sábado, 31 de maio de 2008

DIA MUNDIAL DO AMBIENTE - 05 DE JUNHO


CRIANÇA


Criança, tu és o conforto
Criança, tu és o amor.
Tu, que tens alegria nos teus olhos
E que aos outros ofereces amizade;
Tu, que caminhas
Sem maus pensamentos
E que amas
Sem rodeios Vem ...!
Vem comigo.
Dá-me a tua mão.
Criança,
Tu és o símbolo
Do amor
Da paz
E da liberdade.
Tu és o fruto
Da inocência
E da pureza.
Criança
Ajuda-nos a construir
Um mundo bom,
Como tu
Estrela brilhante!
(Poema de Paula Perna)

OS 10 MANDAMENTOS DA CRIANÇA AOS PAIS


1. As minhas mãos são pequenas: por favor não esperem a perfeição ao fazer a cama, desenhar, atirar e agarrar uma bola.
As minhas pernas são pequenas: por favor abrandem para eu vos poder acompanhar.
2. Preciso de encorajamento para crescer. Por favor sejam brandos nas vossas críticas. Lembrem-se: podem criticar o que faço sem me criticarem a mim.
3. Os meus olhos não vêem o mundo do mesmo modo que os vossos. Por favor deixem-me explorá-lo em segurança. Não me impeçam de o fazer sem necessidade.
4. Os meus sentimentos ainda estão tenros. Não impliquem comigo o tempo todo. Tratem-me como desejariam ser tratados.
5. As tarefas domésticas estão sempre a precisar de ser feitas. Só sou pequeno por pouco tempo. Por favor percam tempo a explicar-me as coisas deste fantástico mundo em que vivemos e façam-no de boa vontade.
6. Por favor não vão "fazer por cima" tudo o que eu faço. Isso dá-me a ideia de que os meus esforços nunca alcançam as vossas expectativas.
Sei que é difícil, mas não me comparem a outras crianças.
7. A minha existência é uma dádiva. Cuidem de mim como é esperado, responsabilizando-me pelas minhas acções, dando-me linhas de orientação e disciplinem-me de um modo afectuoso.
8. Por favor não tenham medo de ir passar fora um fim-de-semana. Os filhos precisam de férias dos pais como os pais precisam de férias dos filhos. É uma bela maneira de mostrarem como a vossa relação é especial.
9. Por favor dêem-me a liberdade para tomar decisões que me dizem respeito. Deixem-me falhar, para que eu possa aprender com os meus erros. Assim, um dia estarei preparado para tomar as decisões que a vida me exigirá.
10. Por favor dêem-me todas as oportunidades para eu aprender e bons exemplos para eu seguir. Assim poderei tornar-me numa pessoa verdadeira, recta e humana.

DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA


Princípio 1º
Toda criança será beneficiada por estes direitos, sem nenhuma discriminação de raça, cor, sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou situação económica. Toda e qualquer criança do mundo deve ter os seus direitos respeitados.
Princípio 2º
Todas as crianças têm direito à protecção especial e a todas as facilidades e oportunidades para se desenvolver plenamente, com liberdade e dignidade. As leis deverão ter em conta os melhores interesses da criança.
Princípio 3º
Desde o dia em que nasce, toda a criança tem direito a um nome e a uma nacionalidade, ou seja, ser cidadão de um país.
Princípio 4º
As crianças têm direito a crescer e criar-se com saúde. Para isso, as futuras mães também têm direito a cuidados especiais, para que os seus filhos possam nascer saudáveis. Todas as crianças têm também direito a alimentação, habitação, recreação e assistência médica.
Princípio 5º
Crianças com deficiência física ou mental devem receber educação e cuidados especiais exigidos pela sua condição particular. Porque elas merecem respeito como qualquer criança.
Princípio 6º
Toda a criança deve crescer num ambiente de amor, segurança e compreensão. As crianças devem ser criadas sob o cuidado dos pais, e as mais pequenas jamais deverão separar-se da mãe, a menos que seja necessário (para bem da criança). O governo e a sociedade têm a obrigação de fornecer cuidados especiais para as crianças que não têm família nem dinheiro para viver decentemente.
Princípio 7º
Toda a criança tem direito a receber educação primária gratuita, e também de qualidade, para que possa ter oportunidades iguais para desenvolver as suas habilidades.
E como brincar também é uma boa maneira de aprender, as crianças também têm todo o direito de brincar e de se divertir!
Princípio 8º
Seja numa emergência ou acidente, ou em qualquer outro caso, a criança deverá ser a primeira a receber protecção e socorro dos adultos.
Princípio 9º
Nenhuma criança deverá sofrer por negligência (maus cuidados ou falta deles) dos responsáveis ou do governo, nem por crueldade e exploração. Não será nunca objecto de tráfico (tirada dos pais e vendida e comprada por outras pessoas).
Nenhuma criança deverá trabalhar antes da idade mínima, nem deverá ser obrigada a fazer actividades que prejudiquem sua saúde, educação e desenvolvimento.
Princípio 10º
A criança deverá ser protegida contra qualquer tipo de preconceito, seja de raça, religião ou posição social. Toda criança deverá crescer num ambiente de compreensão, tolerância e amizade, de paz e de fraternidade universal.

SE TUDO ISTO FOR CUMPRIDO, NO FUTURO AS CRIANÇAS PODERÃO VIVER EM SOCIEDADE COMO BONS ADULTOS E CONTRIBUIR PARA QUE OUTRAS CRIANÇAS TAMBÉM VIVAM FELIZES.

DIA MUNDIAL DA CRIANÇA - 01 JUNHO


Um sorriso pode mudar uma pessoa em vários aspectos. Uma pessoa pode mudar a forma de vida de si mesma. Uma criança e um sorriso são dois complementos que se podem transformar num só: a Paz.
Se um sorriso tem a capacidade de mudar totalmente uma pessoa e uma criança pode transformar a sua vida, porque é que não deixamos todas as crianças sorrir para termos um mundo melhor?
Falamos em deixar uma criança sorrir porque nem todas têm o dom de sorrir, algumas têm de chorar. Essas crianças são as maiores vítimas do egoísmo e do orgulho deste mundo cruel. Se o mundo não deixar uma criança sorrir, podemos dizer que vivemos num mundo triste, porque se uma criança não sorri, quem vai sorrir? Os adultos? Não. Porque os adultos riem-se porque as crianças lhes dão força e vontade de viver e, têm muitos e maiores problemas. Se as crianças tiverem problemas sérios quer dizer que os adultos têm muito mais.
Uma criança com um sorriso pode fortalecer a vontade de viver de uma pessoa doente ou solitária, transformando a sua vontade de morrer numa enorme vontade de viver.
As crianças foram, são e serão sempre a melhor e a maior riqueza que o mundo tem.
Nunca se esqueçam, o sorriso de uma criança pode mudar uma humanidade. Por isso, antes de fazerem alguma nova transformação no mundo da ciência e tecnologia pensem sempre primeiro se essa transformação favorece ou prejudica a vida de todas as crianças.
Deixem sorrir uma criança, para todo o mundo sorrir.

ROCK IN RIO

sexta-feira, 30 de maio de 2008

CONCLUÍDO O GENOMA DE UMA MULHER

A FUTILIDADE DA VIDA (MUITO IMPORTANTE - A VER)

SER ESCUTEIRO


SER ESCUTEIRO É ESTAR AO SERVIÇO, É UM IDEAL NOBRE DE UMA VIDA INTEIRA, É ESTAR SEMPRE ALERTA PARA SERVIR SEM ESPERAR QUALQUER TIPO DE RECOMPENSA.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

PROJECTOS INACABADOS


Faz parte da natureza humana sonhar e idealizar as mais variadas realizações.
Um hábito muito comum é a lista que se faz no início de cada ano, os famosos "desejos e projectos de ano novo". Costuma-se relacionar hábitos nocivos a serem abandonados, cursos a serem iniciados e virtudes a serem adquiridas.
Propostas razoáveis que na maioria das vezes, são necessárias ao desenvolvimento daquela pessoa que as elaborou. No entanto, regra geral, antes mesmo da primeira semana do ano acabar, a lista é abandonada numa gaveta qualquer, juntamente com a disposição sincera de mudança que a havia inspirado.
E lá se vão para o esquecimento, mais uma vez, as mudanças prometidas para si mesmo.
Quem se espera enganar?
Afinal, a proposição de reforma íntima atinge primeiramente ao próprio interessado. Propostas como estas abandonadas lembram projectos que se iniciam e não se realizam. Promessas não cumpridas. Sonhos abandonados. Os dias passam rápidos.
As folhas brotam, crescem e depois caem das árvores, enquanto as pessoas passam os seus dias adiando partidas, retardando começos e cancelando mudanças. E o que poderia acontecer de modo voluntariamente, acaba tornando-se obrigatório.
A vida, um dia, há-de-nos cobrar pelas realizações que nos caberiam e que não levamos a termo. Que realizações serão essas? Grandes feitos? Conquistas deslumbrantes? Não.
Por certo, as mais significativas missões que nos foram confiadas têm o objectivo de aperfeiçoar as nossas próprias imperfeições.
"Ah! Mas é tão difícil vencer hábitos antigos!" - poderemos dizer, afirmar.
No entanto, mais difícil ainda será conviver para sempre com costumes infelizes que amargam a nossa existência.
Projectos inacabados, por certo, temos vários. Qual deles devemos retomar e concluir de uma vez por todas? Cada um de nós deverá saber qual é o mais urgente e o mais viável, por agora. Trata-se de uma decisão inadiável. É a hora de realizar e de transformar. É a hora de abandonar as desculpas que nos serviram de muletas por tantos anos, retardando-nos, no mesmo compasso de atraso e de teimosia ou casmurrice. Que o dia de hoje seja uma marca significativa na linha do tempo das nossas existências. Pouco importa que dia da semana seja. Não interessa em que mês do ano estamos. Não há porque esperar por outra oportunidade. Chances são como brisas que surgem rapidamente e se vão de igual forma. Não há motivo real e justo para permanecer estacionados enquanto a vida nos chama a realizar o bem. Coragem e disposição hão-de ser a inspiração que nos faltava. Não amanhã, mas sim, hoje. Não depois, mas sim, a partir de agora.

PALAVRAS PARA QUÊ

domingo, 25 de maio de 2008

DROGA


Droga (do francês drogue, provavelmente do neerlandês droog, "seco, coisa seca"), narcótico, entorpecente ou estupefaciente são termos que denominam substâncias químicas que produzem alterações dos sentidos.
"Droga", em seu sentido original, é um termo que abrange uma grande quantidade de substâncias, que pode ir desde o carvão à aspirina. Contudo , há um uso corrente mais restritivo do termo, remetendo a qualquer produto alucinógeno (ácido lisérgico, heroína etc.) que leve à dependência química e, por extensão, a qualquer substância ou produto tóxico (tal como o fumo, álcool etc.) de uso excessivo, sendo um sinónimo assim para entorpecentes.

CONCEITO
Droga é toda e qualquer substância, natural ou sintética que, introduzida no organismo modifica suas funções. As drogas naturais são obtidas através de determinadas plantas, de animais e de alguns minerais. Exemplo a cafeína (do café), a nicotina (presente no tabaco), o ópio (na papoila) e o THC tetrahidrocanabiol (da cannabis). As drogas sintéticas são fabricadas em laboratório, exigindo para isso técnicas especiais. O termo droga, presta-se a várias interpretações, mas ao senso comum é uma substância proibida, de uso ilegal e nocivo ao indivíduo, modificando-lhe as funções, as sensações, o humor e o comportamento.
As drogas estão classificadas em três categorias: as estimulantes, os depressores e os perturbadores das actividades mentais. O termo droga envolve os analgésicos, estimulantes, alucinógenos, tranquilizantes e barbitúricos, além do álcool e substâncias voláteis. As psicotrópicas, são as drogas que tem tropismo e afectam o Sistema Nervoso Central, modificando as actividades psíquicas e o comportamento. Essas drogas podem ser absorvidas de várias formas: por injecção, por inalação, via oral, injecção intravenosa ou aplicadas via rectal (supositório).

TIPOS
•Depressoras - podem dificultar o processamento das mensagens que são enviadas ao cérebro. Exemplos: álcool, barbitúricos, diluentes, cloreto de etila, clorofórmio, ópio, morfina, etc.
•Psicodislépticas ou alucinógenas – têm por característica principal a despersonalização em maior ou menor grau. Exemplos: maconha, skunk, LSD, psilocibina, heroína.
•Psicoanalépticas ou estimulantes - produzem aumento da atividade cerebral, diminuem a fadiga, aumentam a percepção ficando os demais sentidos ativados. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, teobromina, MDMA ou ecstasy, anfetaminas (bolinha, arrebite) etc.

Quanto à forma de produção, classificam-se como:
•Naturais;
•Semi-sintéticas;
•Sintéticas.

USO DE DROGAS
É comum distinguir o abuso do uso de drogas de seu consumo normal. Esta classificação refere-se à quantidade e peridiocidade em que ela é usada.
Outra classificação, se refere ao uso das drogas em desvio de seu uso habitual, como por exemplo o uso de cola, gasolina, benzina, éter, lóló, dentre outras substâncias químicas.
Os usuários podem ser classificados em: experimentador, usuário ocasional, habitual e dependente.

MOTIVOS ASSOCIADOS AO USO
Os motivos que normalmente levam alguém a provar ou a usar ocasionalmente drogas incluem:
•problemas pessoais e sociais;
•influência de amigos, traficantes assim como da sociedade e publicidade de fabricantes de drogas lícitas;
•sensação imediata de prazer que produzem;
•a facilidade de acesso e obtenção;
•desejo ou impressão de que elas podem resolver todos os problemas, ou aliviar as ansiedades;
•fuga;
•estimular;
•acalmar;
•ficar acordado ou dormir;
•emagrecer ou engordar;
•esquecer ou memorizar;
•fugir ou enfrentar;
•inspirar;
•fortalecer;
•aliviar dores, tensões, angústias, depressões;
•aguentar situações difíceis, privações e carências;
•encontrar novas sensações, novas satisfações;
•força do hábito;
•ritual.

CRÍTICAS
•Qualquer droga é potencialmente tóxica, o grau de intoxicação depende da intensidade de seu uso, sendo directamente proporcional.
•Mesmo com drogas aceitas, toleradas ou até incentivadas pela sociedade é possível chegar ao abuso e dependência química.
•A pessoa que usa drogas acaba ficando dependente por um bom tempo, até que resolva tratar-se ou decidir abandonar as drogas.

EFEITOS DAS DROGAS
A droga proporciona a satisfação ilusória, ou pelo menos o alívio, de uma necessidade, da qual a cultura favorece o desenvolvimento sem a satisfazer suficientemente. Se não existisse a necessidade insatisfeita, a droga não seria mais procurada do que tantos outros produtos acessíveis. Se a necessidade não fosse induzida mas genética, como acontece com as vitaminas, o consumo da droga, intencional ou não, seria generalizado e não se limitaria a algumas pessoas. Se, assim, a necessidade fosse satisfeita de forma autêntica e não ilusória, a droga seria utilizada por todas as pessoas confrontadas com os seus factores de indução, e não apenas por algumas delas. Se a necessidade pudesse ser satisfeita de forma autêntica por outros meios acessíveis, seriam perfeitamente estes os utilizados e não a droga. Se a droga agisse facilitando, por meio de um mecanismo biológico ou social, a produção de meios normais para satisfazer uma necessidade, o seu consumo seria subordinado a esses meios e não engendraria a toxicomania.
A exemplo da função neurotransmissora, na qual interferem a nível do sistema nervoso central, as drogas inscrevem-se nos sistemas culturais e sociais que permitem aos homens trocas entre si e com o seu meio ambiente. Os consumos de substâncias psicoactivas veiculam mensagens culturais e, reciprocamente, os valores sociais são vectores de consumos de drogas. Neste sentido as drogas são sociotransmissoras. O que significa que qualquer alteração nos comportamentos de consumo passa inevitavelmente por evoluções no próprio seio da cultura, e que a prevenção dos abusos de drogas deve ter o principal objecto não os produtos, mas a cultura e as necessidades que ela pode suscitar.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

SENTIMENTO DE URGÊNCIA


Sou um homem e um sentimento de urgência,
de peito aberto para o amor e o mundo.

Sou uma fome que se apressa em morrer,
e um rumo incontido de chegar.

Sou a faca que me corta e ela não pode,
esquiva-se e não pode esperar.

Sou as sombras desprendidas pela vida,
sem a sombra conter o meu caminhar.

Sou o menino que infante despertou,
muito antes de saber como olhar.

Me sinto a corrida pelo mundo,
do mundo que não me quer esperar.

Por isso necessito de amar e a morte,
é tão depressa na sua urgência e a vida.

Nem sempre concorda em esperar.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

OS SENTIMENTOS


SAUDADE é quando, o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue;
LEMBRANÇA é quando, mesmo sem autorização, o teu pensamento representa um capítulo;
ANGÚSTIA é um nó muito apertado bem no meio do sossego;
PREOCUPAÇÃO é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu sair do teu pensamento;
INDECISÃO é quando tu sabes muito bem o que queres mas achas que devias querer outra coisa;
CERTEZA é quando a ideia cansa de procurar e pára;
INTUIÇÃO é quando o teu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido;
PRESSENTIMENTO é quando passa em ti mesmo o triller de um filme que pode ser que nem exista;
VERGONHA é um pano preto que tu queres para te cobrires naquele momento;
ANSIEDADE é quando sempre faltam muitos minutos para o que queres que seja;
INTERESSE é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento;
SENTIMENTO é a linguagem que o coração usa quando precisa mandar algum recado;
RAIVA é quando o animal que mora em ti mostrar os dentes;
TRISTEZA é uma mão gigante que aperta o teu coração;
FELICIDADE é um agora que não tem pressa nenhuma;
AMIZADE é quando tu não fazes questão de ti e te emprestas para os outros;
CULPA é quando tu pensas que podias ter feito de maneira diferente, mas, geralmente, não podias;
LUCIDEZ é um acesso de loucura ao contrário;
RAZÃO é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato;
VONTADE é um desejo que pensas que tu és a casa dele;
PAIXÃO é quando, apesar da palavra 'perigo', o desejo chega e entra;
AMOR é quando a paixão não tem outro compromisso marcado.

COM SAÍDA

“O OPOSTO DE AMIGO –– UMA REALIDADE DISFARÇADA”


Amigo é quem nos dá um pedacinho do chão, quando é de terra firme que nós precisamos, ou um pedacinho do céu, se é o sonho que nos faz falta. A TI , JÁ TE ARRANJARAM CHÃO E CÉU QUANDO PRECISAS-TE ?

Amigo é mais que ombro amigo, é mão estendida, mente aberta, coração pulsante, costas largas. ONDE SE ENCONTRA ? ONDE EXISTIRÁ ?

É quem tentou e fez, e não é egoísta para não querer compartilhar o que aprendeu. SERÁ POSSÍVEL ?

É aquele que ajuda e não espera retorno, porque sabe que o acto de compartilhar um instante qualquer já o alimenta e satisfaz. PODE-SE ACREDITAR ?

Amigo é quem entende o nosso sentimento porque já sentiu, ou um dia vai sentir, o mesmo que nós. SERÁ QUE PODEMOS CONFIAR NOS DITOS AMIGOS ?

Um amigo é compreensão para o nosso cansaço e complemento para as nossas reticências. SERÁ QUE NÃO EXISTEM DESCULPAS PARA SE EVITAR A COMPANHIA ?

É ao mesmo tempo espelho que nos reflecte, e óleo derramado sobre as nossas águas agitadas. SERÁ QUE EXISTIRÃO ESPELHOS SUFICIENTEMENTE FORTES E TORNEIRAS QUE NÃO VAZEM CADA VEZ MAIS ?

O amigo compadece-se pelos nossos erros, e vibra com o nosso sucesso. SERÁ VERDADE ? SÓ ACREDITANDO PARA VER PORQUE EXISTE HIPOCRISIA NAS RELAÇÕES HUMANAS .

É o sol que seca as nossas lágrimas, é a polpa que adocica ainda mais o nosso sorriso. NÃO SERÁ ANTES FEL E VINAGRE PARA INFERNIZAR AINDA MAIS A NOSSA DOR ?

Amigo é aquele que toca as nossas feridas com mãos de veludo, acompanha as nossas vitórias com euforia e faz piadas para amenizar os nossos problemas. ONDE ESTÃO ESSES AMIGOS QUE FAZEM ISTO TUDO ? DIGAM O LOCAL .

Amigo é aquele que sente medo, dor, náusea, cólica, e chora, como nós. E, se pudesse, sofreria no nosso lugar. SERÁ QUE DEPOIS NÃO NOS APRESENTA A FACTURA DO MÉDICO ?

Um amigo sabe que viver é ter história para contar. QUE HISTÓRIA CONTARÁ ? A DO SEU SUCESSO E A DA DOR ALHEIA ?

É quem sorri para nós sem motivo aparente, sofre com o nosso sofrimento. SERÁ QUE SABE CONTAR PIADAS E SABE SOFRER SEM CINISMO ?

Amigo é quem nos envia cartas, esperadas ou não, pequenos bilhetes, mensagens electrónicas emocionadas. SERÁ QUE NÃO REZARÁ PARA EXISTIREM GREVES NOS CORREIOS E QUE AS BATERIAS DESCARREGUEM ?

É aquele que nos ouve ao telefone mesmo quando a ligação parece caótica, com o mesmo prazer e atenção que teria se estivesse olhando nos nossos olhos. SERÁ QUE TELEFONARÁ ? SÓ SE O DESTINATÁRIO FOR CULTO E FIZER PARTE DO CÍRCULO PESSOAL E ÍNTIMO .

Amigo é aquele que entende o que os nossos olhos dizem, sem precisar de palavras. SERÁ QUE ENTENDERÁ LINGUAGEM GESTUAL OU QUE NÃO SERÁ CEGO NO MOMENTO ?

É aquele que adivinha os nossos desejos, os nossos disfarces, as nossas alegrias, e percebe os nossos medos. SERÁ QUE SERÁ BRUXO SE NÃO TIVER UMA PRESENÇA COM LEALDADE E SEM HIPOCRISIA ?

Amigo é quem aguarda pacientemente que surja aquele brilho no nosso olhar e se entusiasma quando o vê surgir. É quem tem sempre uma palavra sob medida quando os nossos olhos se cobrem de lágrimas. E é também aquele que sabe quando nós estamos lutando para sufocá-las na garganta. SERÁ QUE TERÁ PACIÊNCIA ? SERÁ QUE SE ENTUSIASMARÁ ? SERÁ QUE NO MOMENTO DAS LÁGRIMAS NÃO ARRANJA UMA DESCULPA PARA NÃO ESTAR PRESENTE ? SERÁ QUE SABE QUANDO ESTAMOS A SUFOCAR ?

Amigo é verdade e razão, sonho e sentimento. SERÁ MESMO ASSIM NA REALIDADE ?

As doações de amizade pura enriquecem os companheiros de luta. SERÁ POSSIVEL EXISTIREM NO CONTEXTO ACTUAL AMIZADES PURAS SEM INTERESSE ?

Quando outras emoções se enfraquecem no vaivém dos choques, a amizade perdura, companheira devotada das pessoas que se estimam. SERÁ QUE NA ACTUAL SOCIEDADE EXISTIRÁ CARINHO , TERNURA SEM SEGUNDAS INTENÇÕES E A MENTE DAS PESSOAS ESTARÁ LIMPA ?

Ter amizade é ter coração que ama e esclarece, que compreende e perdoa, nas horas mais amargas da vida. SERÁ QUE NESTAS ALTURAS O AMOR EXISTIRÁ PERANTE PESSOAS DE CULTURAS E FORMAÇÃO DIFERENTES E SABERÁ PERDOAR ? SERÁ QUE NA SOCIEDADE ACTUAL SE SABE O QUE É O AMOR VERDADEIRO SEM SER O AMOR CARNAL ?

Por tudo isso, estendamos os benditos recursos da amizade real onde a discórdia tenta espalhar o escuro domínio que lhe é próprio. SERÁ QUE NO MEIO DA CONCÓRDIA E DE UMA BONDADE APARENTE NÃO SE SEMEIA AINDA MAIS O ÓDIO , O CINISMO , O ESCÁRNIO , O RANCOR , A DESUNIÃO , PARA DEPOIS APARECER COMO SALVADOR DA PÁTRIA E SER HEROÍ DISFARÇADO DE COVARDE PERANTE UMA SOCIEDADE HIPÓCRITA E DESPIDA DE VALORES ?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

BONDADE / AMOR


Quem é bom, dá para quem vive,
Quem ama, vive para dar.
Quem é bom, suporta a ofensa,
Quem ama, esquece-a.
Quem é bom, compadece-se do próximo,
Quem ama, ajuda-o.
Quem é bom, começa e acaba,
Quem ama, começa para nunca mais acabar.
Quem é bom, sorri,
Quem ama, faz sorrir.
Quem é bom, ajuda quando está perto,
Quem ama, sempre está perto para ajudar.
Quem é bom, não condena,
Quem ama, recebe o condenado.
Quem é bom, não faz mal a ninguém,
Quem ama, faz o bem a quem lhe faz mal.
Quem é bom, desce até os outros,
Quem ama, faz os outros subirem.
Quem é bom, sobe connosco ao calvário,
Quem ama, fica por nós na cruz.

DEPRESSÃO


A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais frequentes. Pensa-se que uma em cada quatro mulheres e um em cada dez homens podem vir a ter crises depressivas durante a vida, desde a juventude até à terceira idade.
A criança também pode ser afectada. O seu diagnóstico passa muitas vezes despercebido, quer por falta de reconhecimento da depressão como doença, quer porque os seus sintomas são atribuídos a outras causas, doenças físicas, stress, etc. .
Actualmente, há, no entanto, meios terapêuticos adequados para o tratamento da depressão que compensam os sintomas durante a crise e podem ajudar a evitar as recaídas, na maioria dos doentes.

COMO SE MANIFESTA A DEPRESSÃO
A depressão é uma perturbação do humor que não deve ser confundida com sentimentos de alguma tristeza, o estar em baixo ou desmoralizado, geralmente reactivos a acontecimentos da vida, que passam com o tempo e que, geralmente, não impedem a pessoa de ter uma vida normal.
Na depressão, os sintomas tendem a persistir durante certo tempo e podem incluir, em arranjos variáveis, os seguintes:
• Sentimentos de tristeza, vazio e aborrecimento;
• Sensações de irritabilidade, tensão ou agitação;
• Sensações de aflição, preocupação com tudo, receios infundados, insegurança e medos;
• Diminuição da energia, fadiga e lentidão;
• Perda de interesse e prazer nas actividades diárias;
• Perturbação do apetite, do sono, do desejo sexual e variações significativas do peso;
• Pessimismo e perda de esperança;
• Sentimentos de culpa, de autodesvalorização e ruína, que podem atingir uma dimensão delirante;
• Alterações da concentração, memória e raciocínio;
• Sintomas físicos não devidos a outra doença (ex. dores de cabeça, perturbações digestivas, dor crónica, mal-estar geral);
• Ideias de morte e tentativas de suicídio.
Estes sintomas perturbam significativamente o rendimento no trabalho, a vida familiar e o simples existir do doente, que sofre intensamente. Há diferentes formas e graus de gravidade de depressão.
Em alguns casos, geralmente graves, os sintomas podem surgir sem relação aparente com acontecimentos traumáticos da vida, sob a forma de crises que perduram por vários meses. Muitas vezes as crises repetem-se ao longo da vida. Noutros casos, a intensidade dos sintomas é menor, os doentes vão conseguindo trabalhar, mas permanecem com a sensação de fadiga, tristeza, desinteresse e tensão, que se arrasta durante anos, com um grande desgaste.
Por vezes, a pessoa não se sente triste, manifestando-se, então, a depressão por sintomas como a fadiga, dores várias, pressão no peito, insónia, perturbações gastrintestinais (náuseas, vómitos, diarreia, etc.), o que leva o doente a pensar que sofre de outra doença, dificultando o diagnóstico.
Algumas depressões aparecem inseridas numa doença conhecida por doença bipolar, na qual os doentes têm episódios depressivos, em alternância com períodos de excitação e euforia fora do normal. Nas fases eufóricas, a auto-estima dos doentes está engrandecida e existe certa perda da noção da realidade, que pode levar a fazer gastos excessivos e a iniciar negócios incomportáveis.
A depressão é diagnosticada considerando o todo da pessoa, no sentido físico, psicológico e social. Convém ter presente que os sintomas depressivos podem fazer parte de outras doenças (ex. doença de Parkinson, doenças da tiróide e supra-renal e outras), resultar do uso de certas substâncias (álcool e outras drogas) e de alguns medicamentos (para a tensão arterial, hormonas e outros).
O médico deve investigar não só os acontecimentos traumáticos da vida do doente, mas inquirir também acerca dos medicamentos que este está a tomar e da existência de outras doenças habitualmente associadas à depressão.
ANTIDEPRESSIVOS
O que são?
São medicamentos cuja acção decorre no Sistema Nervoso Central, normalizando o estado do humor, quando se encontra deprimido (o que equivale para o doente a tristeza, angústia, desinteresse, desmotivação, falta de energia, alterações do sono e do apetite e muitos outros sintomas). Os medicamentos antidepressivos não actuam quando o estado do humor é normal, distinguindo-se dos psicoestimulantes.

Como actuam?
Actuam no cérebro, modificando e corrigindo a transmissão neuroquímica em áreas do Sistema Nervoso que regulam o estado do humor (o nível da vitalidade, energia, interesse, emoções e a variação entre alegria e tristeza), quando o humor está afectado negativamente num grau significativo.

É possível a autoprescrição?
Não. A prescrição destes medicamentos é um acto médico que envolve um diagnóstico prévio de doença depressiva. Os antidepressivos não são medicamentos que se possam usar num momento, uma vez, ou irregularmente algumas vezes, como um analgésico.
Quando se inicia, a terapêutica antidepressiva tem de ser cuidadosamente planeada entre o médico e o doente, envolvendo eventualmente o apoio de familiares. Tanto o início como o termo do tratamento são da responsabilidade do médico. Uma interrupção precoce do tratamento, porque a pessoa «já se sente bem», é causa frequente de recaída ao fim de alguns dias ou semanas.

Quanto tempo têm de se tomar?
Tal decisão compete ao médico. Em geral, a terapêutica de uma depressão justifica vários meses de tratamento ( 6 meses). Há doentes que terão de tomar a medicação por um período prolongado ou mesmo indeterminado para evitar as crises depressivas. Nestes casos, o medicamento antidepressivo é preventivo da recorrência das crises depressivas. É de ter em conta que na doença depressiva é mais frequente haver tendência para crises repetidas, por vezes periódicas, sendo a crise depressiva única a excepção.

Causas da depressão
Existe uma predisposição hereditária para alguns tipos de depressão, embora não se conheçam ainda as formas precisas dessa transmissão. Sabe-se, por exemplo, que gémeos de doentes com certas depressões têm cerca de 70 a 80% de probabilidades de vir a ter a doença, mesmo que vivam num ambiente diferente. Os conhecimentos actuais da ciência permitem evidenciar a existência de alterações em algumas substâncias cerebrais (neurotransmissores) na depressão.
Os acontecimentos traumáticos da vida contribuem também para o aparecimento da depressão. Problemas familiares, o stress diário, a morte de alguém próximo, as doenças, uma crise financeira, conflitos prolongados podem funcionar como desencadeantes ou facilitadores de episódios depressivos.
O tipo de personalidade e o estilo do indivíduo para lidar com a vida podem também correlacionar-se com uma maior predisposição para crises depressivas.

O que fazer?
Infelizmente, a doença depressiva, não sendo reconhecida pelo próprio como doença, nem diagnosticada pelo médico, presta-se a que outros, incluindo as famílias, desvalorizem o doente como fraco, incapaz, preguiçoso e até maluco.
A imagem pessoal, a auto-estima, que já estão diminuídas pela doença, agravam-se ainda mais, devido a essa injusta apreciação das dificuldades impostas pela depressão. Críticas como a de que o doente não tem força de vontade e de que o que necessita é de se distrair e não pensar tanto nada resolvem, aumentando a culpa e os sentimentos negativos existentes.
A possibilidade do suicídio deve estar presente na mente de quem convive ou trabalha com estes doentes, devendo o recurso ao médico ser incentivado, de modo a que se possa iniciar um tratamento adequado, o que contribui decisivamente para atenuar aquele risco.
Existem actualmente meios para tratar as depressões, em que se incluem os antidepressivos, as psicoterapias e, em casos mais graves, a electroconvulsivoterapia. A escolha dos tratamentos é da competência dos médicos clínicos gerais e dos médicos psiquiatras para os casos mais difíceis e depende do tipo e gravidade da depressão, bem como da presença de outras doenças, que podem condicionar o uso de alguns medicamentos antidepressivos.

ENXAQUECA: UMA DOENÇA INCAPACITANTE


ENXAQUECA
É uma dor hemicraniana (de um lado da cabeça), moderada a grave, pulsátil, pode ter uma duração de várias horas, até dois dias, e agrava com a actividade física. À medida que a intensidade aumenta, podem surgir náuseas e vómitos, aversão ao barulho (fonofobia), à luz (fotofobia) e, por vezes, a certos cheiros (osmofobia).
A enxaqueca pode ser precedida por sintomas ou sinais neurológicos (20% dos casos): aura visual (distúrbios da visão, «flashes» luminosos e pontos negros), aura «somestésica» (anomalias da percepção das sensações) e mais raramente défice motor (paralisia ou fraqueza de um dos lados do corpo) ou dificuldade da locução (afasia).
A dor é, por vezes, tão insuportável que se procura um quarto escuro e silencioso.
É a enxaqueca, uma patologia neurológica com custos sociais preocupantes e que priva os indivíduos das suas faculdades durante as crises. A proporção da sua prevalência é de 2 mulheres para 1 homem.
A enxaqueca é entendida como uma patologia incapacitante e assume muitas variedades. O início das crises projecta-se, por vezes, na primeira infância. Os adolescentes são igualmente atingidos, mas com sintomas ligeiros e de curta duração, quando comparados aos adultos.
O tempo de duração das crises é variável.
Chegam a durar entre 4 a 72 horas e a frequência com que surgem situa-se, em média, entre duas a seis crises de enxaqueca por mês. Se estes limites forem ultrapassados, poderá não ser enxaqueca ou então estará associada a uma outra patologia, por identificar.
Os custos sociais da elevada prevalência e frequência de crises de enxaqueca, obriga a perdas de dias de trabalho e leva à diminuição das capacidades do indivíduo em mais de 50%, durante as crises.
Olhando para as formas mais comuns, temos a enxaqueca sem aura, que afecta 60% da população com enxaqueca. Por outro lado, a enxaqueca com aura atinge uma franja de 10 a 20% dos doentes com enxaqueca. Neste caso, considera-se as auras visuais, que se caracterizam pela visualização de luzes, de cores diferentes, formas em espiral, linhas em paliçada, a cor ou a preto e branco, que se alternam em flashes.
Noutras manifestações da aura, próprias da enxaqueca, podem surgir formigueiros, falta de força na totalidade ou numa metade do corpo. As perturbações da fala ou as alucinações constituem sinais mais raros. A enxaqueca surge em indivíduos geneticamente predispostos, com uma vasta história desta doença na família. Mas também existem factores exógenos que a desencadeiam.
As perturbações do sono, o stress, determinados alimentos que ingerimos, como o queijo, o chocolate e citrinos são factores exteriores ao indivíduo que conduzem a um quadro de enxaqueca. Esta doença neurológica é crónica e tem uma expressão clínica que se revela de forma intermitente, ou seja, vai e volta. Esta doença provoca incapacidade nos indivíduos que dela sofrem, seja nos estudos, no trabalho doméstico ou no desempenho profissional.
A enxaqueca não tem sido tratada da maneira mais correcta, isto é, logo ao primeiro tratamento. Por vezes, os tratamentos demonstram uma eficácia reduzida, o que leva a um efeito perverso: os doentes não voltam ao consultório do médico.

TRAVAR A DOR:
O tratamento é elaborado caso a caso. Mas, de uma forma geral, eis as orientações terapêuticas para casos de enxaqueca moderada ou grave: Utilização de fármacos mais potentes, como os triptanos, que apresentam um bom grau de eficácia.

TRATAMENTO PREVENTIVO:
Quando as crises são muito frequentes e severas o suficiente para causar incapacidade na pessoa, a recomendação aponta para a toma diária de comprimidos durante um período de dois a seis meses.

SEM COMPRIMIDOS À MÃO:
Aconselha-se o repouso, o silêncio, a escuridão e o sono, porque dormir ajuda a que a crise passe. Mas a medicação é insubstituível.

OS SINTOMAS DA ENXAQUECA:
•Dores intensas e latejantes em metade ou na totalidade da cabeça;
•Agrava-se com o esforço;
•Alivia com o repouso e o sono;
•Causa osmofobia (intolerância ao cheiro), fonofobia (intolerância ao barulho) e fotofobia (intolerância a luz);
•Náuseas e vómitos; nas crianças pequenas este é um dado que ajuda a identificar a doença, bem como as explicações que elas dão sobre o que sentem.

FACTORES PRECIPITANTES Para que a crise de enxaqueca ocorra, verifica-se a actuação de factores externos e internos.

FACTORES EXTERNOS:
•Alterações térmicas: bruscas variações de temperatura, calor ou frio excessivo, bebidas geladas;
•Ruído intenso, luz intermitente, cheiros muito activos de certas plantas ou perfumes;
•Traumatismos cranianos mínimos;
•Dores localizadas (dentárias, otorrino-laringológicas, oculares);
•Esforços físicos (desporto, actividade profissional ou sexual);
•Jejum ou inanição prolongados;
•Ingestão de alimentos gordos, chocolates, ovos, lacticínios,(leite gordo e certos queijos), mariscos, álcool, alimentos fumados ou conservas, certos frutos (citrinos e oleaginosas), café.

FACTORES INTERNOS:
•Alterações hormonais (início do período menstrual, ovulação);
•Alterações do sono (sono prolongado, alterações do ritmo circadiano);
•Hipoglicemia (jejum prolongado);
•Fadiga intensa;
•Stress prolongado.

É de referir uma situação curiosa: a enxaqueca de fim-de-semana, em que vários factores se podem associar: alterações do sono, jejum prolongado, aumento ou diminuição do stress, privação da cafeína.

CANCRO DA LARINGE: O TUMOR DOS FUMADORES


O cancro da laringe é relativamente frequente, inserindo-se entre os tumores de pescoço e cabeça, em geral, que representam cerca de 5% de todos os tumores do organismo.
Só que a importância destes tumores é muito maior em relação aos outros, porque são tumores que responsáveis por alterações de ordem estética e funcional.
O doente com cancro da laringe não tratado perde a voz, deixa de respirar pela boca e acaba por ter que ser submetido a uma cirurgia que só lhe permite respirar por um orifício no pescoço, a chamada traqueotomia. Por estes motivo, é um tumor com uma repercussão social, laboral e familiar muito grande.
Entre esses 5%, o cancro da laringe ocupa 1%, embora no Instituto Português de Oncologia seja o tumor mais frequente de cabeça e pescoço.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico maiores são as hipóteses dos doentes conservarem a sua laringe. Sempre que a pessoa tem uma rouquidão que se prolonga para além de um mês deve ser observada por um especialista, este sintoma é particularmente importante nos fumadores e nos alcoólicos. Sendo Portugal um dos países com maior taxa de alcoolismo do mundo, é normal que o cancro da laringe tenha uma grande incidência no nosso país.
Para além dos dois grandes factores de risco, tabagismo e alcoolismo, existem outras circunstâncias que podem aumentar a propensão para se vir a sofrer deste tipo de tumor.
Os indivíduos que trabalham em metalúrgicas têm algum acréscimo deste tumor, mas o tabaco e o álcool são os principais responsáveis por esta doença.
A rouquidão é o principal sintoma, mas se um doente adulto tiver uma dor persistente localizada na zona da garganta também deve recorrer ao médico, porque pode indiciar problemas da faringe.
O tratamento varia de acordo com a dimensão do tumor. Uma pequena lesão de uma corda vocal, por exemplo, permite que se tire o tumor sem tirar toda a laringe. O doente irá ficar rouco toda a sua vida, mas terá toda a sua função, portanto, não precisará de ter o tal buraco no pescoço e continua a falar com a boca. O doente que tiver um tumor muito grande tem que tirar toda a laringe e passa a respirar por um orifício no pescoço. Estes últimos doentes só poderão articular algumas palavras através de um mecanismo artificial.
O cancro da laringe atinge muito mais os homens, apesar de em certos países, como os Estados Unidos da América, a incidência estar a aumentar entre as mulheres. A maioria dos casos aparece por volta dos 45 anos, mesmo em pessoas que já deixaram de fumar. Mesmo uma pessoa que deixou de fumar há 20 anos não está livre de vir a ter cancro da laringe, decorrente da acção nefasta que o tabaco tem nas células deste órgão.

CANCRO DA PRÓSTATA


É o tipo de tumor mais comum nos homens, afectando uma boa parte dos indivíduos do sexo masculino com mais de 50 anos. Apesar de ser letal, pode ser controlado, desde que devidamente tratado.
No Mundo Ocidental, está calculado que o risco de os homens terem, durante a sua vida, um carcinoma microscópico da próstata é de mais de 40%. E o risco de morrerem devido ao tumor é de cerca de 3%.
A próstata é uma glândula com o tamanho aproximado de uma castanha. Envolve a parte superior da uretra, que é um órgão tubular que transporta a urina da bexiga para o exterior e produz parte do sémen no qual são transportados os espermatozóides. Um órgão fundamental, portanto.
Tal como todos os órgãos considerados «fundamentais», a próstata também pode ser afectada por problemas passíveis de colocar em risco as suas funções. À medida que os homens envelhecem, algumas das células da próstata podem transformar-se e causar o aparecimento de hipertrofia benigna ou de carcinoma.
Muitas vezes o cancro da próstata não apresenta sintomas, nomeadamente a nível urinário. Localiza-se geralmente na parte periférica da próstata e, por isso, não comprime a uretra.
O facto de frequentemente ser assintomático é um dos principais problemas que este tipo de tumor coloca. Nestes casos a descoberta é ocasional, durante exames de rotina.
Tal como em todas as doenças neoplásicas, também no cancro da próstata o diagnóstico precoce é muito importante. Quanto mais cedo se detectar a sua existência, maior probabilidade tem o doente de se curar.
Embora, por vezes, seja difícil de fazer, na verdade, o diagnóstico precoce constitui-se como peça fundamental do controlo do doença. O grande problema é, de facto, efectuá-lo.

COMO SE DESCOBRE UM CANCRO DA PRÓSTATA
A avaliação médica da existência de um cancro da próstata inclui várias práticas. A história clínica é fundamental. O médico deverá interrogar o doente acerca de quaisquer alterações do aparelho urinário. Neste procedimento, é também importante para o especialista descobrir se alguém na família do paciente já teve um carcinoma da próstata.
A avaliação médica inclui ainda, obrigatoriamente, um toque rectal, em que o médico introduz o dedo no recto para palpar a próstata directamente. Trata-se de um componente fundamental do exame físico, porque, só por si, pode detectar um tumor na próstata.
Os exames laboratoriais são também importantes no diagnóstico de um tumor deste tipo. Estes incluem o doseamento do PSA (antigénio prostático específico). A ecografia é também fundamental. Neste exame, uma sonda com a grossura de um dedo é inserida no recto, emitindo ultra-sons que, por sua vez, produzem imagens da próstata que podem ser registadas em película ou papel. No caso de ser necessária uma biópsia, o médico procede à colheita de amostras de tecido das áreas suspeitas com uma agulha especial, conduzida, de preferência, pela sonda ecográfica.
Se for detectado um carcinoma, as células do tumor serão analisadas para determinar o seu grau de agressividade. Algumas são pouco agressivas e têm um crescimento muito lento.
O médico terá de mandar fazer ainda mais exames, no sentido de obter mais informações sobre o tumor, para escolher o tratamento mais adequado. Estes podem incluir, por exemplo, uma cintigrafia óssea, que, por via endovenosa, consiste em injectar um isótopo que se fixará nos ossos, permitindo saber se há ou não metástases. O médico poderá assim determinar se o tumor se disseminou.

VÁRIOS TUMORES, VÁRIOS TRATAMENTOS
Tal como não existe somente um tipo de tumor, não há apenas um tratamento.
O tratamento escolhido depende das características do carcinoma e do seu estádio de desenvolvimento.
Os tumores muito agressivos fogem, frequentemente, ao controlo terapêutico. Os pouco agressivos podem viver muitos anos com o doente sem que lhe causem graves prejuízos e, mais importante, sem que lhe provoquem a morte. Pode inclusivamente dar-se o caso de o tumor ter um crescimento tão lento que dispense tratamento, o que, no entanto, constitui urna excepção.
As modalidades de tratamento são múltiplas.
A prostatectomia radical, vulgarmente conhecida por cirurgia radical, tal como o próprio nome indica, tem intenção curativa. É a melhor opção, desde que o tumor esteja confinado ao órgão e se possa retirar na sua totalidade. Nesta cirurgia, os maiores problemas são o facto de causar impotência em praticamente todos os doentes e incontinência em 4 a 5% dos casos. A impotência poderá ser tratada pelo andrologista. Esta técnica tem indicação apenas nos doentes com tumor localizado e esperança de vida superior a 10 anos. Nos homens mais velhos, a fazer terapêutica hormonal, se o tumor estiver a obstruir a uretra, o tecido prostático responsável pela situação deverá ser removido por cirurgia endoscópica com uma técnica semelhante à utilizada na hipertrofia benigna da próstata, a ressecção endoscópica.
Efectuada sem incisão na parede do abdómen, esta cirurgia é feita através da introdução de um endoscópio especial, um ressector, através da uretra, permitindo ao médico remover o tecido doente com uma fina ansa que corta e coagula, pela passagem de uma corrente eléctrica de alta frequência.
Se o tumor se encontra em progressão ou disseminação, a melhor opção é a terapêutica hormonal, usada para diminuir os níveis de hormonas masculinas e assim diminuir o crescimento das células cancerosas.
A radioterapia é outra forma de tratamento de tumores que estão limitados à próstata. A irradiação é administrada ao longo de um período de algumas semanas. Pode ser feito isoladamente ou ser complementar da cirurgia radical.
Durante o tratamento, é importante que o paciente consulte o seu urologista para vigiar o seu estado de saúde e a resposta do carcinoma ao tratamento. Se o fizer, é bem possível que o indivíduo afectado tenha uma boa qualidade vida.

CANCRO DO CÓLON E RECTO


1. O QUE É?
O Cancro do Cólon é um tumor maligno que afecta o intestino grosso.

2. COMO SE DESENVOLVE?
A grande maioria dos casos desenvolve-se lentamente, ao longo dos anos, a partir de lesões benignas - os pólipos adenomatosos. Esta evolução é, geralmente silenciosa, sem sintomas.

3. QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?
Devido ao estilo de vida e alimentação que praticamos, o número de novos doentes tem vindo a aumentar, em Portugal, de ano para ano. Mais de metade dos casos não são curáveis, resultando na morte da pessoa afectada. Actualmente, este é o cancro que mais mata em Portugal. Cerca de 10 portugueses morrem por dia em consequência desta doença.

4. É CURÁVEL?
A maioria dos pólipos pode ser removida sem necessidade de intervenção cirúrgica durante um exame designado colonoscopia. A detecção precoce da lesão e sua remoção endoscópica levam à cura da doença. O tratamento do cancro colo-rectal é, geralmente, cirúrgico, acompanhado ou não, de outros métodos, como a quimioterapia e/ou a radioterapia.

5 - QUEM ESTÁ EM RISCO?
O risco individual de contrair a doença é aproximadamente, 6%. Verifica-se nos homens e mulheres, sendo mais significativo a partir dos 50 anos. Nas pessoas com familiares do primeiro grau (pai, mãe, irmão) com cancro do cólon e recto ou pólipos adenomatosos, o risco é mais elevado, começando a ser significativo a partir dos 40 anos. Em alguns indivíduos, que podemos identificar, o risco é ainda mais elevado, iniciando-se em idades mais jovens.

6. COMO PREVENIR?
Alguns comportamentos estão associados a maior risco de cancro do cólon e recto. Uma alimentação rica em vegetais, sopa, frutas e cereais integrais e pobre em carne vermelha e gordura, particularmente de origem animal, ajuda a reduzir o risco. O exercício físico e o combate à obesidade são, também, comportamentos benéficos.

7. COMO DETECTAR PRECOCEMENTE?
Diversos métodos de rastreio permitem a detecção de pólipos e de cancro e recto, em fase inicial, ainda sem sintomas. Estes métodos estão amplamente divulgados e são acessíveis. Existem diversas opções de rastreio: teste de sangue oculto nas fezes, sigmoidoscopia, colonoscopia, clister opaco com duplo contraste.

Informa-te junto do teu médico. O rastreio pode salvar a tua vida.

CANCRO DA MAMA


INIMIGO DO PEITO
Todos os anos surgem mais de 5000 novos casos de cancro da mama em Portugal. Mais de 90% são tratáveis quando o diagnóstico é feito atempadamente. Para o conseguir, o auto-exame da mama é o melhor amigo da mulher.

O QUE É O CANCRO DA MAMA?
A unidade base do organismo, a célula, respeita determinadas normas de conduta para se dividir e multiplicar. Quando estas normas deixam de ser respeitadas e a célula começa a dividir-se e a multiplicar-se desenfreadamente, sem ordem nem controlo, dá origem a uma massa ou tumor que pode ser benigno ou maligno.
Os tumores benignos não são cancros, não se espalham para outras partes do corpo e podem ser removidos. O mesmo não acontece com os malignos: são cancerígenos e podem espalhar-se a outras partes do organismo.
Existem mais de 100 tipos de cancro. O cancro da mama é apenas um deles e é assim designado porque as células «loucas» ou «descontroladas» que lhe dão origem pertencem ao tecido da mama.

