terça-feira, 8 de abril de 2008

PROFECIA - X I I : "DEVEMOS"


Depois de algum tempo nós aprendemos a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma, e aceitamos que não importa quão boa seja uma pessoa, porque ela vai ferir de vez em quando e nós precisa perdoar por isso. Amar é isto, amar com Amizade.
Devemos ou deveríamos aprender que falar, conversar sem tabus pode aliviar dores emocionais e por isto tudo afirmo que descobrimos que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que nós podemos fazer coisas num instante, das quais nos arrependemos pelo resto da vida.
Devemos ou deveríamos aprender que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que nós temos na vida, mas quem nós temos na nossa vida, e que bons amigos são a única família que nos permitiram escolher.
Devemos ou deveríamos aprender a descobrir que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto, mas mesmo muito curto.
Devemos ou deveríamos aprender que heróis são aquelas pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências.
Devemos ou deveríamos aprender que paciência requer muita prática.
Devemos ou deveríamos aprender que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que já se teve e o que nós aprendemos com elas do que com quantos aniversários já celebramos.
Devemos ou deveríamos aprender que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, porque algumas vezes nós temos que perdoar a nós mesmos.
Devemos ou deveríamos aprender que o tempo não é algo que possa voltar para trás, e por isso devemos plantar o nosso jardim e decorar a nossa alma, ao invés de esperar que alguém nos traga flores, e assim aprendemos que realmente podemos suportar, que realmente é forte, e que podemos ir muito mais longe depois de pensarmos que não se pode mais, porque realmente a vida tem valor e que nós temos valor diante da vida e as nossas dádivas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.

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