quarta-feira, 9 de abril de 2008

PENSAMENTO PROFÉTICO DO DIA


No desatar das horas mortas e nocturnas,
Em que nós , seres humanos de imensa fé,
nos embrenhamos, gloriosamente,
numa afectividade-emotiva,
salvaguardando, a pureza do linho,
que os nossos antepassados teceram.
Pacientemente à mesma hora,
que nós, por sabermos quem somos,
onde estamos e o que queremos ser,
teimamos em glorificar, com actos heróicos,
e pensamentos sãos, o que outros,
com suor e sacrifício ousaram construir.

Possuímos a beleza natural,
Do amor e dos sentimentos,
Que das rugas, por onde corriam,
gotas de orvalhos salgadas pelo sofrimento,
Não tinham vergonha, mas sim orgulho.
Sim esse, esse mesmo que temos.
O orgulho de sermos nós próprios a todo o momento.

E sós, muito sós, embrenhados,
em angustiosas solidões,
contamos, histórias de histórias,
enquanto as nossas mãos engenhosas,
vão desembrulhando o lenço de linho,
que constantemente vai absorvendo,
as honrosas lágrimas, que de nossos olhos brotam.

Cheguei à madrugada,
através da noite, onde pensei na dor,
que iria ter, quando corresse,
para os queridos braços,
por entre os pinheiros,
E nas lágrimas que deles se desprendem,
Que mais não são:
-Que as rugas de terra, de tempos feitos,
das amarguras vividas,
Que ali haviam sido deixadas apodrecer,
Que ali se mantiveram a temporais,
Como os seus versos que assim ,
Jazeram em túmulos de espaço-tempo,
que perduram para a eternidade.

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