ONDE, NA MAMA, PODE SURGIR O CANCRO?
A doença pode ser despoletada em várias localizações: tecido de suporte, tecido glandular com lóbulos, ductos e canais galactóforos.
Cada mama está dividida entre 15 a 20 partes, designadas por lobos. Estes, por seu turno, dividem-se em secções mais pequenas: os lóbulos. São os ductos que ligam entre si os lobos e os lóbulos, ou seja, são pequenos canais por onde circulam as secreções glandulares (canais galactóforos).
É nas células dos ductos que mais cancros têm origem, pelo que se designam por cancros ductais. Seguindo a mesma lógica, o cancro que ocorre inicialmente nos lobos ou lóbulos chama-se cancro lobular.
Existe ainda uma variante rara da doença que se chama cancro da mama inflamatório: os seios ficam quentes, avermelhados e inchados.
Se o cancro não se espalhar a outros pontos do organismo designa-se por não--invasivo ou carcinoma in situ. Chama-se invasivo quando as células neoplásicas já invadiram os tecidos envolventes.

O QUE PROVOCA CANCRO DA MAMA?
A Medicina ainda não conseguiu descobrir qual o mecanismo ou mecanismos que fazem com que as células desobedeçam aos comandos do organismo, passando de saudáveis a malignas. Cerca de 80% das mulheres que têm cancro da mama não apresentam factores de risco conhecidos.
Sabe-se, no entanto, que a componente hereditária tem o seu peso. Entre 10 a 15% do total de casos de cancro da mama parecem ser despoletados por esta via. Uma vida menstrual longa, provocada por uma menarca (primeira menstruação) precoce ou por uma menopausa tardia pode aumentar o risco de cancro da mama. Ter o primeiro filho tarde ou não ter filhos é outro factor apontado pelos especialistas.
Alguns investigadores acreditam que os medicamentos contendo estrogénios, como contraceptivos orais ou a terapêutica hormonal de substituição, podem ter alguma influência, uma vez que aumentam ligeiramente as possibilidades de a mulher ter cancro da mama.
Restam o envelhecimento, a exposição a agentes cancerígenos e a obesidade (com uma dieta rica em gorduras na sua base) para completar a lista de factores de risco identificados pela Medicina.

COMO SE DIAGNOSTICA?
O auto-exame da mama é fundamental para detectar a doença numa fase inicial. Ninguém melhor do que a própria mulher conhece as suas mamas, uma pequena alteração quase invisível pode ser assim detectada.
É importante referir que mais de 90% dos casos de cancro da mama detectados em fase muito precoce têm cura e a mulher fica definitivamente tratada.
Depois de o tumor ser detectado, o médico pode recorrer a vários exames para perceber as características do cancro: palpação, aspiração através de agulha muito fina, mamografia e biopsia.

QUE TIPOS DE TRATAMENTOS EXISTEM?
O médico pode optar por várias formas de atacar o tumor, usando apenas um tipo de tratamento ou recorrendo à combinação de vários. Os três principais métodos são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia.
No que toca à cirurgia, esta pode constar apenas da remoção do tumor e de uma pequena porção de tecido saudável que está em torno deste. Se for necessário extraem-se também os gânglios linfáticos do lado da mama afectada. Esta intervenção designa-se por tumorectomia ou cirurgia conservadora.
A mastectomia consiste na remoção da glândula mamária e da auréola. Remove--se também a pele necessária de acordo com a localização do tumor, sendo também extraídos os gânglios linfáticos.
A quimioterapia, a radioterapia e a hormonoterapia são muitas vezes usadas em associação com a cirurgia. A quimioterapia consiste na administração de fármacos por via endovenosa, directamente na corrente sanguínea, assim como a hormonoterapia.
A radioterapia consiste na utilização de radiação para destruir as células malignas. É muito importante a dosagem utilizada, na medida em que se pretende que os tecidos circundantes não sofram destruição.

AUTO-EXAME (O que podem ser sinais de alarme?):
-Sentir um nódulo (caroço) à palpação;
-Aumento progressivo e assimétrico de uma das mamas;
-Alterações da pele localizadas – depressão, espessamento ou endurecimento;
-Retracção de um dos mamilos;
-Corrimento mamilar branco, amarelado ou sanguinolento;
-Rede venosa mais visível.

Que exames fazer para detectar o cancro da mama?
•Auto-exame da mama uma vez por mês. No caso de serem detectadas alterações deve ser consultado um médico.
•Mamografia – muito eficaz, permite detectar lesões com grande precisão cerca de um a dois anos antes de aparecerem os primeiros sintomas ou nódulos. Não é doloroso, apenas um pouco incómodo. Deve realizar-se logo a seguir à menstruação quando a mama está menos tensa. Mulheres com mais de 45 anos devem fazer este exame regularmente, assim como as mulheres com mais de 30 anos que tenham antecedentes familiares.
•Ecografia mamária – não é tão eficaz a detectar lesões, mas consegue perceber se os nódulos detectados na mamografia são ocos e preenchidos com líquido (quistos) ou se são sólidos e, neste caso, se são benignos ou malignos.

Dados sobre o cancro da mama
•É o tumor maligno mais frequente na mulher, para além do cancro da pele.
•Depois do cancro do pulmão é a segunda principal causa de morte entre mulheres com idades entre os 40 e os 59 anos.
•Mais de um milhão de novos casos de cancro da mama são registados em todo o mundo anualmente.
•Mais de 300 mil mulheres morrem todos os anos vítimas da doença.
•Todos os anos surgem em Portugal mais de 5000 novos casos – uma em cada 10 mulheres virá a sofrer da doença.

A TERAPIA DO SORRISO


Sorrir torna a vida mais fácil. Ajuda a vencer a timidez, por exemplo, e há até quem defenda a teoria de que, nas adversidades, a melhor política é rir. Talvez porque “quem ri seus males espanta”.
Quem sabe se por isso existe já uma certa terapia do riso. Pelo menos uma terapia da boa disposição. Nos cuidados médicos, acredita-se, aliás, que a disposição emocional dos doentes influencia o seu estado de saúde. Diversos estudos científicos têm provado isso mesmo, que uma atitude positiva é decisiva na recuperação dos doentes. De tal forma que muitos hospitais, sobretudo os pediátricos e em Portugal também, estão a apostar em equipas de animação, que entretêm as crianças, numa base regular e continuada. O resultado é que ficam mais activas, movimenta-se e comunicam mais, alimentam-se melhor e resistem menos aos exames médicos. Tudo somado é meio caminho andado para deixarem o hospital mais cedo.
Há muito que os especialistas acreditam que as pessoas bem humoradas se defendem melhor das agressividades da vida, das físicas e das emocionais. Pelo contrário, quem acumula ressentimentos e irritações, tem maior tendência para desenvolver problemas de saúde.
Aliás, sabe-se que o mau humor constante pode estar associado a uma depressão, ainda que leve. São pessoas que se queixam de dores e cansaço, mas cuja origem física os médicos não identificam.
Os mais recentes estudos, desenvolvidos nomeadamente por universidades norte-americanas, concluíram mesmo que o estado de espírito e de humor actuam directamente sobre a nossa imunidade. São estudos que sugerem que há uma maior incidência de cancro em pessoas depressivas, embora esta relação não esteja cientificamente comprovada.
O que está comprovado são as virtudes do riso. Uma gargalhada vigorosa activa a musculatura facial, dos braços e do tórax, aumenta a quantidade de oxigénio e de sangue que irriga os tecidos e órgãos do nosso corpo. O humor, o bom humor, interfere de facto sobre a bioquímica do nosso organismo, e é que quando se dá uma reacção positiva, entram em campo as endorfinas, substâncias que actuam nos terminais nervosos das células, responsáveis pela sensação relaxante que sentimos após a tal gargalhada.
Tudo boas razões para rir. Ou pelo menos sorrir, mesmo aos desconhecidos com que nos cruzamos na rua, no autocarro ou no café.

Rir é o melhor remédio?

Pode não ser o melhor remédio, mas ajuda muito. Está provado que o bom humor é um tónico para a saúde e que uma atitude positiva contribui para a recuperação dos doentes.
Na rua, no autocarro, no café, cruzamo-nos com muitas outras pessoas, mas não conhecemos nenhuma. Uma paisagem de semblantes fechados, lábios cerrados, olhares distantes, em que o sorriso rareia. Aliás, sorrir espontaneamente para um desconhecido é até visto como um gesto de ingenuidade, nele não se reconhecendo a simpatia de quem assim sorri.
E, no entanto, nada mais natural do que o sorriso. Longe de ser um gesto social ditado pela educação, o sorriso é uma mímica que nasce espontaneamente no momento em que se sente uma emoção agradável. Pode ser surpresa, pode ser bom humor, pode ser divertimento.
Que o digam mães e pais, os maiores especialistas em sorrisos, desvanecidos ao menor entreabrir de lábios dos seus rebentos, uma promessa de sorriso que vale por uma fortuna. Os bebés sorriem mesmo quando estão sós e antes dos três meses, quando ainda não têm capacidade para reconhecer o que os rodeia.Mais tarde, é o olhar para quem confiam, para quem os ama, que desencadeia um sorriso aberto. E mesmo os bebés cegos, não reproduzindo qualquer gesto, na medida em que não vêem, esboçam os mesmos sorrisos, perante uma situação agradável.
O sorriso é uma janela para a alma. É através dele que enviamos aos outros mensagens de abertura e benquerença. Ele é a base da comunicação humana: quando nos saudamos com um sorriso estamos a reconhecermo-nos como seres humanos. Pelo menos quando o sorriso é verdadeiro, genuíno. E quando é assim não são apenas os lábios que se entreabrem, também os olhos riem.
É claro que existe o sorriso falso, o sorriso de conveniência, ferramenta do relacionamento social. Por isso se desconfia de quem exibe uma delicadeza excessiva, sorrindo de igual forma para todos. E todavia dos outros esperamos sorrisos, de quem nos atende ao balcão de uma loja, no caixa do supermercado, num qualquer departamento da administração pública. A verdade é que do outro lado estão desconhecidos, mas quando, em vez do sorriso, nos recebem com palavras secas e gestos mecânicos, ficamos desagradados.

