebram, de modo que todos recebem os seus frutos de salvação. O Mistério Pascal de Cristo, aliás, está presente em todas as celebrações da Igreja, sacramentais e não sacramentais. Todas elas são, de alguma forma, celebração e actualização do Mistério Pascal.

A saudação pascal é um costume da Páscoa existente na tradição das igrejas católicas orientais, tanto as ortodoxas como as católicas romanas de rito bizantino. A saudação consiste em dizer Cristo ressuscitou!, tendo como resposta Em verdade ressuscitou!.

A sua origem está na língua grega antiga: Χριστός ἀνέστη! Ἀληθῶς ἀνέστη! (Khristós anésti! Alithós anésti!)

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