domingo, 2 de março de 2008

Eu João Borges

Quero escrever versos,
Versos de amor, de ironia,
Quero preencher todos os espaços,
Desta folha vazia.

Quero, ao escrever,
Ser completamente livre,
Lembrar-me do que quis ter,
Mas que nunca tive.

Quero com estas tantas palavras,
Que escrevo sem encontrar fim,
Encher além destas folhas brancas,
Os espaços imensos que há em mim.

Lembrar, esquecer,
Dormir, acordar,
Desejar morrer,
E depois lamentar.

Senti a presença da solidão,
Ri as lágrimas que não chorei,
Agindo com o coração,
Sempre errei.

Todas as lágrimas foram enxutas,
Neste pedaço de papel, que agora é um pouco de mim,
As minhas palavras sentidas, doces ou brutas,
Assim como eu chegaram ao fim.

Sem comentários: