quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

JOGOS E FANTASIAS


Fantasiar ou não? Eis a Questão.
Fantasiar é tão natural como sonhar, existindo quem fantasie durante o sono. Homens e mulheres, todos fantasiam. Uns mais visuais, outros mais sugestivos.

Quais os segredos da fantasia?
Fantasiar é bom e saudável.
Mas será que é bom partilhar as fantasias com o parceiro?
As nossas fantasias podem ser inspiradas nas nossas memórias, experiências vividas, experiências que nos foram contadas, livros que lemos e filmes que vimos. Em geral, as mulheres com mais imaginação têm uma vida sexual mais activa e satisfatória. Para os homens, pelo contrário, as fantasias podem significar insatisfação na vida sexual presente.
Existem estudos comprovam que partilhar as fantasias sexuais com o parceiro pode ser um importante estímulo para a relação. Todos temos fantasias e elas fazem parte da nossa vida e são um dos segredos da satisfação sexual, talvez mais eficaz, onde tudo é permitido. Estima-se que cerca de 95% dos homens e mulheres fantasiam. É uma experiência que se inicia na adolescência e prolonga-se por toda a vida.
Se tanto homens como mulheres fantasiam quais as diferenças e porque pode o nosso parceiro não as aceitar?

Homens
Como dizia o sábio Mike Chadlway, personagem do filme The Ugly Truth (ABC da Sedução), os homens são simples, visuais. Tendem a valorizar mais a roupa sexy e são muito directos. Também não costumam fantasiar com a sua parceira sexual, imaginando outra pessoa. Para os homens, a essência está no acto sexual em si e não perdem tempo com preliminares e rodeios nas suas fantasias. Straight to the point! Isso é um dos motivos pelo qual a pornografia é tão popular entre os homens. Porque é directa e as introduções, ou seja, os preliminares, são curtos, ou nem existem.

Mulheres
No caso das fantasias femininas é muito mais o inverso. As mulheres criam um cenário, normalmente romântico, que para elas tem muito mais importância. Criam uma história, e a dinâmica entre as personagens é o mais excitante. As fantasias femininas, tendem portanto a investir mais nos preliminares. Também há mais tendência nas mulheres para ter fantasias com o seu parceiro sexual, do que nos homens, apesar de existir uma grande percentagem de mulheres que não o fazem. No que respeita ao tipo de fantasias, estas variam. Normalmente, nas fantasias é a mulher que assume o controlo e o poder, e muitas chegam a fantasiar ser "o homem" da relação, mas outras podem fantasiar que são strippers ou que são induzidas numa interacção sexual "à força".

A aceitação
Por vezes, partilhar com o parceiro as suas fantasias, pode não ser uma boa opção. Antes de contarmos a nossa fantasia, tentemos prever a reacção do parceiro.
Fantasiar não significa infidelidade, mesmo quando se fantasia que se é infiel. Ter fantasias em que tem relações sexuais com outra pessoa que não o seu parceiro é uma fantasia muito comum para ambos os sexos. Porque sair do ambiente que se conhece e fantasiar com outra pessoa, seja ela alguém que conheça, um actor ou cantor famoso, ou uma pessoa que idealize, ou simplesmente imagina, e é uma boa forma de manter o equilíbrio na relação.
Contudo, partilhar esse tipo de fantasias, em que tem relações com outra pessoa, pode não ser benéfico para a sua verdadeira relação. O parceiro, ao ouvir a sua fantasia, pode ficar desconfiado, ou sentir-se ameaçado, por outra pessoa, mesmo que fictícia. Isso pode gerar alguma instabilidade na relação, ou afectar a vida sexual do casal.

Claro que para ambos os casos há excepções, e para a mesma pessoa, poderá existir mudança nas fantasias de acordo com a predisposição. No mundo das fantasias tudo é permitido. Existe um amplo campo de possibilidades, nada é proibido.

A diversidade é rainha e nada é normal nem anormal, pois tudo é aceite, porque está apenas a fantasiar. Porque fantasia, não quer dizer que queria por em prática, e existem fantasias que não devem ser partilhadas.

Não nos devemos inibir. Devemos fantasiar e deliciarmo-nos com as fantasias do parceiro. Partilhemos e brinquemos. Tudo, dentro dos limites e dos desejos de ambos os parceiros.

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