CÓDIGO EUROPEU CONTRA O CANCRO


UM ESTILO DE VIDA MAIS SAUDÁVEL PERMITE EVITAR CERTAS FORMAS DE CANCRO E BENEFICIAR A SAÚDE EM GERAL

1. Não fume. Se é fumador, deixe de fumar o mais rapidamente possível e não fume na presença de outras pessoas. Se não é fumador não queira experimentar.
2. Se bebe bebidas alcoólicas, como vinho cerveja, aguardente ou licores, faça-o com moderação.
3. Aumente o seu consumo diário de fruta e vegetais frescos. Coma frequentemente cereais ricos em fibras.
4. Evite o excesso de peso, aumento a sua actividade física e consuma poucos alimentos ricos em gorduras.
5. Evite a exposição excessiva ao sol e às queimaduras solares, sobretudo nas crianças.
6. Siga com rigor as regras destinadas a evitar a exposição a substâncias conhecidas como causadoras de cancro. Cumpra todas as instruções de saúde e segurança relativas a substâncias que possam causar cancro.

MUITOS CANCROS PODEM SER CURADOS SE DETECTADOS PRECOCEMENTE

7. Consulte o seu médico se notar um caroço, uma ferida que não cicatrize (inclusive na boca), um sinal que muda de forma, tamanho ou cor, ou qualquer perda anormal de sangue.
8. Procure o seu médico se tiver problemas de saúde que não melhorem, como tosse ou rouquidão, alterações dos hábitos intestinais ou urinários ou perda de peso sem explicação.

SÓ PARA A MULHER

9. Faça com regularidade uma citologia cervico-vaginal (teste de papanicolau). Participe nos programas de rastreio de cancro do colo do útero.
10. Examine os seus seios com regularidade. Participe nos programas de rastreio do cancro da mama, por mamografia, a partir dos 45 anos.
(A responsabilidade editorial e científica desta informação é da Liga Portuguesa Contra o Cancro)

O ÁLCOOL


Antes de beber pense no que vai fazer. O consumo de álcool está ligado a várias doenças: hipertensão arterial, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, cardiomiopatia alcoólica, doenças mentais, cancro da oro-faringe do esófago ou do estômago, úlcera gástrica ou duodenal, cirrose do fígado, etc., etc., etc.. Por outro lado tem consequências negativas a nível social, de que destacamos a violência e os fogos, domésticos ou outros; problemas familiares, acidentes no trabalho, na rua ou na estrada e doenças do feto, em que não só o bebedor sofre as consequências do seu abuso, mas também os filhos, outros familiares, os amigos, os vizinhos ou até pessoas que lhe são totalmente estranhas.
Quando se consome uma bebida alcoólica, o álcool que esta contém passa em pouco tempo para o sangue: 5 a 15 minutos se ingerido fora da refeição, 30 a 60 minutos se a passagem é retardada pela presença de alimentos, isto é durante a refeição. Através da boca e do esófago, o álcool chega ao estômago e intestino onde é absorvido, absorção essa que é tanto mais rápida quanto mais concentrada é a bebida em termos de conteúdo alcoólico. É transportado pelo sangue até ao fígado, onde inicia a sua lenta degradação. É sangue com álcool que prossegue na circulação atingindo o coração, os pulmões, cérebro, rins, membros superiores e inferiores, bem como todas as restantes partes do corpo.
Embora dependendo da idade, sexo, e muitas outras coisas o consumo de álcool tem de ser acompanhado de muita prudência e de algumas regras. Eis pois alguns conselhos que podem ajudar a tomar uma decisão.
1. Saiba que a taxa de alcoolémia é a quantidade de álcool existente no sangue e no corpo de um indivíduo em determinado momento e expressa-se em gramas de álcool por litro de sangue. Assim quando se fala de uma alcoolémia de 0,5 g/l é o mesmo que dizer que existem 0,5 g de álcool por litro de sangue. Esta taxa é muito facilmente atingida por exemplo após a ingestão de dois copos de vinho ou ½ litro de cerveja, em média. A presença de álcool no sangue é a indicação de que o álcool se espalhou em todo o corpo, e particularmente nos órgãos mais abundantemente irrigados como o fígado e o cérebro. Saiba também que a alimentação do álcool absorvido é um processo lento, e não existem maneiras de acelerar essa eliminação. Por isso é que todo o cuidado é pouco!
2. Sempre que beber não conduza. Recordo que se estiver envolvido num acidente, nestas condições, os seguros ficam libertos de toda e qualquer responsabilidade, e é quem tem álcool no sangue quem paga tudo. As bebidas alcoólicas, mesmo tomadas só ocasionalmente e em pequena dose, são responsáveis por grande número de acidentes de viação. Provocam modificações nos nervos e músculos, que diminuem a sensibilidade, diminuição da visão, dificuldade na compreensão das distâncias e alterações do campo visual. Como vê tanta coisa. Na maior parte dos casos não se dá por elas senão quando já é tarde demais.
Nunca nos devemos esquecer que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta em muito os riscos de acidentes.
3. Numerosos acidentes de trabalho estão também relacionados com o consumo de álcool. Mas as consequências do consumo de álcool no trabalho não ficam por aqui. Aumento do absentismo, diminuição da produtividade, há por exemplo no alcoólico crónico uma diminuição quantitativa da produtividade, e também qualitativa, instabilidade laboral, agressividade e conflitos laborais, envelhecimento, reforma e morte prematuros.
4. Se estiver grávida ou a amamentar não deve beber bebidas alcoólicas. O álcool atravessa facilmente a placenta e circula da mãe para a criança.
Conforme a quantidade de álcool ingerido, as consequências podem ser diversas: abortos espontâneos, nascimento da criança morta, parto prematuro, malformações podendo constituir o síndroma alcoólico fetal. O síndroma fetal alcoólico, provocado pelo álcool a que a mãe sujeita o feto durante a gravidez, reflecte-se em malformações do crânio e da face da criança, dos membros, do coração, dos rins, etc., e deficiente crescimento em termos de peso e estatura. É muito mais frequente do que à partida se pode pensar.
Se desejamos um filho com saúde é absolutamente indispensável que se beba bebidas alcoólicas durante a gravidez. Mesmo em doses moderadas o risco de anomalias fetais é grande.
5. O leite materno é sem dúvida o melhor alimento para o bebé por isso, enquanto amamentar, não se deve beber bebidas alcoólicas. O álcool difunde-se muito bem nos líquidos orgânicos ricos em água, pelo que se mistura com enorme facilidade no leite materno, sendo a sua concentração igual à que existe no sangue.
Não nos devemos esquecer, para nosso bem e do nosso filho, de que enquanto se estiver a amamentar devemos prefirir bebidas saudáveis como a água, o leite e sumos naturais.
6. Crianças e adolescentes antes dos 17 anos não conseguem queimar o álcool que ingerem. A mais pequena quantidade de álcool é suficiente para prejudicar o funcionamento das capacidades em pleno desenvolvimento, quer em crianças quer em jovens, como por exemplo a inteligência, a memória, o raciocínio, a atenção. Da mesma forma os seus órgãos e estruturas do sistema nervoso central muito mais sensíveis ao álcool nesta fase da vida.
7. Pais e professores têm um papel a cumprir em tudo isto. Elucidar os filhos sobre os perigos que advêm do consumo de álcool e evitar beber como modo social de estar, ou estilo de vida, sobretudo em frente das crianças, porque elas muitas vezes adquirem em jovens os estilos de vida que lhes mostraram durante a infância.
E nunca nos devemos esquecer que o álcool não aquece, não mata a sede, não dá força, não ajuda a digestão, não abre o apetite, não é um medicamento.
Se está a tomar algum medicamento sedativo, calmante hipnótico, ou psicotrópico, evite o consumo de bebidas alcoólicas. O álcool, mesmo em pequenas quantidades, aumenta o efeito deste tipo de medicamentos, aumentando assim o perigo de acidentes de trabalho, de tráfego, e outros.
8. As ingestões habituais excessivas, de bebidas alcoólicas, muitas vezes em pequenas doses mas repetidas ao longo do dia, vão mantendo uma alcoolização permanente do organismo e uma situação de intoxicação alcoólica crónica, doença alcoólica ou alcoolismo crónico. Desta forma existe um efeito contínuo sobre todos os órgãos do corpo, que provoca graves alterações, como por exemplo gastrite, úlceras, falta de apetite, vómitos, cirrose do fígado, sintomas neuro-musculares (formigueiros, adormecimento dos dedos, cãibras, dores e cansaço muscular, tremor das mãos), doenças cardiovasculares e do aparelho respiratório, e também alterações mentais e psicológicas como sejam dificuldade de raciocínio, perda de memória, irritabilidade, depressão, delírio alcoólico, etc. Não podemos chegar a este ponto e devemos moderar o nosso consumo de álcool, ou até mesmo evitar.
9. Se bebermos em demasia, devemos procurar o apoio de amigos e familiares e pedir ajuda ao nosso médico: ele nos ajudará. Às vezes, quase sempre, é difícil reconhecer que se é um alcoólico, todavia um primeiro passo para o tratamento é o reconhecimento de que bebe em demasia. Decerto que quem bebe em demasia ou lhe é difícil reconhecer que é alcoólico, já deu por alguns sinais à sua volta, tais como, conflitos em casa, no trabalho ou com amigos, falta de memória, dificuldade em concentrar-se, vontade de beber logo pela manhã, etc., etc..
10. Todos estes conselhos não excluem que indivíduos adultos, saudáveis, possam dizer sim às bebidas alcoólicas, desde que em doses moderadas. Um adulto não deve ultrapassar ¼ de litro de vinho ou duas cervejas repartidas pelas 2 principais refeições, e não deve beber entre as refeições ou em jejum. A ingestão de bebidas destiladas (aguardente, bagaço, vodka, whisky, etc) deve ser uma situação excepcional.

VIDA SAUDÁVEL É DESEJO DE TODOS


Com a correria do dia-a-dia, vários aspectos são descuidados, entre eles a alimentação. Refeições incompletas, ricas em gorduras e açúcar e muito pobres em fibras alimentares, vitaminas e minerais, tornam-se comuns.
Hoje, sabe-se que a alimentação é um factor de extrema importância na protecção da saúde ou, caso seja desequilibrada, pode concorrer para o aparecimento de algumas doenças especialmente das doenças cardiovasculares e de algumas formas de cancro.
Por isso, as recomendações para o aumento do consumo de legumes, vegetais e frutos frescos têm vindo a ser um dos cavalos de batalha de alguns anos para cá. É que, estudos recentes demonstram que estes alimentos de origem vegetal são afinal, ainda mais importantes, do que se pensava para a manutenção de uma boa saúde.
Apesar de serem muito pobres em gorduras e calorias, são ricos em fibras e outros nutrientes preciosos com propriedades antioxidantes. Estes nutrientes, ajudam a fortalecer as nossas defesas contra a deterioração e o envelhecimento celular precoce. Acredita-se que uma alimentação rica em antioxidantes pode mesmo prevenir o aparecimento do cancro e da arteriosclerose. Estas tão preciosas substâncias são afinal, as vitaminas C e E, o Beta-Caroteno e um mineral chamado selénio. Apesar de existirem outras substâncias com propriedades anti-oxidantes, estas são por agora as mais estudadas.
Legumes, produtos hortícolas, frutos frescos e cereais integrais são uma autêntica fonte de saúde. Habitue-se a não prescindir destes alimentos. Para facilitar, guie-se por um simples código de cores. Diariamente, assegure que não faltam á sua mesa frutos e produtos hortícolas avermelhados, cor de laranja, roxos e verdes. Os espinafres, os brócolos, as couves-de-bruxelas, as cenouras, as laranjas, o tomate e o pimento, são alguns exemplos de alimentos ricos em antioxidantes.

"E AS GORDURAS?"
Como diz o velho ditado “mais vale prevenir que remediar”, o ideal é dar preferência às gorduras insaturadas - óleo de milho, girassol, ou óleos e margarinas especiais. No grupo das monoinsaturadas, a opção deve ir para o óleo de amendoim e para o azeite. Isto no que diz respeito às gorduras visíveis ou de adição.
Convém, também, não esquecer as escondidas nos alimentos, tais como nas carnes gordas, nos produtos de charcutaria, nos lacticínios, nos bolos, nos chocolates, Cuidado, porque nestes alimentos poderão estar presente em grande quantidade, as gorduras “Más da Fita” - colesterol e gordura saturada.

"VAI MAIS UM COPO?"
Se for água, beba sem restrições, mas se é maior, não está grávida ou a amamentar e, não consegue passar sem beber um “copito”, beba com muita moderação, sempre às refeições e nunca de estômago vazio.
Ultimamente tem-se vindo a fazer muita referência ao vinho como protector das doenças cardiovasculares.
Com efeito, o vinho em geral, mas principalmente o vinho tinto, contém substâncias antioxidantes. Convém salientar, que tais propriedades não provêm do álcool, mas sim das cascas, grainhas e da pele das uvas, com que o vinho é produzido.
Recomenda-se não ultrapassar 3 dl de vinho por dia, repartidos entre as duas refeições principais. Não esqueça, se ultrapassar esta quantidade, os potenciais efeitos positivos do vinho diminuem drasticamente e, os efeitos negativos são exponenciais. As bebidas destiladas (whisky, aguardente, etc.) contêm grande densidade alcoólica e, por essa razão, devem ser consumidas apenas em dias de festa e, nem em todos.

“UMA BICA, POR FAVOR”
O café é uma bebida muito apreciada entre nós. A cafeína tem um efeito estimulante sobre o nosso organismo. Quando o seu consumo é exagerado, o seu coração começa a bater mais depressa, e a pressão arterial sobe.
Estudos recentes referem que os indivíduos saudáveis habituados a consumir diariamente café podem beber 2 a 3 chávenas sem prejudicar a sua saúde. No entanto, se o consumo for muito elevado, poderá aumentar os níveis de colesterol no sangue, além de outras consequências negativas.
Se é um viciado em café e não consegue passar o dia sem beber um número mais que razoável de bicas, opte por substituir algumas delas por descafeinado.
E que tal experimentar o chá. O chá, além de possuir cafeína, tal como o café, contém polifenois, cujas propriedades antioxidantes, em especial as do grupo das catequinas, estão agora a ser descobertas pelos cientistas.
E não se esqueça que para uma vida mais sadia, um dos melhores aliados é o exercício físico. Por isso, devemos ser mais activos. Andar diariamente a pé, optar por subir as escadas em vez de usar o elevador. Diga adeus ao “stress” e quem sabe, a uns quilinhos supérfulos.
Sejamos amigos do coração, e pratiquemos uma Alimentação Saudável.

STRESS


Há ainda quem acredite que uma certa dose de stress pode ser um bom contributo para se trabalhar melhor. O stress permite manter as pessoas mais atentas e estimuladas. Talvez seja verdade. Mas o stress também serve para criar angústia, tensão e receio de falhar. E quando atinge níveis excessivos, o stress pode mesmo ser o maior responsável por situações depressivas.
O stress é a doença generalizada deste fim de século e de milénio. Mais de metade dos assalariados nos países industrializados queixam-se dos seus efeitos desastrosos. Precisamente o contrário do que afligia as gerações do final do século passado, para quem a tragédia era o de não terem absolutamente nada que fazer, o aborrecerem-se mortalmente com um tédio contínuo. Hoje, o stress não escolhe classes sociais, afectando uma em cada três pessoas.
Geralmente responsabilizam-se os superiores hierárquicos pela pressão, que gere situações de stress. Mas o que é certo é que, mesmo nas empresas com uma estrutura organizativa mais horizontal, as pessoas sofrem de stress. Fazer mais em menos tempo
Em muitas empresas, as competências que outrora estavam perfeitamente definidas estão hoje repartidas entre diversos decisores, o que se traduz por uma competição acrescida. Desta maneira, toda a gente tem direito à sua dose de stress. E se a sobrecarga de trabalho surge à frente das causas do stress, para os homens de 25 a 35 anos é sobretudo a ausência de perspectivas de carreira que representa um factor desmotivador. Para as mulheres, a causa principal de stress surge muitas vezes ligada ao seu escasso poder de decisão.
Contudo, em doses moderadas, o stress é um bom estimulante. Dá força e ideias. Os quadros médios e superiores julgam-no mesmo positivo, ao ponto de alguns o aceitarem como método de gestão. Para muitas destas pessoas trata-se de fazer o máximo num mínimo de tempo. O que é bom para a empresa que consegue assim implantar uma cultura que estimula a criatividade, a motivação e o espírito de conquista. Mas, se do ponto de vista da empresa, as vantagens da pressão parecem ser evidentes, o mesmo já não se poderá dizer em relação à maioria das pessoas que lá trabalham, para quem este ambiente cria uma tensão permanente, um sentimento de angústia, o receio de falhar. Das dores de cabeça à depressão
Quando ultrapassa os limites do suportável, o stress pode traduzir-se por desordens internas mais sérias, como dores de cabeça, colites, aumento de peso, insónia crónica, quebra da moral e da energia, podendo chegar ao estado depressivo.
De quem será a responsabilidade? A resposta parece ter origem nas exigências colocadas pela actual globalização da economia. A concorrência para não perder um negócio é de tal ordem que as exigências de rendimento aumentam na vertical ao mesmo tempo que se reduzem os prazos. Tudo isto implica para os quadros constrangimentos acrescidos e, regularmente, uma sobrecarga de trabalho e um constante ultrapassar dos horários. E não falta quem ainda leve trabalho para casa, para se ocupar nas noites livres e nos fins-de-semana.
O stress causado pelo trabalho acaba por ter pesados reflexos na harmonia familiar. Os adultos regressam demasiado tarde a casa, sem tempo para conversarem com os filhos ou entre eles. E, mesmo em férias, os telefones e os computadores portáteis nunca deixam de se fazer sentir. Como uma espécie de cordão umbilical que mantém o trabalhador permanentemente ligado à empresa.
O stress pode igualmente ser provocado pelas condições de trabalho: écrans do computador mal colocados, salas sobreaquecidas, escritórios sobrepovoados, ruídos excessivos, má iluminação. Nalguns países há já consultores de ergonomia, que esclarecem as empresas sobre o que está errado nas condições de trabalho, fazendo naturalmente aumentar a rentabilidade. No entanto, se deslocar um móvel é relativamente fácil, mais complicado é encontrar soluções quando o agente provocador do stress são as relações difíceis com um colega ou um superior hierárquico. Na maior parte dos casos, a vítima vê-se forçada a mudar de lugar de trabalho, de escritório ou até mesmo a pedir a demissão. A hierarquia raramente intervém, considerando que os empregados são já suficientemente adultos para resolverem os seus próprios problemas.
Na verdade, a empresa do futuro deverá interessar-se mais profundamente pelo factor humano: informar, cuidar do ambiente de trabalho, favorecer a liberdade de propostas, reconhecer os esforços realizados, em vez de, como até agora, se preocupar apenas com a qualidade do serviço prestado ao cliente.
A procura do próprio bem-estar passa por uma pequena estrutura e dinâmica que ofereça maior liberdade de decisão e de comunicação.
Embora Portugal seja ainda uma excepção, assiste-se actualmente a um espectacular crescimento do tele-trabalho e uma enorme vontade de evitar as grandes concentrações urbanas, onde as condições de vida e segurança se encontram, muitas vezes, mais degradadas. Esta vontade de viver no campo e o correspondente desejo de afastamento das grandes cidades pode ser entendida como a busca de uma qualidade de vida que se tinha perdido. Na verdade, quem faz este tipo de opção pelas cidades de província procura geralmente uma vida mais tranquila. E, sobretudo, com menos stress.
Diz-se que o correio electrónico, que permite trocar mensagens via computador entre os serviços, os departamentos ou empresas, facilita as trocas de informação, imprimindo-lhes simplicidade e rapidez. Hoje, com a mesma facilidade com que se faz um telefonema envia-se um e-mail. E lá aparece 5, 10, 20 vezes por dia a imagem que anuncia laconicamente: «Tem uma nova mensagem». Mas, na verdade, com o e-mail a comunicação mudou de tom, pois foi simplificada ao máximo, abandonando as formas de polidez, tornando-se cada vez mais utilitária. As pessoas continuam a falar da mesma maneira, mas essencialmente apenas de coisas úteis. Este é um outro factor de stress, porque ao retirarmos qualquer importância à identidade do indivíduo e à sua complexidade, estamos a criar uma frustração importante.